Sequências, reboots, remakes, prequelas… sinto que, apesar dos grandes filmes originais que tem ganhado as salas de cinema, os anos 2020 tem sido marcados pela reciclagem. Felizmente, no caso de Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes o espectador sai satisfeito do cinema.
No filme o público é levado de volta a Panem e a estrela do show é Coriolanus Snow. Como última tarefa antes de se formar, o mini Presidente Snow se encontra com a responsabilidade de mentorear um tributo na décima edição dos Jogos Vorazes. O futuro ditador da república se encontra entre o poder e o amor, colocando em risco o futuro de sua família.
A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes ao mesmo tempo que te agarra pela nostalgia te instiga a descobrir o novo por um novo olhar. Coriolanus, interpretado por Tom Blyth que ganha a cena, é um personagem curioso. Além de claramente ter dentro de si a sede de ser alguém, seja pela necessidade ou pelo seu direito de nascença, demonstra real talento para as maiores atrocidades imaginadas.
Os papéis de Hunter Schafer e Viola Davis, como Tigris Snow e Dr. Gaul, representam a dicotomia dentro do protagonista, onde Tigris tenta manter a conexão do protagonista com seu lado humano e Gaul o apresenta às possibilidades que se abrem ao seguir o caminho dos Jogos.
A comando de Francis Lawrence, essa clareza em torno da narrativa só é possível graças ao exuberante trabalho do elenco. Até os caricatos alunos da Academia são bem-vindos no mundo adaptado de Lawrence. Infelizmente não consigo comparar o filme ao livro, já que não o li, mas mesmo que o filme seja o completo oposto aquilo que Suzanne Collins tenha escrito, ainda vale a pena as quase 3h de filme.
Mas como nem tudo são flores, o longa tem suas fraquezas. A principal delas é o terceiro ato. Por mais que tenha sido satisfatório, assim como o resto do filme, o seu final é apressado e, principalmente neste pedaço, falta um respiro para todas as reviravoltas do roteiro.
A rejeitada de Hollywood por outro lado, mostra que merece o seu espaço na indústria. Rachel Zegler, apesar de uma escolha de sotaque questionável, ganha tanto os moradores de Panem quanto os fãs da série. Desde sua performance musical a sua representação da tributo do Distrito 12, Zegler transborda carisma.
Não posso dizer se o público de fato precisava de mais um filme da franquia, mas este é com certeza um sucesso.
Data de Lançamento: 02 de janeiro
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Data de Lançamento: 02 de janeiro
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