Grandes nomes das mais diferentes expressões artísticas não apenas passaram como também iniciaram suas carreiras no Teatro Guaíra. A bailarina Ana Botafogo, uma das mais renomadas bailarinas no Brasil, é uma dessas artistas. Depois de completar sua formação na Europa, foi no palco do teatro curitibano que ela estrelou sua primeira protagonista. Nessa entrevista exclusiva para o Curitiba Cult, comemorando os 140 anos do Teatro Guaíra, Ana Botafogo relembra momentos marcantes da sua carreira e suas passagens pelo centro cultural.
Eu fui convidada pelo Teatro Guaíra para fazer minha primeira protagonista. Tinha recém chegado da Europa e a dança no Rio de Janeiro estava um pouco estagnada. O Theatro Municipal estava fechado para obras e o balé não dançava. Surgiu a oportunidade de eu dançar com o Teatro Guaíra – primeiramente apenas alguns espetáculos do balé “Giselle”, que foi minha primeira protagonista. Assim começou minha história. Fizemos no Teatro Guaíra, depois fizemos um pouco de interiorização da cultura, não só com “Giselle”, mas com outro programa. E eu fui lançada em várias capitais como a bailarina protagonista do balé “Giselle”. Fomos dançar em São Paulo, e viemos dançar no Rio. Assim, minha primeira aparição como bailarina profissional no Rio de Janeiro foi com o Teatro Guaíra. Meu encantamento com todos do Guaíra e com essa companhia jovem, que se renovava naquele momento, me fez querer muito continuar os trabalhos com o Balé Teatro Guaíra, e acabei ficando dois anos. Minha participação foi em 1977, 78 e 79.
A Companhia do Teatro era uma companhia profissional, então foi minha primeira companhia profissional no Brasil, o primeiro contrato que assinei no Brasil foi com o Balé Teatro Guaíra. De momentos marcantes, diria que foi minha estreia no balé “Giselle”, que foi minha primeira protagonista, e depois, dançar esse balé em capitais, me lançando, assim, no circuito cultural da dança no nosso país.
Depois do Guaíra, voltei para o Rio de Janeiro, onde dancei na Associação de Balé do Rio de Janeiro e, um pouco depois, fiz uma audição e entrei já como primeira bailarina para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Depois dessa etapa, eu fui muitas vezes chamada a participar de temporadas do Teatro Guaíra. Eu diria que os mais marcantes foram “O Quebra-Nozes”, “Dom Quixote”, que eu fiz que eram grandes clássicos que fiz junto com a companhia. Numa época em que a companhia dançava contemporâneos e neoclássicos do coreógrafo Carlos Trincheiras, diretor da companhia, mas nos grandes clássicos, eles me convidavam. E tive a oportunidade de convidar o Jair Moraes para dançar no Theatro Municipal no Rio de Janeiro – ele que era o primeiro bailarino do Teatro Guaíra anos depois da minha saída.
Muito feliz, porque o Guaíra foi responsável pela minha introdução na área artística aqui no Brasil. Fico muito feliz de fazer uma parte dessa história. O Teatro Guaíra me lançou nacionalmente com minha primeira protagonista no balé. É muito relevante dentro da minha história. Um teatro que tem tanta história, que formou grandes artistas. Fico muito feliz de poder não só ter levado um pouco o nome do Guaíra nacionalmente, como muitas pessoas, como sabiam que eu tinha começado no Teatro Guaíra, achavam até que eu era paranaense ou curitibana, por eu ter começado, ter despontado aí. Foi sempre muito estimulante saber que eu fazia parte da história desse teatro, e também de um corpo de baile que, naquele momento, era muito jovem, que recebeu e que abraçou uma bailarina jovem também em início de carreira fazendo um primeiro papel.
A importância do Teatro Guaíra como um centro cultural e como um difusor das artes, da dança, da música e também do canto (apesar de não ter um corpo estável de coral), sobretudo para a região Sul do país, foi uma referência. Muitos artistas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina tinham oportunidade ou chegavam mais facilmente ao Teatro Guaíra, e fizeram suas carreiras. Então é uma importância para a arte e para a cultura, e uma importância regional. O Teatro foi muito responsável, durante um determinado momento, de fazer a interiorização da cultura. Eu mesma viajei muito para o interior do Paraná, fosse aos teatros, fosse em palcos montados em praças, onde fosse possível levar nossa arte para que pudesse educar o povo do interior do Paraná.
No ano passado, tive a oportunidade de dirigir, junto com Nicole Vanoni, diretora da Curitiba Cia de Dança, uma suíte de “O Quebra-Nozes” que foi encenada no Teatro Guaíra com muito sucesso de público, da crítica curitibana. Qual a diferença? Como bailarina, tive grandes emoções, tenho memórias e recordações desse público querido que ainda me recebe muito bem por conta de tudo o que já fiz em minha carreira, no Teatro Guaíra. Muitas vezes me apresentei, ou com escolas, ou com minha própria companhia, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no palco do Teatro Guaíra. Ser preparadora é um novo momento, ser a diretora artística de um espetáculo também é o que me dá muito prazer, foi um momento de transição quando saí do palco para bastidores, atrás das cortinas. Sempre é muito bom voltar ao Teatro Guaíra, voltar a estar frente a frente com esse público que me recebe sempre tão bem. Esse ano, tive a alegria de ter sido convidada e agraciada com o título de cidadã honorária de Curitiba. E claro, o Guaíra é um dos grandes responsáveis por eu ter recebido esse título.
É sempre uma grande emoção, um grande palco, com um grande público, e com artistas e técnicos e funcionários que sempre me acolheram com muito, muito carinho. Voltar ao palco do Teatro Guaíra é sempre voltar com alegria e voltar a relembrar grandes momentos do início da minha carreira. Em três pensamentos: coração que bate, lágrima que sobe aos olhos e a certeza de que tudo não foi em vão. Obrigada, Curitiba. Obrigada, Teatro Guaíra!
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.