Na matéria de hoje só vamos falar de coisa boa.
E não, não é da iogurteira TopTherm, mas é coisa que a Aracy também com certeza aprovaria.
Já tivemos nesta coluna textos falando sobre os melhores drinks da cidade (aqui), sobre os restaurantes MasterChef (aqui), sobre o D.O.M do Alex Atala (aqui), sobre o belo trabalho dos restaurantes populares (aqui), polêmicas envolvendo pastéis (aqui), uma semana de dieta vegana (aqui) e até um texto com receitas de natal super mal escrito e cheio de erros de digitação (aqui). E enfim chegamos a décima semana de vida, depois de muitas calorias e ótimas histórias.
Para ser tema desta edição comemorativa, voltei aos três lugares que mais gosto em Curitiba, os restaurantes mais amorzinhos, aqueles que conquistam pela comida, pela decoração, pelo atendimento e pela experiência completa. Não necessariamente são os que mais frequento, porque ultimamente o tempo não $obra e a$ chance$ de ir $ão esca$$a$ cof, cof.
A primeira vez que fui a um restaurante mais conceituado foi no francês Le Vin Bistrô, em São Paulo, quando ainda era adolescente. Com um cartão de crédito em mãos e sem medo nenhum de ir parar no Serasa, entrei no aconchegante restaurante, que fica na região do Jardins e que hoje virou uma rede por três cidades, e passei vários minutos apreciando o cardápio e tentando escolher entre as inúmeras opções, todas com nomes franceses. O escolhido foi o Polvo à Provençal, acompanhado de tomate à provençal e batatas fritas. O valor do prato em torno de R$ 80,00, na época. Uma fortuna incomensurável para um jovem em fase escolar curioso para entender de gastronomia.
O polvo estava excepcionalmente bom e provavelmente era a melhor carne que eu tinha comido até aquela data. Mas foi o tomate que mudou minha vida. Aquele simples tomate temperado e assado em forno a baixa temperatura era uma coisa tão rica em sabor e textura, com o paradoxo de ser apenas tomate.
Era um tomate. E era incrível.
Eu nunca tinha imaginado que um tomate pudesse se tornar algo tão maravilhoso se temperado adequadamente e no ponto de cocção exato. Ali eu percebi o poder da alquimia que é a cozinha e me apaixonei pelos processos químicos e físicos capazes de transformar alimentos em obras lindas. Os R$ 80,00 pagos pelo prato pareciam muito pouco pelo efeito e pela experiência de vida proporcionada por aquela combinação.
Esse jantar resultou em duas certezas: todo dinheiro investido em experiências gastronômicas como essa, que te afetam profundamente, é um dinheiro bem investido e que todo ingrediente, se bem preparado, pode se tornar uma coisa incrível (exceto canjica).
Os três lugares que mais gosto em Curitiba tiveram efeito similar quando os visitei pela primeira vez, um fascínio a cada garfada e sensações tão boas que se tornaram memoráveis. A ordem deles não se refere a preferência, pois cada um oferece uma proposta muita distinta, mas igualmente inesquecível. Então comece a juntar os trocados e faça a reserva em algum deles, depois me conta aqui nos comentários ou lá no Insta @dimisssssssss o que achou.
O Q Restô é um restaurante extremamente empolgante. Com um clima descolado e elegante, a casa é um daqueles lugares em que você quer voltar sempre, até poder provar tudo o que eles têm no cardápio.
O jovem chef Adriano Quaranta é o responsável por criar o conceito e o menu da casa, que junta o clássico e a excelência da culinária francesa com a efervescência da cozinha contemporânea em criações autorais ricas de sabor, textura e visualmente interessante. Mas a pouca idade do chef não quer dizer falta de experiência e preparo. Quaranta é formado pela mais importante escola de gastronomia do mundo, a Le Cordon Bleu, em Paris, e já trabalhou em importantes restaurantes da França. E essa característica jovem cool está em tudo no restaurante, da decoração industrial/contemporânea/street art, passando pela carta de drinks, que inclui ótimas opções perfeitamente executadas, até o público. O slogan ‘lugar com gente bonita’ pode ser daqueles chavões antiquados usados pelo Clube dos Solitários, mas a utilização aqui seria sensata e estaria totalmente de acordo com a realidade. Por isso, o Q Restô se tornou um dos hotspots do momento.
Alguns pratos merecem destaque e menção. Nas entradas tem a nova versão do Steak Tartare (R$ 45,00) e a Burrata, campeã de vendas no restaurante e que serve bem até duas pessoas. Eu nunca fui fã de steak tartare e burrata, mas assim como na história do tomate, os pratos são tão bem executados que eu começo a salivar de saudades enquanto escrevo esta sentença. Nos pratos principais, o Polvo puxado no azeite (R$ 75,00) é a indicação do chef e é muito bom, mas o acompanhamento de tabule de quinoa e grão de bico é simples, leve e incrível. A Barriga de Porco pra mim é a melhor coisa, porque eu amo porco, e só custa R$ 42,00, no entanto, é um prato que pode não agradar a todos por conta da quantidade de gordura. Dos drinks, o Mata Hari é excepcional, feito à base de gin com um mix de especiarias.
Com a intenção de fidelizar os clientes assíduos, o Q Restô ainda faz uma festa quinzenal chamada Anexo Q, trazendo DJs de destaque no cenário musical e transformando o restaurante em uma balada, com drinks exclusivos. Contudo, a festa é fechada e só é possível entrar com nome na lista. Para saber como conseguir, é preciso frequentar o local e perguntar à hostess por informações da próxima edição.
O Q Restô/Bar fica na Avenida do Batel, 1700, na mesma quadra do Shopping Pátio Batel.
O pequeno bistrô francês na região do Batel Soho/Bigorrilho é o lugar mais charmoso de Curitiba e se fosse descrito por uma agência de viagens a frase usada seria mais ou menos “um pedação da França no coração de Curitiba”, porque é exatamente isso que ele é.
Com a proposta de trazer os clássicos da gastronomia francesa em um autêntico clima parisiense, o restaurante inaugurado pela francesa Fanie Delatte, em 2007, é uma experiência inesquecível. A refeição aqui se torna um acontecimento. Tive a chance de ir algumas vezes e nunca a experiência foi menos do que incrível. E eu lembro de todas em detalhe.
A primeira visita ao bistrô foi algum tempo depois de conhecer o Le Vin, em São Paulo. Eu estava fascinado pela culinária francesa e precisava repetir aquela sensação que foi provar um prato tão bem executado. Para poder ir, tive de literalmente fazer uma dieta forçada com fins de economizar dinheiro, passando a viver de frutas, água e coisas baratas que apareciam por algumas semanas. Juntada a quantia necessária para não ter que lavar pratos após o jantar, fiz a reserva e fui. A sensação era de adentrar um portal, que te leva para um universo de refinamento, beleza e elegância, mas mantendo toda a simplicidade possível. As toalhas de reluzem de tão brancas, o vermelho tomava conta, aquecendo todo o ambiente.
O menu inteiro aqui é o destaque. O Cassoulet (R$ 89,00) e o Boeuf Bourguignon (R$ 74,00) carregam aquele ar francês que você nunca vai conseguir se tentar reproduzir os pratos em casa. Os Tournedos, cortes altos de mignon, especialmente o Rossini, com escalope de foie gras e molho demi-glace com redução de vinho do Porto, são os mais pedidos e te fazem entender como mignon pode ser bom, diferente de qualquer assado de churrascaria. Mas o meu favorito, sem dúvida, é o Magret de Canard (R$ 98,00), corte do peito do pato, servido com molho demi-glace e maçãs sauté. O Magret foi o prato que provei na primeira visita ao L’Epicerie e foi tão bom que é difícil descrever. É um pedaço extremamente macio de carne, que derrete na boca, servido com um molho escuro e denso, cozido por inúmeras horas até ficar pronto.
Essa primeira foi tão boa, que logo eu já estava fazendo dieta de novo para economizar e poder voltar.
O L’Epicerie fica na Rua Fernando Simas, 340, a uma quadra da Praça da Espanha.
A culinária brasileira utiliza pouco tempero em sua feição e geralmente pimenta é usada com mais moderação ainda.
Por isso a cozinha asiática nos é tão exótica e diferente, sendo até motivo de desgosto para certos paladares. Mas quem passa da fase de estranhamento e consegue aproveitar os socos de sabores que pratos como currys proporcionam acaba se tornando fã.
E é isso que o Lagundri oferece: comida incrível com forte influência asiática, principalmente tailandesa.
Visitar esse restaurante é também passar para um universo paralelo. Seja no almoço ou no jantar, o lugar possui uma decoração típica e muito verde, o que te faz querer passar algumas horas ali dentro. A diferença é que no almoço é possível aproveitar melhor a área externa, nos fundos, e no jantar a decoração é completada por velas que deixam o ambiente muito charmoso, acolhedor e romântico.
O menu é diversificado, dividido em carnes, peixes, currys e arroz, e todos trazem em seu preparo os ingredientes típicos da cozinha tailandesa, como leite de coco, gengibre, pimentas variadas e cítricos.
Aos desaviados ou demasiadamente confiantes, a primeira experiência pode ser um pouco traumática. Meu caso. Na ânsia de conhecer os reais sabores orientais, pedi meu curry com graduação máxima de pimenta, na primeira vez que visitei o lugar, mesmo alertado pelo garçom. O resultado foi uma quase morte instantânea e pós-trauma sentido por alguns dias na sequência. Aprendida a lição, voltei ao Lagundri e puder realmente sentir os sabores. E são sabores ótimos, em harmonizações de texturas que nenhuma outra culinária proporciona. Até mesmo cortes mais convencionais, como o mignon ou carré de cordeiro, ganham especiarias e acompanhamento que os transformam completamente.
Mas sem dúvidas os currys são a atração principal da casa. O condimento feito à base da mistura de várias especiarias serve no preparo de caldos que levam em seu preparo algum tipo de proteína. No almoço, há sempre o curry do dia e é possível escolher qual proteína acompanhará, se carne bovina, frango, cordeiro e camarão ou, para o vegetarianos, tofu, ovo e cogumelos, com preços variando de R$ 28,00 a R$ 65,00. No Jantar, os pratos são oferecidos em seis versões, com destaque para o Gaeng Ped, com leite de coco, lima kaffir, abacaxi e tomate, e o Gaeng Khia Wan, com leite de coco, lima kaffir, berinjela, jiló e manjericão.As sobremesas são outro ponto que tornam o Lagundri único. A Gulab Jamun e o Thai Banana Soup são doces que ficaram na sua cabeça por um bom tempo.
Pra fechar, o Lagundri tem um bar anexo, o Hey Dragon!, um dos melhores da cidade, com criações exclusivas e deliciosas, como o Kyoto Mule, versão do Moscow Mule com saquê, além dos clássicos muito bem executados.
O Lagundri fica na Rua Saldanha Marinho, 1061, no Centro.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Princesa Adormecida é um longa dirigido por Claudio Boeckel e trata-se da segunda adaptação dos livros Princesas Modernas, de Paula Pimenta (Cinderela Pop). A trama irá conta sobre Rosa (Pietra Quintela), uma adolescente, que assim como qualquer outra, sonha em ter a sua liberdade e independência. No entanto, essa conquista fica sendo apenas um sonho, uma vez que seus três tios que a criaram como uma filha, Florindo (Aramis Trindade), Fausto (Claudio Mendes) e Petrônio (René Stern), superprotegem a menina a todo custo, não permitindo que ela viva as experiências que a adolescência traz. Quando Rosa completa seus 15 anos, ela descobre que o mundo ao qual ela pertence, na verdade é um sonho, e o mundo com o qual ela sonhava, é a sua verdadeira realidade. Rosa é uma princesa de um país distante e, por isso, sua vida pode estar em perigo. Rosa é mais que uma simples jovem que vai à escola e se diverte com sua melhor amiga e troca mensagens com o seu crush. Um mistério do passado volta à tona e uma vilã vingativa coloca sua vida em perigo.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Dirigido por Fede Álvarez, Alien: Romulus é um thriller de ficção científica que retorna às raízes da franquia de sucesso Alien, o 8º Passageiro (1979). Ambientado entre os eventos do filme de 1979 e Aliens, O Resgate (1986), a trama acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que se aventuram nas profundezas de uma estação espacial abandonada. Lá, eles descobrem uma forma de vida aterrorizante, forçando-os a lutar desesperadamente por sua sobrevivência. O elenco inclui Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux e Isabela Merced. A produção é assinada por Ridley Scott, enquanto o roteiro é de autoria do próprio Álvarez, baseado nos personagens criados por Dan O’Bannon e Ronald Shusett. Com essa nova abordagem, o filme busca resgatar a atmosfera claustrofóbica e o terror psicológico que consagraram a franquia, prometendo agradar tanto aos fãs antigos quanto aos novos espectadores.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Meu Filho, Nosso Mundo, longa dramático do renomado diretor Tony Goldwyn, irá acompanhar o comediante de stand-up, com casamento e carreira falidos, Max Bernal (Bobby Cannavale) e por conta dessas complicações da sua vida, ele convive com o seu pai, Stan (Robert De Niro). Max têm um filho de 11 anos, chamado Ezra (William A. Fitzgerald), junto com a sua ex-esposa, Jenna (Rose Byrne), com quem vive brigando sobre a melhor maneira de criar o menino, uma vez que o mesmo é diagnosticado com o espectro autista. Cansado de ser forçado a confrontar decisões difíceis sobre o futuro do filho e decidido a mudar o rumo do jogo, Max parte com Ezra em uma viagem de carro cross-country para encontrar um lugar onde possam ser felizes, algo que resulta em um impacto transcendente em suas vidas e na relação íntima de pai e filho.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Protagonizado por Haley Bennett e dirigido por Thomas Napper, o A Viúva Clicquot apresenta a história de Barbe-Nicole Ponsardin – uma viúva de 27 anos que depois da morte prematura do marido – desrespeita as convenções legais e assume os negócios de vinho que mantinham juntos. Sem apoio, ela passa a conduzir a empresa e a tomar decisões políticas e financeiras desafiando todos os críticos da época ao mesmo tempo em que revolucionava a indústria de Champagne ao se tornar uma das primeiras empresárias do ramo no mundo. Hoje, a marca Veuve Clicquot é uma das mais reconhecidas e premiadas do setor e sua ousadia já a sustenta por 250 anos de história.