Que somos bombardeados por música por todos os lados, já sabemos. Desde shows de bandas que apreciamos a expressões de artistas de rua, incluindo nossos inseparáveis fones de ouvido ou festas a que vamos, não são poucos os incentivos para que paremos um segundo cantarolando uma coisa qualquer. Entretanto, você já pensou no poder social da música?
Demercino José Silva Júnior, graduado em História, por exemplo, relata de maneira bem simplificada que, na época da Ditadura Militar, “um grupo que se destacou na luta contra a opressão foi o dos artistas: atores, músicos, cineastas, artistas plásticos, poetas, escritores… Cada um contribuía com o que melhor sabia fazer, questionando os fatos e informando a população, apesar de censurados pelos órgãos opressores. E, como bons artistas, os músicos populares brasileiros descreveram os horrores da ditadura nos mínimos detalhes. Descrições que perpetuam até os dias atuais, trazendo à tona toda a covardia aplicada contra nosso povo, e que não nos deixam esquecer todas as atrocidades cometidas contra nosso país”. Confira o artigo completo aqui.
Pois é. A música realmente possui funções ainda maiores que as comerciais ou de entretenimento. Ela molda toda a cultura de um povo. Por isso, celebrando o Dia da Consciência Negra, por que não aproveitar para conhecer músicas que falam de preconceito contra a ainda carne mais barata do mercado? A negra? Vamos lá?
A música faz parte de um álbum lançado pelos amigos Gilberto Gil e Caetano Veloso, o Tropicália 2, em 1993, mesmo ano em que foi enviada a primeira intervenção de paz internacional à região do Haiti, que havia presenciado milhares de assassinatos no período de ditadura militar. Sabendo disso, é fácil notar que a música traz à tona um problema até hoje enfrentado em nosso país. Bem, a letra conta tudo:
Lançada em 2002 no álbum Do cóccix até o pescoço, a música interpretada por Elza Soares é praticamente uma denúncia às condições sociais violentas em que os negros se encontravam no Brasil… Ou se encontram. Neste artigo de Alline Pereira, há dados recentes referentes tanto ao tratamento sofrido em diversas áreas. Ah, ela faz isso ilustrando com trechos da canção. Vale a leitura.
https://www.youtube.com/watch?v=yasHtxNAUtM
A música em si foi (e é) alvo de preconceito. O grupo Racionais MC’s possui em sua discografia inúmeros exemplos de crítica social, mas Vida Loka (parte 2) traz uma dualidade interessante para discussão no álbum Nada Como um Dia Após o Outro Dia: quem é agressor na sociedade capitalista senão o próprio desejo de consumo? E a ênfase vai para os que mais sofrem com desvantagens sociais: os negros.
A mensagem da canção de Gabriel o Pensador é clara. Ele contextualiza a construção da sociedade brasileira, cede conselhos e critica claramente o comportamento de quem pratica ações preconceituosas. Escute a música e veja se não é extremamente atual (mesmo sendo de 1993). É. As coisas precisam melhorar.
Celebrando a própria cor e combatendo os pequenos preconceitos cotidianos, Jorge Aragão encerra nossa lista mostrando que a luta é diária e que todos devemos minar comportamentos de segregação preconceituosa. Tem lição de História, comportamento e motivação!
https://www.youtube.com/watch?v=Xw0-TRLV6PI
Esperamos que tenham gostado da lista, que, apesar de curta, passa sua mensagem. Conhece mais músicas que falem de preconceito e precisam ser compartilhadas? Comente e nos apresente.
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