Com a retomada dos espetáculos após dois anos de pandemia, fica cada vez mais claro que Curitiba tem bastante espaço para todos os artistas
Chega no final de novembro, começo de dezembro, Curitiba explode em espetáculos e atrações culturais. As escolas de dança, de teatro e de música mostram os resultados do ano ou do semestre. As companhias públicas encerram suas temporadas. Os eventos comemorativos de Natal pipocam para onde quer que você olhe. Sempre foi assim.
Menos em 2020.
Ao longo dos últimos dois anos, ouvi de diferentes artistas e produtores culturais a seguinte frase: “fomos os primeiros a fechar e seremos os últimos a reabrir”. Uma frase que faz sentido. Em 2019, em uma aula de teatro, ouvi um professor afirmar categoricamente que não existe teatro sem troca, sem compartilhamento. Ele chegou até mesmo a definir que o teatro é a troca entre atores e público.
Como fazer, então, se do dia para a noite tivemos que substituir o conceito de “compartilhar” pelo de “isolar”, o de “troca” pelo de “individual”? O momento forçou as mentes criativas dos artistas a se reinventarem, mas apesar da explosão de lives, vídeos e acessos do início da pandemia, todo mundo concordou – raridade! – que os meios são diferentes. Conteúdo digital pode ser um grande aliado do artista, mas nunca substituirá a experiência cultural em si.
Desde meados de novembro tive a oportunidade de participar e assistir alguns dos vários espetáculos em cartaz neste fim de ano. Agora, um mês depois, acho que posso dizer com segurança que vi uma variedade aceitável, embora nem de longe uma quantidade próxima de tudo o que está acontecendo na cidade nas últimas semanas.
O mais legal foi ver gente nos eventos, muito mais gente do que antes da pandemia. Para mim, é prova que o digital atingiu as pessoas. Com a maioria dos espaços culturais e companhias produzindo conteúdo digital durante a pandemia, mais pessoas acabaram descobrindo que tem muita opção cultural na cidade. Já estava na hora de entendermos que Curitiba tem espaço suficiente para todo mundo.
O concorrente do artista local não é o outro artista local, são os shoppings, parques e até o jantar de confraternização da empresa. O que vimos na pandemia foi que um vídeo, um clipe, um espetáculo virtual, puxava outro e nem sempre outro do mesmo artista.
Claro, nem tudo são flores. Alguns eventos ao ar livre geram aglomerações que, pessoalmente, me deixam ainda um pouco nervosa. No teatro fechado algumas pessoas ainda insistem em tirar a máscara quando apagam-se as luzes, como crianças que acham que, só porque estão no escuro, os pais não vão ver que estão aprontando.
Para quem tem projeto dependente da Lei Rouanet, então, além de lidar com gente sem noção no público, é preciso escolher as batalhas com os sem noção (para ser gentil) do Governo Federal.
Mesmo com todas essas dificuldades, os espetáculos acontecem e o público vai. A esmagadora maioria de pessoas respeita as regras, cuida da própria saúde e da saúde dos desconhecidos ao seu redor.
Talvez esse movimento seja só uma reação temporária depois de 19 meses em casa. Quando tudo isso passar e as máscaras voltarem a ser coisa de Carnaval pode ser que o movimento nos espaços culturais diminua.
Eu quero acreditar que essa reocupação dos espaços será permanente. Que, quanto mais a gente vê e conhece o que a arte local tem a oferecer, mais vamos querer ver e conhecer. A arte importa.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Kasa Branza, dirigido e roteirizado por Luciano Vidigal, conta a história de Dé (Big Jaum), Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco), três adolescentes negros que vivem na periferia da Chatuba, em Mesquista, no Rio de Janeiro. O filme apresenta a relação de cuidado e amor entre Dé e sua avó Dona Almerinda. Sem nenhuma estrutura familiar, o rapaz é o único encarregado de cuidar da idosa, que vive com Alzheimer, e da subsistência dos dois. Vivendo sob o peso dos aluguéis atrasados e do preço dos medicamentos da avó, um dia, Dé recebe a triste notícia de que Dona Almerinda está em fase terminal da doença. O jovem, então, decide aproveitar os últimos dias da vida dela junto com os seus outros dois melhores amigos.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em Paddington – Uma Aventura na Floresta, o adorável urso Paddington retorna ao Peru para visitar sua querida Tia Lucy, acompanhado pela família Brown. A viagem, que promete ser uma reunião afetuosa, logo se transforma em uma jornada cheia de surpresas e mistérios a serem resolvidos. Enquanto explora a floresta amazônica, Paddington e seus amigos encontram uma variedade de desafios inesperados e se deparam com a deslumbrante biodiversidade do local. Além de garantir muita diversão para o público, o filme aborda temas de amizade e coragem, proporcionando uma experiência emocionante para toda a família. Bruno Gagliasso, mais uma vez, empresta sua voz ao personagem na versão brasileira, adicionando um toque especial ao carismático urso. Com estreia marcada para 16 de janeiro, o longa promete encantar as crianças nas férias e já conquistou o público com um trailer inédito que antecipa as aventuras que aguardam Paddington e a família Brown no coração da Amazônia.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Uma missão importante é comprometida por um passageiro indesejado num avião a mais de 3000 mil metros de altura. Em Ameaça no Ar, um piloto (Mark Wahlberg) é responsável por transportar uma profissional da Força Aérea que acompanha um depoente até seu julgamento. Ele é uma testemunha chave num caso contra uma família de mafiosos. À medida que atravessam o Alasca, a viagem se torna um pesadelo e a tensão aumenta quando nem todos a bordo são quem dizem ser. Com os planos comprometidos e as coisas fora do controle, o avião fica no ar sem coordenadas, testando os limites dos três passageiros. Será que eles conseguirão sair vivos dessa armadilha?
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em Anora, longa dirigido e escrito por Sean Baker, acompanhamos a jovem Anora (Mikey Madison), uma trabalhadora do sexo da região do Brooklyn, nos Estados Unidos. Em uma noite aparentemente normal de mais um dia de trabalho, a garota descobre que pode ter tirado a sorte grande, uma oportunidade de mudar seu destino: ela acredita ter encontrado o seu verdadeiro amor após se casar impulsivamente com o filho de um oligarca, o herdeiro russo Ivan (Mark Eidelshtein). Não demora muito para que a notícia se espalhe pela Rússia e logo o seu conto de fadas é ameaçado quando os pais de Ivan entram em cena, desaprovando totalmente o casamento. A história que ambos construíram é ameaçada e os dois decidem em comum acordo por findar o casamento. Mas será que para sempre?
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
O papa está morto e agora é preciso reunir o colégio de cardeais para decidir quem será o novo pontífice. Em Conclave, acompanhamos um dos eventos mais secretos do mundo: a escolha de um novo Papa. Lawrence (Ralph Fiennes), conhecido também como Cardeal Lomeli, é o encarregado de executar essa reunião confidencial após a morte inesperada do amado e atual pontífice. Sem entender o motivo, Lawrence foi escolhido a dedo para conduzir o conclave como última ordem do papa antes de morrer. Assim sendo, os líderes mais poderosos da Igreja Católica vindos do mundo todo se reúnem nos corredores do Vaticano para participar da seleção e deliberar suas opções, cada um com seus próprios interesses. Lawrence, então, acaba no centro de uma conspiração e descobre um segredo do falecido pontífice que pode abalar os próprios alicerces da Igreja. Em jogo, estão não só a fé, mas os próprios alicerces da instituição diante de uma série de reviravoltas que tomam conta dessa assembleia sigilosa.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em 12.12: O Dia, o assassinato da maior autoridade da Coreia do Sul causa um caos político sem precedentes. O ano é 1979 e, após a morte do presidente Park, a lei marcial é decretada, dando abertura para um golpe de estado liderado pelo Comandante de Segurança da Defesa, Chun Doo-gwang (Hwang Jung-min), e seus oficiais. Ao mesmo tempo, o Comandante da Defesa da Capital, Lee Tae-shin (Jung Woo-sung), acredita que os militares não devem tomar decisões políticas e, por isso, tenta impedir com os planos golpistas. Em um país em crise, diferentes forças com interesses diversos entram em conflito nesse filme baseado no evento real que acometeu a Coreia do Sul no final da década de 70.
Data de lançamento: 23 de janeiro