Grandes shows geram grandes expectativas. Locais como a Pedreira Paulo Leminski acrescentam uma beleza incomparável aos eventos que lá ocorrem. Agora, qual será o resultado de uma banda se apresentando a um público cativo e devoto depois de alguns anos de hiato? Bem, aí temos Los Hermanos!
Milhares de pessoas se juntaram nas pistas e camarotes que compunham a estrutra esperando, ansiosas, pelo retorno de um grupo que, de uma forma ou outra, marcou suas vidas. Caminhando entre todo esse povo, não era incomum escutar frases como “tomara que toquem tal faixa”. “Viramos as melhores amigas por causa deles… Desenhávamos nos cadernos bonecos de palito representando títulos das músicas”.
As luzes, então, diminuíram e, calmamente, os músicos entraram. Marcelo Camelo, Rodrigo Barba, Bruno Medina e Rodrigo Amarante, com um time de músicos bem competente, já arrancaram um coro logo de cara com O Vencedor. A partir daí, nenhuma música passou em silêncio, havendo, sempre, o acompanhamento do público, que chorava, conversava, dançava, pulava e, ainda que apenas com movimentos dos lábios, apreciava, encantado, a performance dos rapazes.
Foto: Amanda Queiroz/Curitiba Cult
O mais interessante de tudo é que, mesmo com a pouca interação, o clima descontraído do show não dava a entender que eles estavam se apresentando pra tanta gente, o contrário de um outro evento aí. Cada música que começava causava um arrepio na espinha, nem tanto pela canção em si, mas pela onda de excitação que percorria a pedreira. Também pudera! Tratava-se de praticamente um best of executado ao vivo por uma banda com uma legião de seguidores.
Talvez tenha sido essa familiaridade que tenha dispensado qualquer efusividade maior. Não havia a sensação de surto coletivo que acomete várias apresentações. Só para se ter uma ideia, em um dos espaços um pouco mais vazios da pista VIP, uma menina estava sentada em uma canga e cantou faixa por faixa com os olhos brilhando. Havia um casal que, de mãos dadas, se olhava nos olhos entoando o Último Romance. Logo, o bis.
Mostrando que faz direitinho a lição de casa, Rodrigo Amarante, em uma improvisação que chegou a ser fofa, focou a projeção das telas e a saída de som em seu celular. O que havia nele? Leminski! Falando de poesia sem sentido. Falando que a verdadeira poesia não tem significado. Que é destituída de obrigações.
Foto: Amanda Queiroz/Curitiba Cult
Estavam todos, afinal, em um show poético. Depois de hits como Anna Júlia e Quem sabe, a banda encerrou a noite contando uma história de amor mal-sucedida. Pierrot chora. O público? Também.
Los Hermanos levou embora Colombina e Arlequim. Entretanto, ninguém, imagino, vai beber para esquecer. Vai mais é beber e comemorar a apresentação que… Acabou!
“Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?”
Leminski
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.