Um dos lançamentos mais esperados do ano, Matrix Resurrections levou os fãs da franquia à loucura desde o seu anúncio. Trazendo de volta Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss aos papéis de Neo e Trinity, a nova sequência da franquia de sucesso do começo dos anos 2000 dá um novo começo à história das Irmãs Wachowski, mas peca ao perder a singularidade dos longas.
No lançamento, Neo se vê tendo que escolher entre seguir ou não o coelho branco, desta vez com a vida de sua amada em risco. Infelizmente, desta vez a viagem do personagem de Keanu não é surpreendente, tampouco se tornará um filme memorável. O personagem desta vez perde com o estilo de atuação que o astro tem adotado.
Sendo os dois mergulhados em nostalgia e tendo estreias tão próximas, impossível não comparar Matrix Resurrections e Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Dentre as comparações, vou me ater às performances de Willem Dafoe e Keanu Reeves. Ambos atores estão há décadas afastados de seus personagens, Duende Verde e Neo respectivamente, e também já não são os mesmos jovens que fizeram história nos seus papéis. Apesar das semelhanças, a diferença entre a performance de Dafoe e Reeves é clara.
O primeiro escolhe um caminho ainda mais audacioso e intenso do que foi percorrido em sua primeira aparição como Duende Verde, trazendo novas nuances ao vilão ao passear entre os dois lados que Osborn tem dentro de si. Já o intérprete de Neo escolheu a direção oposta: ao invés de manter a imponência do Escolhido presente nos primeiros filmes da trilogia, o personagem se torna uma sombra do que era, desengonçado em suas cenas de luta e incapaz de transparecer outra emoção além de uma espécie de desespero e confusão.
Felizmente, nesta sequência de Matrix, a história não acaba no suposto Escolhido. O elenco que o entorna se mostra mais do que capaz a manter o cerne da franquia vivo. Carrie-Anne Moss apesar de também trazer em momentos uma versão diminuta de Trinity, quando a hora certa chega, traz de volta o espírito incansável de sua personagem.
Já o novo grupo de rebeldes encabeçado por Bugs, interpretada por Jessica Henwick, mostra potencial para as possíveis sequências da franquia. Apesar disso, algumas escolhas do roteiro fazem dos personagens uma espécie de fã deslumbrado ao conhecer Neo. Esperado, porém em momentos inoportunos os deixando com uma personalidade infantil ao invés de destemida.
Este mesmo roteiro que falha com os novos personagens, também é responsável pelo Neo entregue aos fãs. Assim como na cena embebida de metalinguagem, a difícil tarefa dos roteiristas de trazer um novo filme que lembrasse o antigo sem deixar de ser uma novidade lucrativa se mostra clara no produto final. Infelizmente o resultado da nova sequência é mais um longa sem personalidade.
Essa falta de originalidade é presente também no visual do filme. Ao bater os olhos em qualquer cena do primeiro Matrix é possível identificar que aquele é um trabalho das irmãs Wachowski. Já Matrix Resurrections poderia ser dirigido por qualquer diretor de ação de tão genérico que apresenta ser.
Mesmo com os seus pecados, a nova história de Neo e Trinity promete trazer novos frutos caso o longa caia nas graças do público.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.