Na música, o interlúdio é uma composição, normalmente instrumental, com a função de separar. Seja separar músicas com temas diferentes, cenas de uma ópera ou até mesmo canções litúrgicas em uma missa (alô, Bach!).
Nesta semana, optei por me apropriar deste tema da linguagem musical para esta coluna. Este é o décimo quarto texto que trago aqui para a IdentidArte e penso que é chegada a hora de fazer um panorama geral do nosso cenário cultural curitibano.
Aos pouquinhos estamos vendo os espaços artísticos retomarem suas atividades presenciais. A trupe Ave Lola está com apresentações ao ar livre (e não, eu ainda não consegui ingresso). A Camerata retomou os concertos presenciais. O MON segue aberto ao público, mas com visitação agendada para suas exposições mais populares. Enquanto isso, a Orquestra Sinfônica do Paraná, o Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Filarmônica da UFPR, por exemplo, seguem com as atividades online.
Eventos sazonais, também estão nesse meio de caminho. A Casa Cor abriu para visitação presencial, também com horários controlados. Já a Primeira Mostra de Teatro Negro de Curitiba e a 10ª edição do Olhar de Cinema foram realizados de forma digital.
Vivemos um interlúdio cultural, um momento de transição. A música não parou de tocar, mas ela ainda não nos trouxe o próximo ato.
Com o fim de ano e a temporada de apresentações chegando, muitos artistas têm se perguntado se já é seguro retornar e retomar os espaços públicos. Como público, me senti segura em todos os eventos culturais aos quais compareci neste ano.
Todos esses eventos eram ao ar livre, ou em espaços com número reduzido e espaçado de pessoas, todas usando máscara. Nenhum deles foi fora de Curitiba, cidade onde eu moro. Meu deslocamento até eles pode ser realizado a pé na maioria das vezes.
Tenho o privilégio de trabalhar de casa e de poder contar com a carona no carro de um amigo ou com um Uber quando preciso me deslocar para muito longe. Por isso, tenho também o privilégio de escolher comparecer em locais onde me sinto segura.
Falar em acessibilidade e democratização cultural após uma pandemia envolve também a saúde das pessoas. Acredito que o interlúdio que vivemos mostra que a classe artística, pelo menos em sua maioria, está consciente disso.
Percebi que equipes que não conseguem garantir o acesso seguro do público ao evento, seja por falta de estrutura ou pela natureza da forma artística que apresentam, têm optado por manter os eventos online por enquanto.
O Olhar de Cinema é um ótimo exemplo. Seria muito bom poder voltar à rotina de um festival, entrando e saindo de palestras e salas de cinema, vivendo a experiência de compartilhar um filme com os desconhecidos na sala. Sentir cheiro de pipoca, se deslocar até o espaço onde o filme será exibido, na companhia de um amigo, preparando-se mentalmente para a experiência.
Porém, dentro de uma sala de cinema é mais difícil de manter o isolamento entre as pessoas. Com a venda de alimentos liberada, é mais difícil garantir a segurança, pois as pessoas tiram a máscara para comer. O próprio deslocamento até a sala de cinema já representa um risco. E, então, o Olhar de Cinema foi realizado online, garantindo acessibilidade a todes.
Se pararmos para pensar, mais do que o último mês, a palavra “interlúdio” pode representar todo o nosso ano de 2021. Ano passado foi o ano do caos, do medo, do isolamento. Este ano, foi momento de nos recuperarmos, de procurarmos retomar nossas vidas com segurança.
Estou ansiosa para o desenrolar dos próximos meses. Na torcida para que o próximo ato venha com um retorno triunfal e seguro.
Data de Lançamento: 27 de junho
Divertidamente 2 marca a sequência da famosa história de Riley (Kaitlyn Dias). Com um salto temporal, a garota agora se encontra mais velha, com 13 anos de idade, passando pela tão temida pré-adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle mental da jovem também está passando por uma demolição para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções. As já conhecidas, Alegria (Amy Poehler), Tristeza (Phyllis Smith), Raiva (Lewis Black), Medo (Tony Hale) e Nojinho (Liza Lapira), que desde quando Riley é bebê, eles predominam a central de controle da garota em uma operação bem-sucedida, tendo algumas falhas no percurso como foi apresentado no primeiro filme. As antigas emoções não têm certeza de como se sentir e com agir quando novos inquilinos chegam ao local, sendo um deles a tão temida Ansiedade (Maya Hawke). Inveja (Ayo Edebiri), Tédio (Adèle Exarchopoulos) e Vergonha (Paul Walter Hauser) integrarão juntos com a Ansiedade na mente de Riley, assim como a Nostalgia (June Squibb) que aparecerá também.
Data de Lançamento: 04 de julho
Ainda Temos o Amanhã situa-se na Itália, em uma Roma do pós-guerra dos anos 1940. Dividida entre o otimismo da libertação e as misérias, está Delia (Paola Cortellesi), uma mulher dedicada, esposa de Ivano (Valério Mastandrea) e mãe de três filhos. Esses são os papéis que a definem e ela está satisfeita com isso. Enquanto seu marido Ivano age como o chefe autoritário da família, Delia encontra consolo em sua amiga Marisa (Emanuela Fanelli). A família se prepara para o noivado da filha mais velha, Marcella (Romana Maggiora Vergano), que vê no casamento uma saída para uma vida melhor. Delia recebe uma dose de coragem extra para quebrar os padrões familiares tradicionais e aspira a um futuro diferente, talvez até encontrar a sua própria liberdade. Tudo isso após a mesma receber uma carta misteriosa. Entre segredos e reviravoltas, este drama emocionante explora o poder do amor e da escolha em tempos difíceis.
Data de Lançamento: 04 de julho
Entrevista com o Demônio é um longa-metragem de terror que conta sobre o apresentador de um programa de televisão dos anos 70, Jack Delroy (David Dastmalchian), que está tentando recuperar a audiência do seu programa, resultado da sua desmotivação com o trabalho após a trágica morte de sua esposa. Desesperado por recuperar o seu sucesso de volta, Jack planeja um especial de Halloween de 1977 prometendo e com esperanças de ser inesquecível. Mas, o que era para ser uma noite de diversão, transformou-se em um pesadelo ao vivo. O que ele não imaginava é que está prestes a desencadear forças malignas que ameaçam a sua vida e a de todos os envolvidos no programa, quando ele recebe em seu programa uma parapsicóloga (Laura Gordon) para mostrar o seu mais recente livro que mostra a única jovem sobrevivente de um suicídio em massa dentro de uma igreja satã, Lilly D’Abo (Ingrid Torelli). A partir desse fato, o terror na vida de Jack Delroy foi instaurado. Entrevista com o Demônio entra em temas complexos como a fama, culto à personalidade e o impacto que a tecnologia pode causar, tudo isso em um ambiente sobrenatural.
https://www.youtube.com/watch?v=JITy3yQ0erg&ab_channel=SpaceTrailers
Data de Lançamento: 04 de julho
Nesta sequência, o vilão mais amado do planeta, que virou agente da Liga Antivilões, retorna para mais uma aventura em Meu Malvado Favorito 4. Agora, Gru (Leandro Hassum), Lucy (Maria Clara Gueiros), Margo (Bruna Laynes), Edith (Ana Elena Bittencourt) e Agnes (Pamella Rodrigues) dão as boas-vindas a um novo membro da família: Gru Jr., que pretende atormentar seu pai. Enquanto se adapta com o pequeno, Gru enfrenta um novo inimigo, Maxime Le Mal (Jorge Lucas) que acaba de fugir da prisão e agora ameaça a segurança de todos, forçando sua namorada mulher-fatal Valentina (Angélica Borges) e a família a fugir do perigo. Em outra cidade, as meninas tentam se adaptar ao novo colégio e Valentina incentiva Gru a tentar viver uma vida mais simples, longe das aventuras perigosas que fez durante quase toda a vida. Neste meio tempo, eles também conhecem Poppy (Lorena Queiroz), uma surpreendente aspirante à vilã e os minions dão o toque que faltava para essa nova fase.