Nome completo: Centro Cultural Teatro Guaíra. Apelido para quem é da casa: CCTG. Alguns ainda chamam de Fundação Teatro Guaíra, mas é só falar “Guaíra” que todo mundo já sabe do que se trata.
O principal teatro de Curitiba tem 121 anos, acredite. Não, não o prédio que conhecemos. As cadeiras e cortinas vermelhas – na verdade, elas são pinhão, cor criada especialmente para o teatro – fazem parte dos auditórios inaugurados nos anos 50 e 70. 121 anos tem a instituição Teatro Guaíra.
A história d’O Guaíra, assim mesmo, com o artigo “o” na frente e em maiúsculo, que é para dar ar de oficialidade, começou em 1884. Com o nome de Theatro São Teodoro, o espaço ficava onde hoje é a Biblioteca Pública do Paraná.
Uma Revolução Federalista depois, o nome mudou para Theatro Guayra e foi inaugurado com iluminação elétrica – última tecnologia – no mesmo endereço, em 03 de novembro de 1900. O prédio que todos conhecemos (e amamos) começou a ser construído só na década de 50 e teve sua arquitetura modernista assinada por Rubens Meister.
O teatro é mantido pelo Governo do Estado do Paraná, que também mantém os corpos artísticos. Atualmente, o Guaíra possui a Orquestra Sinfônica do Paraná, a Escola de Dança Teatro Guaíra, o Balé Teatro Guaíra e a G2 – Cia. Master de Dança. O Teatro de Comédia do Paraná costuma aparecer uma vez por ano também.
Mas o espaço já teve coro, escola de teatro e grupo de teatro fixo também. Esses, infelizmente, não sobreviveram aos anos. Hoje, vivem nas histórias de quem fez parte dos grupos ou de quem era público cativo das apresentações.
Falar sobre o Teatro Guaíra é assunto delicado para muitas pessoas. Um teatro público tão querido sempre diverge opiniões. A minha posição também está delicada, já que trabalho na assessoria de imprensa, mas acredito que consegui navegar bem essas águas.
Há algo de inspirador que parece percorrer o prédio principal, encantando desde quem só conhece o saguão e a plateia, até quem passa todos os dias pelos corredores labirínticos do subsolo.
Quem conhece o interior do teatro pela primeira vez se impressiona. Se você nunca passou da plateia, permita-me te levar para um tour narrativo.
Vamos começar pelo ponto principal: os palcos. No prédio principal, são três: Guairão (Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto), Guairinha (Auditório Salvador Ferrante) e o mini-auditório (Auditório Glauco Sá de Flores Brito). O último palco do Guaíra fica na rua Treze de Maio, o teatro José Maria Santos, muito querido pela nossa classe artística.
Mas voltemos ao prédio principal. Como você já deve imaginar, há várias salas de dança e camarins. Algumas salas são utilizadas pelos músicos da orquestra, quando querem estudar, mas falarei mais sobre isso em frente. Temos também as salas dos técnicos e o armário de figurinos, anexo à sala de costura.
O restante são escritórios administrativos. Ali trabalham advogados, gestores financeiros, profissionais de administração, de RH, diretores artísticos, produtores, coordenadores, arquivistas, zeladores, assistentes, seguranças, estagiários de diversas áreas e por aí vai!
Apesar do prédio ocupar uma quadra inteira e se estender bem para dentro do subsolo, acredite, ainda falta espaço. Lembra das salas de ensaio da orquestra que comentei no parágrafo anterior? Nem de longe elas acomodam todos os músicos que precisam estudar.
No auge das temporadas de apresentações, cada minuto de palco é disputado e as salas de ensaio estão sempre cheias. Às vezes é difícil conseguir espaço livre até nos camarins ou no saguão.
Produtores e coordenadores fazem malabarismo com os cronogramas para fazer os ensaios e as apresentações acontecerem. Artistas cedem o máximo possível sem comprometer o nível profissional de seus desempenhos. Todo mundo reclama da dificuldade, mas todo mundo também comemora quando dá certo. E, normalmente, dá.
Assim como o público, quem trabalha no Guaíra também tem suas – muitas – histórias com o teatro. Alguns funcionários têm 35 e até 40 anos de casa e tratam o prédio como se, de fato, fosse uma segunda casa.
A começar pela diretora-presidente, Monica Rischbieter. Sua história com o teatro teve início quando ela era criança e fazia aulas na Escola de Dança. Em 1997 ela caiu no susto no posto de diretora. “Não sabia nem o que era uma boca de cena. Já havia trabalhado com gestão antes, mas nada era parecido com um teatro“, ela conta.
Hoje, ela administra toda a instituição de sua sala com escada de acesso direto ao palco.
Ela não é a única. Entre os diretores, coordenadores e funcionários moram as melhores histórias de bastidores. Tem quem começou em funções artísticas de palco e hoje exerce funções técnicas ou migrou para áreas como a cenografia e a iluminação. Tem quem cresceu por ali e quem veio de longe porque conquistou uma vaga em um dos corpos artísticos.
E claro, tem os ecléticos. Aqueles que já fizeram de tudo um pouco, de funções administrativas, a figuração em espetáculos de balé, a se vestir de Indiana Jones e descer de tirolesa pelo Guairão só porque o show não podia parar.
As histórias são muitas e o tempo é pouco. Há sempre uma enorme lista de assuntos que precisam ser resolvidos antes do dia da estreia. Por se tratar de um órgão público, os processos de produção necessitam transitar por diversos órgãos oficiais do Estado, o que torna as coisas um pouco mais lentas.
Mas as pessoas que fazem parte daquele teatro compram o desafio. Como já me disse muitas vezes a Shirley, coordenadora da OSP: “nosso objetivo aqui é fazer acontecer. Se é possível, a gente dá um jeito e faz”.
Em 1992, o Teatro Guaíra possuía 490 funcionários. Hoje, são 120.
Não podemos comparar a realidade de trabalho da década de 90 com os dias de hoje. Um documento que antes precisava percorrer “a pé” cinco departamentos diferentes, por exemplo, hoje chega a todos via sistema eletrônico interno.
Mesmo assim, 120 são poucos. Essa queda no número tem duas justificativas principais: a aposentadoria de muitos servidores e a extinção de muitos cargos artísticos – como músico, bailarino e algumas modalidades de técnicos – vinculados ao Estado.
Ou seja, muita gente saindo e nenhuma entrando.
A primeira solução pensada foi a criação dos cargos comissionados artísticos. Esses cargos foram declarados inconstitucionais em 2016, foi aquela época que vimos as produções do Guaíra entrarem em pausa por conta da falta de músicos e bailarinos.
Entra em cena o Serviço Social Autônomo PalcoParaná. Criado em 2014 e vinculado ao Teatro Guaíra, o PalcoParaná funciona, atualmente, como uma espécie de RH. Todos os bailarinos do Balé Teatro Guaíra, quase metade dos músicos da OSP e a alguns cargos técnico-artísticos, como ensaiadores e arquivistas, estão contratados por lá.
O PalcoParaná, caso opte-se por isso e sejam realizados os investimentos necessários, tem o potencial de atender o Teatro Guaíra também em outras áreas, como a produção artística, por exemplo.
Quando as cortinas se fecham para algumas histórias, abrem-se para outras. O Teatro Guaíra, como qualquer empresa, é feito de pessoas: funcionários, público e também os artistas que alugam as instalações.
Para que o teatro continue vivo, é importante que as pessoas continuem ali.
E falando em ausência de pessoas, vamos aos 19 meses de pandemia. No último dia 17, o Guairão foi oficialmente reaberto com um concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná. Quando vi o público ocupando o saguão novamente, percebi como o movimento fez falta.
No palco, alguns músicos contratados em janeiro de 2020 se apresentaram pela primeira vez em casa e com público. Os ingressos para o próximo concerto ainda não estavam disponíveis quando escrevia esse texto, mas já há uma enorme procura na bilheteria e nas redes sociais da OSP.
É a sede por cultura indo procurar satisfação na maior fonte da cidade.
As grandes produções prometem aparecer por aqui no ano que vem e o Guarinha já voltou a receber espetáculos locais. O teatro mais querido do estado está, aos poucos, voltando à vida. E o público parece pronto para matar as saudades.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Kasa Branza, dirigido e roteirizado por Luciano Vidigal, conta a história de Dé (Big Jaum), Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco), três adolescentes negros que vivem na periferia da Chatuba, em Mesquista, no Rio de Janeiro. O filme apresenta a relação de cuidado e amor entre Dé e sua avó Dona Almerinda. Sem nenhuma estrutura familiar, o rapaz é o único encarregado de cuidar da idosa, que vive com Alzheimer, e da subsistência dos dois. Vivendo sob o peso dos aluguéis atrasados e do preço dos medicamentos da avó, um dia, Dé recebe a triste notícia de que Dona Almerinda está em fase terminal da doença. O jovem, então, decide aproveitar os últimos dias da vida dela junto com os seus outros dois melhores amigos.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em Paddington – Uma Aventura na Floresta, o adorável urso Paddington retorna ao Peru para visitar sua querida Tia Lucy, acompanhado pela família Brown. A viagem, que promete ser uma reunião afetuosa, logo se transforma em uma jornada cheia de surpresas e mistérios a serem resolvidos. Enquanto explora a floresta amazônica, Paddington e seus amigos encontram uma variedade de desafios inesperados e se deparam com a deslumbrante biodiversidade do local. Além de garantir muita diversão para o público, o filme aborda temas de amizade e coragem, proporcionando uma experiência emocionante para toda a família. Bruno Gagliasso, mais uma vez, empresta sua voz ao personagem na versão brasileira, adicionando um toque especial ao carismático urso. Com estreia marcada para 16 de janeiro, o longa promete encantar as crianças nas férias e já conquistou o público com um trailer inédito que antecipa as aventuras que aguardam Paddington e a família Brown no coração da Amazônia.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Uma missão importante é comprometida por um passageiro indesejado num avião a mais de 3000 mil metros de altura. Em Ameaça no Ar, um piloto (Mark Wahlberg) é responsável por transportar uma profissional da Força Aérea que acompanha um depoente até seu julgamento. Ele é uma testemunha chave num caso contra uma família de mafiosos. À medida que atravessam o Alasca, a viagem se torna um pesadelo e a tensão aumenta quando nem todos a bordo são quem dizem ser. Com os planos comprometidos e as coisas fora do controle, o avião fica no ar sem coordenadas, testando os limites dos três passageiros. Será que eles conseguirão sair vivos dessa armadilha?
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em Anora, longa dirigido e escrito por Sean Baker, acompanhamos a jovem Anora (Mikey Madison), uma trabalhadora do sexo da região do Brooklyn, nos Estados Unidos. Em uma noite aparentemente normal de mais um dia de trabalho, a garota descobre que pode ter tirado a sorte grande, uma oportunidade de mudar seu destino: ela acredita ter encontrado o seu verdadeiro amor após se casar impulsivamente com o filho de um oligarca, o herdeiro russo Ivan (Mark Eidelshtein). Não demora muito para que a notícia se espalhe pela Rússia e logo o seu conto de fadas é ameaçado quando os pais de Ivan entram em cena, desaprovando totalmente o casamento. A história que ambos construíram é ameaçada e os dois decidem em comum acordo por findar o casamento. Mas será que para sempre?
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
O papa está morto e agora é preciso reunir o colégio de cardeais para decidir quem será o novo pontífice. Em Conclave, acompanhamos um dos eventos mais secretos do mundo: a escolha de um novo Papa. Lawrence (Ralph Fiennes), conhecido também como Cardeal Lomeli, é o encarregado de executar essa reunião confidencial após a morte inesperada do amado e atual pontífice. Sem entender o motivo, Lawrence foi escolhido a dedo para conduzir o conclave como última ordem do papa antes de morrer. Assim sendo, os líderes mais poderosos da Igreja Católica vindos do mundo todo se reúnem nos corredores do Vaticano para participar da seleção e deliberar suas opções, cada um com seus próprios interesses. Lawrence, então, acaba no centro de uma conspiração e descobre um segredo do falecido pontífice que pode abalar os próprios alicerces da Igreja. Em jogo, estão não só a fé, mas os próprios alicerces da instituição diante de uma série de reviravoltas que tomam conta dessa assembleia sigilosa.
Data de lançamento: 23 de janeiro.
Data de Lançamento: 23 de janeiro
Em 12.12: O Dia, o assassinato da maior autoridade da Coreia do Sul causa um caos político sem precedentes. O ano é 1979 e, após a morte do presidente Park, a lei marcial é decretada, dando abertura para um golpe de estado liderado pelo Comandante de Segurança da Defesa, Chun Doo-gwang (Hwang Jung-min), e seus oficiais. Ao mesmo tempo, o Comandante da Defesa da Capital, Lee Tae-shin (Jung Woo-sung), acredita que os militares não devem tomar decisões políticas e, por isso, tenta impedir com os planos golpistas. Em um país em crise, diferentes forças com interesses diversos entram em conflito nesse filme baseado no evento real que acometeu a Coreia do Sul no final da década de 70.
Data de lançamento: 23 de janeiro