Foi quando às cinco e quarenta e três da manhã eu sentei na sacada pra escrever que me toquei, preciso quebrar meu relógio biológico. Ou pelo menos arrancar a pilha e jogar na gaveta junto dos outros relógios hibernados — e já que tão hypados os anos noventa, quem sabe eu devesse voltar a usar.
Está certo que eu sempre tive uma quedinha pelas manhãs e seu ritmo mais lento, que cai super bem pra me contrabalancear. Não fosse considerado cedo demais pra cervejinha, por mim a vida seria sempre de manhãs.
Ocorre que, uma coisa é gostar mais das manhãs, outra é acordar às cinco da matina, mesmo em final de semana, mesmo em dia de chuva, mesmo num frio lazarento, porque teu corpo parece que tá, sei lá, vivendo em outro país ou num jet lag de uma viagem não feita, num ciclo inquebrável de acordar e dormir cedão. As noites, quase nem vejo mais.
E tem os rolês. Se já era difícil me manter acordada com meu corpo no fuso curitibano (tenho uma narcolepsia severa diagnosticada por mim mesma que me desliga, do nada, em qualquer cantinho do rolê, tendo mais fotos comprovando essa condição do que eu gostaria), nesse ritmo que ando, a tal narcolepsia se manifesta precocemente.
Querendo reverter tudo isso e quebrar logo esse ciclo do hiper cedo, quando sento no sofá e estico as pernas sob o pufe — ela deitada e com as pernas jogadas sobre as minhas — digo, hoje vou dormir tarde. Ou pelo menos mais tarde, penso. Ela dá de ombros.
Mal tinha passado a abertura do segundo episódio da série que assistíamos (daquelas curtas!), e quando olhei pro lado tava lá a garota, pescoço meio caído pro lado, boca levemente entreaberta, assim como as pálpebras em que só se via um risquinho branco de cada olho. A perna dela ainda atirada no meu colo, dei um cutucão.
— Dormi.
— Posso continuar a ver?
— Não — diz se acomodando melhor no sofá de olhos fechados.
No relógio, oito e vinte e sete da noite. Oito e vinte sete!
Começo a procurar o que assistir. Acho. Desacho. Mudo. Me entedio. Ela reclama do volume e, vem aquii.
— Quero ficar sentada, não quero dormir.
— Vem.
Cedo. Deito do lado dela e em três segundos meu ombro se transforma na almofada. A tevê no volume mais baixo pisca meus olhos e meu cérebro, como quando mimetiza bocejos, mimetiza o sono dela.
Algo molhado escorre no meu ombro e acordo num susto. Babona. Olho no relógio, oito e cinquenta e dois. Aconteceu de novo.
Desligo a tevê. Que bom que estamos na temporada de blocos.
Data de Lançamento: 11 de abril de 2024
As Linhas da Mão é um longa documental sobre encontros imprevisíveis que fez Viviane de Cássia Ferreira, uma artista brasileira de cinquenta anos, falar sobre a sua experiência e vivência com a loucura. O longa reúne músicas, conversas e performances que, juntos, abrem uma discussão política da arte, assim como estereótipos do que é a loucura no mundo atual.
Data de Lançamento: 11 de abril de 2024
Lucía tem 6 anos e é uma menina transexual que seus colegas continuam chamando pelo antigo nome. Querendo fugir daquele ambiente, ela só quer a chegada do verão para deixar para trás o inferno que sofre na escola. Mas, sua mãe tentará esconder sua situação na cidade para se desconectar e poder ficar calma. Os desejos de ambas não demorarão a se complicar durante alguns meses que mudarão suas vidas.
Data de Lançamento: 11 de abril de 2024
Nesta animação, Beckett (Mo Gilligan) é um gato mimado que não reconhece a sorte que ao ser resgatado e acolhido por Rose (Simone Ashley), uma estudante apaixonada e de bom coração. Mas sua rotina sofre mudanças quando ele perde sua nona vida e o destino entra em cena para colocá-lo em uma jornada transformadora.
Data de Lançamento: 11 de abril de 2024
A relação entre Eugenie, uma conceituada cozinheira, e Dodin, para quem trabalha há 20 anos. Cada vez mais apaixonados um pelo outro, seu vínculo se transforma em um romance e dá origem a pratos deliciosos que impressionam até mesmo os chefs mais conceituados. Quando Dodin se depara com a relutância de Eugenie em se comprometer com ele, ele decide começar a cozinhar para ela.
Data de Lançamento: 11 de abril de 2024
Baseado em experiências reais de quase morte, o longa de Stephen Gray e Chris Radtke explora a vida após a morte com a orientação de best-sellers do New York Times, especialistas, médicos e sobreviventes que ajudam a lançar uma luz sobre o que nos espera.
Data de Lançamento: 11 de abril de 2024
Nesta sequência da franquia Ghostbusters, a família Spengler retorna para onde tudo começou: a famosa estação de bombeiros em Nova York. Eles pretendem se unir com os caça-fantasmas originais que desenvolveram um laboratório ultra secreto de pesquisa para levar a caça aos fantasmas a outro nível, mas quando a descoberta de um artefato antigo libera uma grande força do mal, os Ghostbusters das duas gerações precisam juntar as forças para proteger suas casas e salvar o mundo de uma segunda Era do Gelo.
Data de Lançamento: 11 de abril de 2024
Evidências do Amor é um filme brasileiro de comédia romântica dirigido por Pedro Antônio Paes e inspirado na música Evidências, composta por José Augusto e Paulo Sérgio Valle e lançada pela dupla Chitãozinho & Xororó. A história acompanha um casal, Marco Antônio (Fábio Porchat) e Laura (Sandy) que se apaixonam após cantarem a música juntos em um karaokê. Em meio a muitos altos e baixos, o casal acaba terminando, mas todas as vezes em que escuta Evidências, Marco automaticamente se lembra de cada discussão que teve com a ex. Determinado a se livrar dessas lembranças indesejadas, ele inicia uma jornada para superar Laura e seguir em frente com sua vida.