WhatsApp saiu do ar. E Instagram também. E Facebook também. O tropeço do Mark nos cabos e fios, deu um respiro. Involuntariamente atualizando informações, na maioria das vezes irrelevantes, os dedos já estão com câimbra. No pescoço, vira e mexe torcicolo, de tanto se dobrar para desinformações. Faz tempo que tudo está fora do ar – e há quem diga que o problema é justamente o excesso de conexão.
Mas resistir ao poder de sedução desses algoritmos que gritam com notificações, não é fácil. Já vejo vindo lá na esquina uma onda de detox de redes sociais, com todo mundo deletando os aplicativos, mas mantendo a conta (também não dá para ultrapassar o limite da desconexão). Parece que o único jeito de não dar só uma olhadinha no Insta quando se consulta as horas, é vencer por W.O. Está na hora de voltar a usar relógio de pulso. Analógico.
De mãos, e dedos, atados, tentei os benefícios da ausência de distrações instantâneas para focar na escrita dessa crônica. Mas nem o boicote internacional às interações sociais foi capaz de controlar meu instinto de verificar o celular. Já foram três, as vezes que, sem nem perceber, rolei a página do Instagram. Ainda: Não foi possível atualizar o feed.
E pensando no Instagram, olho para o lado e vejo um álbum com fotos antigas reveladas. Ainda jogado sobre a mesa, pois recentemente, como bela jovem velha que me tornei, tinha enviado fotos das fotos no grupo “Tudo junto (L)”. Ou muito elaboradas e pensadas, ou todo mundo espremido, se esticando na ponta do pé (pelo menos eu), querendo aparecer um pouquinho. Tinha que fazer valer as vinte quatro, ou em tempos mais ousados trinta e seis, poses. Mas sempre acabava um olho fechado, uma cara de espanto, ou uma luz estourada bem na testa de alguém, pintando um reflexo de raio branco. Não queria pegar o celular, mas abro o Whats só para dar uma olhadinha nessas fotos antigas. Sempre tem alguma que não vi – as fotos eram pra gente e não pro mundo. Continua “Conectando…”
Acho entre os arquivos compartilhados, também fotos de bilhetes. Não preciso nem ler a assinatura para saber quem escreveu. A letra dos amigos, dos antigos, eu reconheço só de bater o olho. Pena que agora a letra de todo mundo varia só entre Calibri, Segoe UI, FixedSys, dependendo de onde o escrito foi deixado. Bons tempos os de conversas em escritos de caderno. E por falar em saudosismo, fui só dar uma fuçadinha e a página do Face, continua dizendo Erro ao carregar a página.
Percebo então que mesmo sem as redes, minhas mãos não param de procurar o celular. Tá tudo fora do ar e eu não paro de verificar atualização inexistente. O jeito é apelar para a dica de deixá-lo fora do alcance – e já aproveitar para dar uma carguinha. Coloco o aparelho para carregar na outra ponta da sala.
Agora sim consigo focar. Chega de distrações e verificações compulsivas e automáticas e involuntárias de qualquer novidade ou atualização. Chega de estar constantemente conversando, conectando, consumindo. Chega de focar mais na tela de um aparelho do que na tela desse texto. Opa, esqueci da dica de silenciar – o Zap voltou.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.