Lá vamos nós pra mais um texto sobre um show. Esse tem valor especial pra mim. Aqui, você pode conferir minha história com a banda Nightwish, e, consequentemente, como conheci Tarja Turunen. Agora, conto como se desenvolveu minha relação com a… Deuza. Ou cavala mercenária (nunca levei a sério, que fique bem claro. Eu sempre dei muita risada das piadas feitas com a divisão de fãs que ocorreu após a separação dela da banda).
Claro que eu já estava apaixonado pela capacidade vocal sublime da cantora, não sendo à toa a fama e devoção que conquistou. Ansioso, acompanhei as notícias sobre o My Winter Storm, primeiro da carreira solo, e escutei, dia após dia, o duelo de Bye Bye Beautiful e I walk alone. Sempre fui o menino que gostou de Digimon e Pokémon e dava risada das rivalidades. Então, duas carreiras separadas de pessoas que considerava talentosas era até bom! Mais lançamentos, mais música, mais coisa boa pra ouvir. Só que, hum, metade do álbum dela podia ser cortada. É um pouco arrastado, repetitivo. Primeiro solo, vá lá, continuemos confiando.
Aí saíram aqueles álbuns de Natal e missa, mas pra esses nem dei bola (se bem que ano ou outro calo a boca da Simone e deixo Tarja rolar). Em 2010, What Lies Beneath, e então Tarja começou a mostrar que estava num caminho certo, com um álbum teatral, pesado, denso. Ainda assim, o público a procurava mais pela sua história com Nightwish que pela carreira dela. Tudo bem. Ela tinha seu séquito. Era importante mais que tudo manter a fidelidade de quem a seguiu (o que, convenhamos, não deve ter sido fácil).
Então, 2013 e Colours in the Dark. Tarja chegou ao mundo com um álbum maduro e muito bem construído, sem a carga emocional de velhos ressentimentos. Tinha a cara dela. Para divulgá-lo, turnê, é claro. Curitiba? Sim! Eu finalmente veria, ao vivo, a vocalista original da banda que mais amei, logo depois de ter visto a fase atual da banda e Floor Jansen, outro de meus maiores ídolos. O show começou com The Phantom of the Opera. O show começou como a conheci!
Antes, vamos falar das bandas de abertura. Não contei na outra resenha que houve duas bandas de abertura em 2008 para o Nightwish, e uma delas era a Semblant, curitibana lançando, na época, seu primeiro EP, o Behold the Real Semblant. O comprei e tudo e me diverti por anos com ele e o primeiro álbum do grupo, o Last Night of Mortality. Foi a única apresentação ao vivo que vi do grupo, e confesso que parei de acompanhar a banda, mesmo quando Katia Shakath deixou de fazer parte do grupo e Mizuho Lin assumiu os vocais. Via vídeos vez ou outra, mas nada detalhado.
Qual não foi minha surpresa de vê-los no Vanilla abrindo para o show da Tarja? Sérgio Mazul arrisca mais com a voz do que me lembro e continua tão bom quanto antes. Melhor! Mizuho não deve nada às cantoras estrangeiras. E os rapazes da banda também apresentaram uma sincronia extremamente competente nas poucas músicas apresentadas. Vou voltar a acompanhá-los!
Mizuho Lin e Sérgio Mazul | Foto: Gosmma/Curitiba Cult
Logo depois, Devil Sin. Os caras têm carisma, e as músicas rasgantes apresentadas trazem ideologias e mensagens um tanto quanto macabras e, claro, divertidíssimas, com enredos que contam até a história de um serial killer. Além disso, Kevan Gillies, o frontman, acompanhado de Ian Axel Gillies, Alex Padilha e Paulo Pires, cedeu uma garrafa de whisky ao público. Apaixonante, né que é?
Alex Padilha | Foto: Gosmma/Curitiba Cult
Tarja Turunen, a atração principal. Depois de uma longa espera e algumas reclamações do público, ela entrou, sorridente e amável, no palco. The Phantom of the Opera fez o povo gritar, tirar fotos, pular… Enfim, a mulher ganhou todo mundo nas primeiras notas! Depois, 500 letters, uma das músicas principais de seu último álbum, cantada por grande parte da casa e apreciada pelo restante.
Aí, Ciáran’s Well trouxe o clima tenebroso do primeiro álbum, para ser emendada com Falling Awake, berrada pela casa inteira! I Walk Alone, entretanto, foi a primeira que visivelmente hipnotizou a plateia, que vibrava com uma artista que não parava de sorrir e agradecer entre uma música e outra o carinho recebido. Ela deu a entender que se lembrava de Curitiba, em sua passagem também em 2008. Curitiba se lembrava dela.
Então vieram várias outras, somente da carreira solo, e eu poderia detalhar a reação do público a cada uma, se o texto já não estivesse tão grande. Ela trocou de roupa, pulou, fez dancinha, chorou. Cantou uma música de seu álbum a ser lançado ano que vem, No Bitter End, e cover de Goldfinger. Após sair para o bis, mais um hit seu e, surpresa, Nightiwsh, Slayin the Dreamer. Fiquei surpreso: a casa não se mostrou empolgada. Tudo bem que pulei feito retardado, mas o povo recepcionou muito melhor todas as músicas da carreira solo dela. E que alívio! Tarja merece.
Tarja Turunen | Foto: Gosmma/Curitiba Cult
Encerrando com Until My Last Breath, ela arrancou o último fôlego de uma plateia emocionada com o show que presenciou. Ela sorriu do começo ao fim. Disse que não era nada sem seu público. Tarja Turunen é uma verdadeira lição a todo e qualquer profissional: a humildade e a simpatia deixa ainda mais bonita a genialidade de cada um.
Obrigado, Tarja Turunen. Obrigado.
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Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.