Esquisito assistir um filme que tenta inocentar um dos responsáveis pelo desastre de Hiroshima e Nagasaki. Mas a história é assim, de tempos em tempos, seja a arte ou os livros didáticos, os donos da narrativa vão passar pano para alguém. Desta vez o cinema americano tenta justificar um dos capítulos mais sombrios da humanidade com a frase “se não fizermos primeiro, eles vão fazer”.
Dito isto, separando o massacre da obra, Oppenheimer é um verdadeiro feito. Com um enredo tão robusto e obtuso feito seu protagonista, o novo filme de Christopher Nolan deixa o público boquiaberto com a composição entre roteiro e fotografia que não deixam a desejar.
O filme estrelado por Cillian Murphy acompanha a história do físico J. Robert Oppenheimer, que encabeçou o Projeto Manhattan, responsável pela criação da bomba atômica. A trama é escrita e dirigida por Nolan e é baseada no vencedor do prêmio Pulitzer “American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer” (Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer), de Kai Bird e Martin J. Sherwin.
O elenco desse filme é um destaque por si só. A cada cena um novo rosto conhecido. Parece que os atores estavam ali apenas pela experiência de estar ali. Além dos protagonistas, o vencedor do Oscar Rami Malek (que teve três falas), Jack Quaid, Josh Peck e até o diretor Benny Safdie estão do elenco.
O núcleo principal – de tirar o fôlego – mostra ao que veio. Emilly Blunt interpreta Kitty Oppenheimer e garante sua indicação ao Oscar de 2024, assim como Robert Downey Jr., que interpreta o controverso Lewis Strauss. Infelizmente não posso dizer o mesmo do protagonista. Murphy está em sua performance mais apática e engessada, deixando o personagem desinteressante. Já Florence Pugh, uma das favoritas do elenco, é meio deixada de lado, sua personagem não tem dimensão e parece só servir para nudez gratuita.
Oppenheimer também realça as melhores características de Nolan, Além de ser visualmente interessante, assim como A Origem, as escolhas narrativas que o diretor faz enquanto roteirista são essenciais para o enredo. Mesmo com a quantidade absurda de personagens é possível acompanhar a história central sem perder as sutilidades da personalidade de cada um.
A composição do filme também faz parte da narrativa. Seja o som do detector de radiação, o estrondo da explosão ou o silêncio absoluto, cada detalhe do longa conta uma história. A fotografia do filme também aproxima o público dos personagens, principalmente de Oppenheimer, frequentemente colocado em evidência.
Oppenheimer é sim feito para ser apreciado na maior tela possível, até porque a grandiosidade do filme excede as expectativas. Mas também fica o alerta de crise existencial depois de assistir um filme que tenta defender basicamente um terrorista.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Princesa Adormecida é um longa dirigido por Claudio Boeckel e trata-se da segunda adaptação dos livros Princesas Modernas, de Paula Pimenta (Cinderela Pop). A trama irá conta sobre Rosa (Pietra Quintela), uma adolescente, que assim como qualquer outra, sonha em ter a sua liberdade e independência. No entanto, essa conquista fica sendo apenas um sonho, uma vez que seus três tios que a criaram como uma filha, Florindo (Aramis Trindade), Fausto (Claudio Mendes) e Petrônio (René Stern), superprotegem a menina a todo custo, não permitindo que ela viva as experiências que a adolescência traz. Quando Rosa completa seus 15 anos, ela descobre que o mundo ao qual ela pertence, na verdade é um sonho, e o mundo com o qual ela sonhava, é a sua verdadeira realidade. Rosa é uma princesa de um país distante e, por isso, sua vida pode estar em perigo. Rosa é mais que uma simples jovem que vai à escola e se diverte com sua melhor amiga e troca mensagens com o seu crush. Um mistério do passado volta à tona e uma vilã vingativa coloca sua vida em perigo.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Dirigido por Fede Álvarez, Alien: Romulus é um thriller de ficção científica que retorna às raízes da franquia de sucesso Alien, o 8º Passageiro (1979). Ambientado entre os eventos do filme de 1979 e Aliens, O Resgate (1986), a trama acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que se aventuram nas profundezas de uma estação espacial abandonada. Lá, eles descobrem uma forma de vida aterrorizante, forçando-os a lutar desesperadamente por sua sobrevivência. O elenco inclui Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux e Isabela Merced. A produção é assinada por Ridley Scott, enquanto o roteiro é de autoria do próprio Álvarez, baseado nos personagens criados por Dan O’Bannon e Ronald Shusett. Com essa nova abordagem, o filme busca resgatar a atmosfera claustrofóbica e o terror psicológico que consagraram a franquia, prometendo agradar tanto aos fãs antigos quanto aos novos espectadores.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Meu Filho, Nosso Mundo, longa dramático do renomado diretor Tony Goldwyn, irá acompanhar o comediante de stand-up, com casamento e carreira falidos, Max Bernal (Bobby Cannavale) e por conta dessas complicações da sua vida, ele convive com o seu pai, Stan (Robert De Niro). Max têm um filho de 11 anos, chamado Ezra (William A. Fitzgerald), junto com a sua ex-esposa, Jenna (Rose Byrne), com quem vive brigando sobre a melhor maneira de criar o menino, uma vez que o mesmo é diagnosticado com o espectro autista. Cansado de ser forçado a confrontar decisões difíceis sobre o futuro do filho e decidido a mudar o rumo do jogo, Max parte com Ezra em uma viagem de carro cross-country para encontrar um lugar onde possam ser felizes, algo que resulta em um impacto transcendente em suas vidas e na relação íntima de pai e filho.
Data de Lançamento: 15 de agosto
Protagonizado por Haley Bennett e dirigido por Thomas Napper, o A Viúva Clicquot apresenta a história de Barbe-Nicole Ponsardin – uma viúva de 27 anos que depois da morte prematura do marido – desrespeita as convenções legais e assume os negócios de vinho que mantinham juntos. Sem apoio, ela passa a conduzir a empresa e a tomar decisões políticas e financeiras desafiando todos os críticos da época ao mesmo tempo em que revolucionava a indústria de Champagne ao se tornar uma das primeiras empresárias do ramo no mundo. Hoje, a marca Veuve Clicquot é uma das mais reconhecidas e premiadas do setor e sua ousadia já a sustenta por 250 anos de história.