Nightwish. Antes de qualquer coisa, é necessário que se relate minha relação com a banda. Em 2006, num programa de TV qualquer, escutei uma música orquestral e uma voz lírica que me marcariam para sempre. Era uma versão de The Phantom of The Opera, executada por uma banda finlandesa. Escutei muito dela, mas não passou disso. Até que conheci I wish I had an angel cerca de um ano depois e percebi: essa era uma banda para a qual eu devia dar atenção.
Nisso fiquei sabendo que Tarja Turunen havia sido demitida e que muitos fãs estavam inconsoláveis. Uma pena. Escutei um a um e mais uma vez de cada e cada vez mais cada álbum. E Anette Olzon roubou meu coração com The poet and the pendulum, em 2008. Não entendia as ondas de ódio à vocalista: ela é sublime!
No mesmo ano, sem dinheiro para ir ao show em Curitiba, fui salvo no último momento por um amigo, que comprou o ingresso pra mim. 05 de novembro de 2008. O dia em que senti pela primeira vez o poder de um show. O dia em que conheci a banda que mais amava, encerrando, ao vivo, com a música que me causou esse sentimento: I wish I had na angel. Desde então, Nightwish esteve sempre presente comigo, pois as composições me mostravam pertencer a algo: eu descobri, com Nightwish, ser uma alma oceânica.
Anette Olzon em Curitiba/2008. Foto: Alex Franco (arquivo pessoal)
Em 2011, o lançamento do que considero o melhor álbum da carreira da banda: Imaginaerum. Acompanhei a divulgação inicial com o nome de Imaginarium, comprei o single Storytime, escutei-o mais de 70 vezes no dia em que vazou. Eu apaguei todas as músicas do meu iPod e deixei apenas que ele tocasse em meu ouvido repetidas vezes.
E o álbum, meus amigos, não me causa nada senão espanto até hoje. Trata-se de algo magnificamente construído, é teatral, visceral. Tem referências a Walt Whitman, à infância, a pesadelos, a lembranças. Tem poesia, orquestra, piano. É uma trilha sonora. Imaginem a minha empolgação quando foram anunciadas datas no Brasil em 2012?
Só que a vida tem dessas coisas curiosas. Anette Olzon saiu da banda. Tomei as dores dela, me revoltei com a banda e fiquei meses sem escutar nada, apesar de acompanhar dia a dia a vida da cantora que redefiniu meus conceitos do que é música. Substituída por Floor Jansen, não duvidava da qualidade do que estaria por vir. Eu já acompanhava a carreira da nova vocalista desde seus tempos de After Forever, acompanhei o lançamento da ReVamp e a considerava, desde sempre, uma das melhores cantoras de metal. A flexibilidade e o alcance vocal dela sempre foram espantosos. Entretanto, tanto fazia. Gostava dela. Da banda, queria distância. Não fui ao show.
Aos poucos começaram as divulgações do lançamento de um álbum com inéditas dela, depois de Showtime, Stroytime, primeiro com seus vocais, ao vivo. Endless forms most beautiful: uma faixa de 24 minutos e o bichinho do desassossego me batendo.
Comprei o vinil na pré-venda. Quando Élan foi lançada, repeti os passos daquele outro single. Sim, a banda estava voltando. Uma pena que a impressão inicial do álbum não foi das mais positivas… Mas as coisas mudam. A vida tem dessas, lembra? Curioso.
Eis que, em 27 de setembro de 2015, uma confirmação: certos aspectos nossos se alteram com os anos. Outros permanecem tão vivos quanto o sentimento de as luzes se apagarem, o corpo se arrepiar inteiro e um pensamento único vir à cabeça: sou somente eu no mundo e a banda que mais amo! Assim, começou, no Curitiba Master Hall, uma das melhores apresentações do ano para os fãs do gênero.
Foto: Alex Franco/Curitiba Cult
Começando com Shudder before the beautiful, a banda entrou no palco sendo ovacionada por uma casa de espetáculos lotada. Todos pulavam, gritavam e cantavam cada vírgula da música. Logo depois, emendou com Yours an empty hope, mais uma faixa do álbum divulgado pela turnê. Antes de começar, Floor tomou um gole de água e Tuomas Holopainen olhou para ela. Com um aceno de cabeça dado pela cantora, ele soltou as primeiras notas. Sim, a banda se conhece e leva a técnica à perfeição. Emppu Vuorinen, como sempre, esbanjando simpatia e poses para as lentes de todo mundo. Marco Hietala é outro que não muda: simplesmente olhar para ele causava admiração e espanto. Troy Donockley se manteve simpático, mas não se destacou — a não ser quando puxou batidas de bateria enquanto o público ovacionava a banda em dado momento. Nightwish executava tudo com paixão.
Depois, uma saraivada de nostalgia: Ever dream, She is my sin e Dark chest of wonders. A casa, mais uma vez, veio abaixo. Todos gritavam as letras. Todos pulavam e acompanhavam com palmas e acenos. Então, My walden, outra do último álbum. Nesse momento, os ânimos se acalmaram um pouco. Respirar era preciso!
Marco, então, faz um dueto com a plateia em The Islander, emocionando os fãs. Aí veio Élan, o single. Novamente muitos berros! Weak Fantasy logo depois, com um público paradinho vendo Floor cantar. Logo após, minha transcendência pessoal: 7 days to the wolves. A música possui referências à série A Torre Negra, de Stephen King. Eu tenho uma tatuagem a respeito da obra no peito. Então… Eu perdendo o controle e o povo em volta sem entender muito bem. Coisas da vida.
Alpenglow é executada, e todos esperam por algo. Um momento de silêncio e a vocalista dispara: OH MY GOD, YOU’RE ALL IN SILENCE, THAT’S IMPOSSIBLE, impressionada, o que vai de encontro ao comentário infeliz dela sobre o Rock in Rio. Ela pode. É Jansen.
I want my tears back veio logo depois, com a plateia dançando e pulando enquanto cantava em uníssono. Stargazers e Sleeping sun trouxeram mais uma dose cavalar de nostalgia, enquanto The greatest show on Earth e Ghost love score reafirmaram o patamar épico que a banda faz questão de trazer a seus álbuns.
Então, encerrando, Last ride of the day: a música foi composta baseada na sensação de se aproveitar muito um dia no parque de diversões, ele estar fechando e, no crepúsculo, dar a última volta numa montanha-russa. Essa era a última volta do público.
Depois de encerrada, os membros se juntaram para agradecer e estavam visivelmente emocionados. As pessoas da plateia estavam extasiadas, aplaudindo e agradecendo por uma noite a ser lembrada.
Afinal, um show do Nightwish é, antes de tudo, um encontro de almas oceânicas. E lá estive eu, como o menino de 2008 em seu primeiro show. E aqui estou eu, emocionado como o menino de 2008, gostando mais de um álbum do que a primeira impressão deu a entender que seria até o fim.
Certas coisas mudam, outras não. A vida tem dessas partes curiosas.
CONFIRA A GALERIA EXCLUSIVA DA NOITE. CRÉDITOS A ANA GUIMARÃES/CURITIBA CULT
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
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Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.