Num pisca-pisca chato, duas lâmpadas da cozinha me colocavam numa balada já cedão enquanto eu preparava o café.
Em meados de outubro, entre o primeiro e segundo turno, as lâmpadas em piscadelas começaram seus sinais de despedida. Primeiro uma, logo no dia seguinte a outra. Foram sutis de início, como se quisessem passar despercebidas. Uma piscada aqui quando apertava o interruptor. Outra ali alguns minutos depois. Como de costume em casos análogos, dei ombros – nada muito grave de procrastinar a troca.
Exponencialmente, as piscadelas eventuais deram lugar a um experimento para convulsionar alguém. E esse alguém era eu. Às vezes dessincronizadas, as duas lâmpadas piscavam num frenesi tão desconcertante que me levavam a mandar um xingão pro teto como se elas pudessem ouvir minhas ofensas.
E mesmo que nesse ponto já fosse grave continuar a procrastinação da troca se quisesse manter os níveis de irritabilidade baixos (ou no mínimo controlados), eu apenas optava por fazer café no escuro para aliviar o estresse. Não sei se era a esperança de num milagre elétrico elas se estabilizarem ou se era a indiferença de que aquele pisca-pisca me enlouquecesse. A verdade é que a vida nos últimos tempos estava meio em stand by.
Às 19h56 de domingo, os abraços coletivos e os gritos em coro pareciam celebração de virada de ano. E eram. Vestindo todos nas cores do amor e da paz. Algumas lágrimas de nervoso que mais cedo escorriam meio escondidas pelos cantos da casa, vieram à luz desinibidas e agora quando alcançavam a boca tinham gosto de alívio. Acho que foi esse o sentimento dividido por tantos no último domingo: um puta alívio.
O meu sorrisão na segunda superou qualquer ressaca pelos oitenta litros de chope (a sede é um dos principais efeitos colaterais das comemorações). Quando entrei na cozinha pra passar o café, encarei o interruptor e parei. Não acendi as luzes.
Ainda esperando a água esquentar, num clique no celular comprei duas lâmpadas novas. Agora eu troco a esperança pela certeza de tempos mais claros – e mais estáveis.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Monster Summer, dirigido por David Henrie, é uma aventura de terror e mistério que vai trazer a narrativa de uma Noah (Mason Thames) e seus amigos que, após uma força misteriosa começa a atrapalhar a diversão de virão do grupo, eles se unem a um detetive policial aposentado, o Gene (Mel Gibson), para que juntos possam embarcar em uma emocionante aventura com a intenção de salvar sua ilha, que até então era calma e pacífica.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta – e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante.