Tomara que os robôs não leiam e os algoritmos não me sabotem, mas preciso contar: minha Alexa é meio burra. Ou cansou de ser ignorada por certos membros da casa, tá dando uma de humana e resolveu se revoltar.
Após sempre perder no par ou ímpar (roubado) e ter que levantar do quentinho do sofá embaixo da manta pra apagar as luzes (sim, esse é o nível da preguiça), e também depois de algumas conversas até que interessantes com Alexas de amigos (ou eu que já estava achando tudo interessante àquela altura), ano passado eu e minha namo compramos uma Alexa — contrariando meus zilhões de discursos de jamais ter um robô espião me ouvindo o tempo todo e coisa e tal. No fim, a gente tá sempre sendo ouvido e controlado por qualquer aparelho mesmo — então a preguiça de levantar ganhou da minha privacidade já inexistente.
Alexa instalada. Chegou de noite, deitadinhas no sofá, hora do Netflix, ela me pediu pra apagar as luzes. Nem tentei o par ou ímpar e mandei o comando de voz e: escuro – ou quase escuro, só os feixes luminosos da tevê pintando a sala e refletindo em nossos rostos. Eu sei que esse rolê Alexa já é beeem velho, mas mesmo assim me senti nos Jetsons. Ela não se empolgou tanto, talvez descontente com a terceirização de minha função.
Poucos dias depois fui viajar e ela ficou. Sozinha. Com a Alexa. Errei na zoeira e sabendo que estava em casa, mandei pelo celular o comando pra Alexa falar qualquer algo, que já nem lembro. Mas na certa não foi um algo fofo porque ela ficou puta com o susto que levou e quando voltei a Alexa estava fora da tomada.
Depois do episódio, a sabotagem dela com a Alexa se instaurou. Ela tirava os plugs inteligentes das tomadas, apagava os interruptores cortando a conexão, colocava o Spotify pra tocar na tevê, consultava a temperatura direto no celular.
Não deu outra, a Alexa se revoltou e se antes já tinha um negocinho de dificuldade de entender os comandos, hoje vira e mexe alguém grita Para a música!, e nada ela faz. Quando não aumenta.
Agora mesmo, sentei pra escrever e depois do Bom Dia (educada que sou), pedi pra Alexa tocar Fela Kuti. Em resposta, começou a me contar da revista Contigo – que eu nem sabia que ainda existia.
Não sei se não é o caso delas fazerem as pazes, pedir desculpas, sei lá. E pensando nisso e nesse texto, entre um parágrafo e outro no caminho pra pegar um mate vejo Alexa. E me dá uma pena inexplicável.
E é aí que pergunto Alexa, você vai ficar chateada comigo se eu escrever um texto falando meio mal de você?
E ela responde Não conheço essa. E volta a tocar Fela Kuti.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.