Quando o Little Mix anunciou na semana passada o álbum especial em comemoração aos 10 anos de grupo, eu quase caí para trás. Não apenas pelo lançamento – que promete – mas por não ter percebido que o trio já contabilizava tanto tempo de estrada. Na minha memória, o Little Mix está categorizado como grupos mais recentes que eu acompanho, depois de tantos outros girl groups que tanto amei ao longo dos anos. Aliás, percebi também que eu não havia dado a devida importância a esse tão importante braço do pop. Ótima oportunidade de relembrar alguns dos grupos que mais marcaram a história da música!
Vamos começar por elas? Enquanto não chega o lançamento do álbum “Between Us” – que vai trazer 18 dos maiores hits do Little Mix ao lado de cinco canções inéditas – vale ouvir um ícone – “Black Magic”!
Recapitular a história dos girls groups é tarefa árdua. Tivemos ao longo dos anos diversas ondas de grupos que surgiram em diversas partes do mundo. Conseguimos localizar os primeiros lá na década de 50, ou até antes disso, com o trio de boowie-woogie The Andrews Sisters. O formato se consolidou com o grupo The Supremes, que a maioria das pessoas deve conhecer por ser o grupo de origem de Diana Ross. Ao longo da carreira do grupo, elas emplacaram nada menos que 12 músicas no primeiro lugar da Billboard Hot 100.
Podemos dizer que quatro países são os responsáveis pela maior parte dos grupos do gênero ao longo dos anos. Em diferentes épocas, cada um deles teve um alcance maior ao público mundial. São eles os Estados Unidos, Inglaterra, Coreia do Sul e Japão. O grupo que mais vendeu em toda a história vem de terras britânicas – as Spice Girls, com três álbuns de estúdio e 100 milhões de cópias vendidas. Em segundo o grupo americano The Andrew Sisters, com 75 milhões; seguido 2NE1, da Coreia do Sul, com 66.5 milhões, e TLC, dos Estados Unidos, com 65 milhões. Depois, empate técnico entre três grupos – AKB48, do Japão, Destiny’s Child, dos Estados Unidos, e Little Mix, da Inglaterra, que venderam 60 milhões de cópias cada.
Vou confessar para vocês – selecionar os principais grupos que eu iria mencionar nessa coluna foi uma muito difícil. São muitos, todos com suas características próprias, dos mais variados estilos. Por isso, nossa viagem vai focar naqueles que fizeram a maior parte da minha história – e espero que você também se identifique! Para quem quer curtir um leque ainda maior, vale a pena conferir a playlist que preparei ali no fim do texto!
A ideia foi trazer o conceito do hip hop e o R&B para o universo dos grupos femininos. Nasceu o TLC, que lançou seu álbum de estreia em 1992. A ascensão foi ainda maior com o segundo trabalho, “CrazySexyCool”, que traz os hits “Waterfalls” e “Creep”, por exemplo. O grupo tem uma história conturbada de problemas com produtores e gravadoras, além da trágica perda de uma das integrantes, que morreu em um acidente de carro em 2002. Mas o impacto cultural do grupo é enorme, e ditou muito do que veio depois – inclusive o grupo de origem de Beyoncé, Destiny’s Child. As garotas do hit “Survivor” lançaram seu primeiro single em novembro de 1997, e logo seguiram com o segundo álbum, que consolidou ainda mais o sucesso. O trabalho traz “Bills, Bills, Bills”, o primeiro single número um na Billboard do grupo.
O mundo da música chama de “invasão britânica” momentos na história em que grupos da Inglaterra conseguiram ascensão e sucesso na indústria da música americana. Foi o caso dos Beatles, que marcam a primeira vez em que isso aconteceu, na década de 60. A segunda é identificada no fim dos anos 80, em especial com o sucesso de grupos de new wave, mas também se aplica ao sucesso estrondoso das Spice Girls em meados dos anos 90.
O álbum de estreia do girl group britânico chegou em 1996, “Spice”, e foi com ele que os grupos femininos passaram a atingir um novo público alvo. Antes, o foco era o público masculino, e com as Spice Girls, isso mudou para o público feminino. Elas não vendiam apenas música, mas também uma atitude junto ao slogan de “girl power” – poder das garotas. O sucesso foi estrondoso e, com elas, outros grupos femininos também tiveram sua vez.
Pouco depois do sucesso do quinteto britânico entrou em cena o grupo All Saints (metade britânico, metade canadense), e o Atomic Kitten, que lançou o primeiro álbum, “Right Now”, nos anos 2000. No entanto, foi com uma mudança de line-up e o lançamento do single “Whole Again” que o grupo se popularizou, e acabou por re-lançar o álbum de estreia no ano seguinte, com os vocais da nova integrante Jenny Frost.
Alguns anos depois, chegamos a um dos primeiros e mais bem-sucedidos grupos formados em reality shows – Girls Aloud, que veio a partir do programa Popstars em 2002 (já vamos chegar na versão brasileira do programa também). Depois de estrear na televisão, o quinteto emplacou vinte músicas consecutivas no top 10 das paradas da Inglaterra.
São também de terras britânicas outros tantos grupos que dominaram as paradas de sucesso desde então. Sugababes, The Saturdays, até o Little Mix. O então quarteto (hoje trio) foi o primeiro grupo a ganhar a versão britânica do programa The X Factor, que veio a fundar outros grupos de sucesso como o One Direction e Fifth Harmony.
Enquanto isso, diversos grupos de dance pop foram surgindo ao longo dos anos na Ásia, em especial no Japão. Eles já representavam o segundo maior mercado de música mundial, e começavam a criar seu formato de girl groups focados em coreografias e vocais muito bem produzidos. Um deles é o SPEED, que estreou em 1996 e chegou a vender mais de 20 milhões de singles e álbuns em apenas três anos. Também no Japão surgiu o AKB48, em 2009, com um conceito bem diferente. A ideia é que o grupo seria formado por “ídolos que você pode conhecer”. O grupo existe até hoje, e consiste em 98 participantes divididas em diferentes times. A intenção é que os fãs tenham a oportunidade de ter um contato mais próximo e pessoal com as integrantes.
Na Coreia do Sul, um dos precursores é o Girls’ Generation, que lançou seu primeiro álbum em 2007. Segundo a Billboard, o grupo é considerado o “Top K-Group da Década Passada” – e elas são ainda o primeiro grupo asiático a alcançar mais de 100 milhões de visualizações no YouTube em mais de cinco videoclipes.
Depois, em 2009, veio o 2NE1, que já ganhou muita popularidade desde o seu debut, e se tornou um dos grupos mais bem-sucedidos durante os sete anos em que permaneceram na ativa. Hoje, temos ainda muitos outros representantes da região com grande sucesso no seu país de origem e no mundo. É o caso do Blackpink, Twice, Itzy, Red Velvet e tantos outros.
Em meados dos anos 2000, os girl groups americanos estavam perdendo a força. Mas isso não impediu o surgimento de um dos seus maiores representantes – The Pussycat Dolls. O álbum de estreia do grupo de Nicole Scherzinger foi lançado em 2005, e conquistou sucesso mundial com hits como “Don’t Cha”, “Stickwitu” e “Buttons”. Anos depois foi a vez do Fifth Harmony, formado na versão americana do The X Factor em 2012. É de lá que vem Camila Cabello, que deixou o grupo em 2016.
Não podia deixar de lado um dos mais importantes girl groups do Brasil. O tão amado Rouge também surgiu por meio de um reality show – o mesmo formato que trouxe o Girls Aloud – Popstars, em 2002. Na época, foi transmitido pelo SBT e Disney Channel, e rendeu às vencedoras um contrato com a Sony Music. O primeiro álbum foi um sucesso estrondoso, com mais de 2 milhões de cópias vendidas e o título de álbum de grupo feminino mais vendido da história do Brasil. Quem não se lembra de “Ragatanga” e “Não Dá pra Resistir”? O segundo álbum do grupo também foi sucesso, com hits como “Brilha la Luna”.
O que mais vem por aí? Essa é só uma pincelada por tantos grupos de sucesso que fizeram a cabeça do público ao longo dos anos. Como relembrar é viver, aproveita e curte a playlist especial dos girl groups para embalar a chegada do fim de semana!
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em A Última Sessão, acompanhamos o menino Samay em sua descoberta do mundo mágico do cinema. Nessa história sensível, em uma cidade no interior da Índia, o menino de 9 anos assiste um filme no Galaxy Cinema e sua vida muda completamente e uma paixão feroz começa. Samay passa a faltar às aulas do colégio e a roubar um pouco de dinheiro da casa de chá de seu pai para assistir filmes. Com um desejo enorme de se tornar cineasta, Samay conhece Fazal, o projecionista do cinema e os dois fazem um acordo: Samay traz para Fazal as deliciosas comidas preparadas por sua mãe, enquanto Fazal permite que Samay veja infinitos filmes todos os dias na sala de projeção. Uma amizade profunda é forjada pelos dois e, logo, é colocada a teste graças a escolhas difíceis e transformações nacionais importantes. Agora, para perseguir seu sonho, Samay deve deixar tudo o que ama e voar para encontrar o que mais deseja.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Marcello Mio, Chiara (Chiara Mastroianni), filha dos icônicos Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve (Catherine Deneuve), é uma atriz que vive um verão de intensa crise existencial. Insatisfeita com sua própria vida, ela começa a se questionar sobre sua identidade e, em um momento de desespero, afirma a si mesma que preferiria viver a vida de seu pai, uma lenda do cinema, do que enfrentar a sua realidade. Determinada, Chiara começa a imitar Marcello em tudo: veste-se como ele, adota seu jeito de falar, respira como ele. Sua obsessão é tamanha que, com o tempo, as pessoas ao seu redor começam a entrar nessa sua estranha transformação, passando a chamá-la de Marcello. Em um jogo de espelhos entre passado e presente, Marcello Mio explora a busca por identidade, legado e o impacto da fama na vida pessoal de uma mulher perdida em sua própria sombra.
Data de Lançamento: 11 de dezembro
O grupo de K-pop NCT DREAM apresenta sua terceira turnê mundial nesse concerto-documentário único. Gravada no icônico Gocheok Sky Dome, em Seul, a apresentação reúne um espetáculo vibrante, com coreografias e performances extraordinárias. O filme ainda conta com cenas de bastidores, mostrando o esforço depositado para dar vida a um show dessa magnitude. O concerto se baseia na história do Mystery Lab, um conceito cunhado pelo grupo. NCT DREAM Mystery Lab: DREAM( )SCAPE dá o testemunho de uma grandiosa turnê.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Queer é um filme de drama histórico dirigido por Luca Guadagnino, baseado na obra homônima de William S. Burroughs e inspirado em Adelbert Lewis Marker, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos. A trama segue a vida de Lee (Daniel Craig), um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial. Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton (Drew Starkey), um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão. O filme explora temas de solidão, desejo e a busca por identidade em um cenário pós-guerra, com uma ambientação que retrata fielmente a atmosfera da Cidade do México nos anos 1950.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
A Different Man, é um thirller psicológico, dirigido e roteirizado por Aaron Schimberg, terá a história focada no aspirante a ator Edward (Sebastian Stan), no qual é submetido a passar por um procedimento médico radical para transformar de forma completa e drástica a sua aparência. No entanto, o seu novo rosto dos sonhos, da mesma forma rápida que veio se foi, uma vez que o mesmo se torna em um grande pesadelo. O que acontece é que, por conta da sua nova aparência, Edward perde o papel que nasceu para interpretar. Desolado e sentindo o desespero tomar conta, Edward fica obcecado em recuperar o que foi perdido.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
As Polacas é um drama nacional dirigido por João Jardim e selecionado para o Festival do Rio de 2023. O filme é inspirado na história real das mulheres que chegaram ao Brasil vindas da Polônia em 1867 com a esperança de uma vida melhor. Fugindo da perseguição aos judeus e da guerra na Europa, o longa acompanha a saga de Rebeca (Valentina Herszage), uma fugitiva polonesa que vem ao Brasil com o filho, Joseph, para reencontrar o esposo e começar a vida do zero. Porém, as promessas caem por terra quando, ao chegar no Rio de Janeiro, a mulher descobre que o marido morreu e, agora, está sozinha em um país desconhecido. Até que seu caminho cruza com o de Tzvi (Caco Ciocler), um dono de bordel envolvido com o tráfico de mulheres que faz de Rebeca seu novo alvo. Refém de uma rede de prostituição, Rebecca se alia às outras mulheres na mesma situação para lutar por liberdade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Do aclamado diretor Alejandro Monteverde, conhecido por Som da Liberdade, Cabrini, narra a extraordinária jornada de Francesca Cabrini (Cristiana Dell’Anna), uma imigrante italiana que chega a Nova York em 1889. Enfrentando um cenário de doenças, crimes e crianças abandonadas, Cabrini não se deixa abater. Determinada a mudar a realidade dos mais vulneráveis, ela ousa desafiar o prefeito hostil em busca de moradia e assistência médica. Com seu inglês precário e saúde fragilizada, Cabrini utiliza sua mente empreendedora para construir um império de esperança e solidariedade. Acompanhe a ascensão dessa mulher audaciosa, que, enfrentando o sexismo e a aversão anti-italiana da época, se torna uma das grandes empreendedoras do século XIX, transformando vidas e deixando um legado de compaixão em meio à adversidade.
Data de Lançamento: 12 de dezembro
Em Kraven – O Caçador, acompanhamos a história de origem de um dos vilões da franquia Homem-Aranha. De origem russa, Kraven (Aaron Taylor-Johnson) vem de um lar criminoso e de uma família de caçadores. Seus poderes nascem de uma força sobrenatural e super humana que o faz um oponente destemido e habilidoso. A relação complexa com seu pai Nicolai Kravinoff (Russell Crowe) o leva para uma jornada de vingança e caos para se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores de sua linhagem. De frente para questões familiares, Kraven mostra sua potência nesse spin-off.