Para Chris Martin, nada tem barreiras ou separações. Isso vale não só na música, mas para tudo em nossas vidas. Conhecido por sempre presentar a todos com um broche da palavra “love” (amor), o vocalista do Coldplay busca um mundo no qual essa seja a palavra-chave que norteia tudo ao nosso redor. É essa a principal mensagem de “My Universe”, lançada nesta sexta-feira, 24, novo single da banda feito em parceria com o grupo sul-coreano BTS.
Em entrevista ao programa da Kelly Clarkson na televisão americana, Martin disse que a canção é sobre “alguém que ouve que não pode amar outra pessoa, seja por ser de outra raça, ou por ser gay – o que quer que seja”. A música foi inicialmente feita para ser oferecida ao BTS, mas os planos mudaram quando a banda optou por escrever ao lado deles e gravar junto – uma parceria que, talvez, não fosse a mais óbvia.
“Nós pensamos, seria bom cantar isso com o BTS, pois talvez nós não devêssemos estar juntos. E acabou sendo uma das coisas mais divertidas da vida. Eu fui para a Coreia para estar com eles, foi incrível”, completou. “O que é lindo sobre a música hoje, e é por isso que o BTS é tão grande, é que todos os limites e barreiras estão caindo. Você não precisa ser só country, ou só indie – e é assim que nós sentimos sobre os humanos também”, completa o vocalista.
O resultado é uma canção com a qual você consegue sentir quase como um abraço. Cantada em inglês e coreano (RM, Suga e j-hope, do BTS, também são creditados como compositores da canção ao lado do Coldplay), a música mistura “sons, expressões e culturas, a fim de demonstrar o quão global a música é”, como adiantou a revista Rolling Stone indiana. Chris Martin já se arriscou e cantou alguns versos em coreano em algumas apresentações – e mandou bem!
Levar o tema à tona não poderia ter vindo em melhor hora. O encontro das lendas do rock ao lado do também gigante BTS acontece na semana dos debates da Assembleia Geral da ONU, evento no qual os o grupo sul-coreano ajudou a promover os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e falou sobre a esperança dos jovens de hoje – que podem com suas escolhas mudar o mundo. Teve até uma apresentação da música “Permission to Dance” dentro das Nações Unidas.
Um dos objetivos mais verbalizados pelo grupo é o fim do discurso de ódio e racismo. Voltando a “My Universe”, a música acaba por traduzir essa mensagem de forma leve – ao final do vídeo da letra, também divulgado nessa sexta-feira, aparece escrito: “We Are Allone In the Universe”, uma brincadeira com a palavra “alone”, que significaria “sozinho”, mas ao dobrar o “L”, fica “all one” – somos todos um no universo.
No Twitter, a parceria foi comemorada e abraçada pelo fandom dos dois grupos. Foi incrível ver a movimentação dos fãs de ambos, que se interessaram a saber mais do trabalho do grupo vizinho, e trocaram figurinhas com dicas de músicas e detalhes de cada um deles. Eu, particularmente, achei esse movimento tão especial, e unir dois grupos pelos quais tenho tanto amor e respeito em uma só música foi muito representativo. Eles buscam o que todos nós deveríamos ter como lema – ações contínuas por um mundo mais justo, mais inclusivo, com mais gentileza e amor.
Vale a pena saber um pouquinho da história desses dois grupos que não param de contabilizar grandes feitos na carreira. O Coldplay, formado em Londres em 1996 por Chris Martin, Jonny Buckland, Guy Berryman, Will Champion e Phil Harvey, lança em 15 de outubro o novo álbum “Music Of The Spheres”, nono trabalho da banda, produzido por Max Martin. Desse trabalho, já ouvimos “Higher Power”, o primeiro single, lançado em maio, e a faixa “Coloratura”, divulgada em julho – que é a última música do álbum. Para quem não ouviu, vale a pena. A música tem 10 minutos de pura tranquilidade, em uma viagem deliciosa e doce.
O trabalho vem a somar a uma carreira de muito sucesso e inúmeros hits. O grupo ganhou renome mundial com “Yellow”, de 2000. Pouco depois, com o terceiro álbum, X&Y, a banda alcançou o título de álbum mais vendido do mundo, em 2005, e repetiu o feito em 2008, com “Viva la Vida” or “Death of All His Friends”. Aliás, o grupo integra a lista de artistas que mais venderam na história, com mais de 100 milhões de cópias, e contabiliza ao longo de sua carreira sete prêmios Grammy.
Enquanto isso, alguns fuso-horários ao leste, o grupo BTS foi formado em 2013, ao unir sete jovens – RM, Jin, SUGA, j-hope, Jimin, V e Jung Kook – para um grupo inicialmente focado em hip hop, mas que ao longo dos anos ampliou o som para uma infinidade de gêneros diferentes que se mesclam e encontram apenas uma definição – é BTS. Com letras autorais que tratam frequentemente de debates importantes sobre saúde mental e dificuldades enfrentadas pelos jovens, eles incentivam o amor próprio, a aceitação e inclusão. Desde 2017, o grupo promove a campanha “LOVE MYSELF”, ao lado do UNICEF, com o objetivo de acabar com a violência e negligência e promover a autoestima e bem-estar de crianças e jovens. No último ano, o BTS viu um crescimento ainda maior de sua já enorme base de fãs – o ARMY – com a grande repercussão do primeiro single em inglês, “Dynamite”, e posteriormente, em 2021, com “Butter” e “Permission to Dance”. Ao todo, foram cinco músicas em primeiro lugar na Billboard – duas delas com versos também em coreano – em menos de um ano, uma indicação ao Grammy, e o título de “Artista do Ano” de 2020 pela renomada revista TIME. E acredito que vem mais um número um por aí…
É interessante alinhar a jornada dos dois grupos. Pode-se dizer que são completamente distintos ao pensar no gênero musical, mas é fácil identificar diversos momentos em que se encontram – tanto em sonoridade (e eu vou provar com a playlist que indico logo na sequência), mas também com feitos ao longo da carreira. Enquanto o Coldplay obteve o álbum mais vendido em 2003 e 2005, como mencionei acima, o BTS alcançou o título em 2020, com “Map of the Soul: 7”. Recentemente, tornou-se o grupo mais tocado do Spotify, e ultrapassou os colegas britânicos. Independentemente de recordes, a admiração entre os dois grupo é visível, e já rendeu outros bons momentos além do lançamento desta sexta. Chris Martin entrevistou o BTS para um episódio do YouTube RELEASED, divulgado no início do mês, e o grupo sul-coreano fez um cover de “Fix You”, como parte do especial Acústico MTV, lançado em fevereiro.
Para demonstrar ainda mais essa sintonia entre “opostos”, e ver na prática que muito do que pensamos que não se complementa pode sim agregar um ao outro, montei uma playlist um pouco diferente das anteriores. Vamos viajar pela carreira dos dois grupos, intercalar canções do Coldplay e do BTS, em uma viagem por este universo global. Eu sou uma fã de ouvir música no modo aleatório – mas importante ressaltar que essa playlist aqui não foi feita para ouvir nesse modo! O bacana é ir seguindo faixa por faixa, na ordem, para sentir a conexão entre cada canção. Vamos?
Quem quiser curtir ainda mais de “My Universe”, se liga no cronograma de lançamentos:
26 de setembro (domingo) – 9 horas (horário de Brasília) – Documentário “Inside My Universe”
27 de setembro (segunda) – 20 horas (horário de Brasília) – Supernova 7 Remix e Versão Acústica
Em breve – Videoclipe oficial, que será dirigido por Dave Meyers (ele foi responsável por “Higher Power”, primeiro single do novo álbum do Coldplay, e também “Bad Habits”, do Ed Sheeran, e “Positions”, da Ariana Grande). Vem coisa boa por aí!
Data de Lançamento: 15 de agosto
Princesa Adormecida é um longa dirigido por Claudio Boeckel e trata-se da segunda adaptação dos livros Princesas Modernas, de Paula Pimenta (Cinderela Pop). A trama irá conta sobre Rosa (Pietra Quintela), uma adolescente, que assim como qualquer outra, sonha em ter a sua liberdade e independência. No entanto, essa conquista fica sendo apenas um sonho, uma vez que seus três tios que a criaram como uma filha, Florindo (Aramis Trindade), Fausto (Claudio Mendes) e Petrônio (René Stern), superprotegem a menina a todo custo, não permitindo que ela viva as experiências que a adolescência traz. Quando Rosa completa seus 15 anos, ela descobre que o mundo ao qual ela pertence, na verdade é um sonho, e o mundo com o qual ela sonhava, é a sua verdadeira realidade. Rosa é uma princesa de um país distante e, por isso, sua vida pode estar em perigo. Rosa é mais que uma simples jovem que vai à escola e se diverte com sua melhor amiga e troca mensagens com o seu crush. Um mistério do passado volta à tona e uma vilã vingativa coloca sua vida em perigo.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Dirigido por Fede Álvarez, Alien: Romulus é um thriller de ficção científica que retorna às raízes da franquia de sucesso Alien, o 8º Passageiro (1979). Ambientado entre os eventos do filme de 1979 e Aliens, O Resgate (1986), a trama acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que se aventuram nas profundezas de uma estação espacial abandonada. Lá, eles descobrem uma forma de vida aterrorizante, forçando-os a lutar desesperadamente por sua sobrevivência. O elenco inclui Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux e Isabela Merced. A produção é assinada por Ridley Scott, enquanto o roteiro é de autoria do próprio Álvarez, baseado nos personagens criados por Dan O’Bannon e Ronald Shusett. Com essa nova abordagem, o filme busca resgatar a atmosfera claustrofóbica e o terror psicológico que consagraram a franquia, prometendo agradar tanto aos fãs antigos quanto aos novos espectadores.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Meu Filho, Nosso Mundo, longa dramático do renomado diretor Tony Goldwyn, irá acompanhar o comediante de stand-up, com casamento e carreira falidos, Max Bernal (Bobby Cannavale) e por conta dessas complicações da sua vida, ele convive com o seu pai, Stan (Robert De Niro). Max têm um filho de 11 anos, chamado Ezra (William A. Fitzgerald), junto com a sua ex-esposa, Jenna (Rose Byrne), com quem vive brigando sobre a melhor maneira de criar o menino, uma vez que o mesmo é diagnosticado com o espectro autista. Cansado de ser forçado a confrontar decisões difíceis sobre o futuro do filho e decidido a mudar o rumo do jogo, Max parte com Ezra em uma viagem de carro cross-country para encontrar um lugar onde possam ser felizes, algo que resulta em um impacto transcendente em suas vidas e na relação íntima de pai e filho.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Protagonizado por Haley Bennett e dirigido por Thomas Napper, o A Viúva Clicquot apresenta a história de Barbe-Nicole Ponsardin – uma viúva de 27 anos que depois da morte prematura do marido – desrespeita as convenções legais e assume os negócios de vinho que mantinham juntos. Sem apoio, ela passa a conduzir a empresa e a tomar decisões políticas e financeiras desafiando todos os críticos da época ao mesmo tempo em que revolucionava a indústria de Champagne ao se tornar uma das primeiras empresárias do ramo no mundo. Hoje, a marca Veuve Clicquot é uma das mais reconhecidas e premiadas do setor e sua ousadia já a sustenta por 250 anos de história.