Menos clichê, mais tattoo

Hoje a gente vai falar sobre modinhas, clichezões e outras cositas más. Eu realmente não consigo entender de onde essas coisas vêm, portanto, quem puder me ajudar a elucidar algumas questões, eu agradeço. Se você acompanha o universo da tattoo, pelo Facebook que seja, deve ter notado que há uma overdose de astronautas, lobos e raposas neste momento. Por quê?

Como eu já disse antes, acho que tatuagem não precisa ter significado mesmo e cada um faz o que quiser, mas um pouquinho de originalidade às vezes não faz mal, né? O pessoal que embarca em tudo que é onda não percebe que o astronauta de hoje é o filtro dos sonhos de amanhã. Um dia aquela tattoo de dente de leão virando passarinho deve ter sido cute, mas agora é brega e insuportável.

Infinito

Se for pra tatuar infinito, que tenha personalidade e estilo. (Artista desconhecido)

Pra mim, a única explicação é: “Não sei o que fazer, porém estou morrendo de vontade de tatuar, manda qualquer coisa fofa aí”. Se for pra fazer trampo meia boca pelo ~valor estético~ da coisa, manda um flash do artista que é melhor, pelo menos vai ter um desenho exclusivo e que dificilmente vai fazer você passar vergonha.

Da mesma forma que é muito, muito feio copiar desenho de outros artistas, ou abusar das “referências”, você como cliente também deve pensar milhões de vezes antes de sair tatuando qualquer coisinha fofa que vê na internet, a sua tatuagem é pra ser só sua e não copiada de outras pessoas.

Queria deixar bem claro que este texto é uma crítica aos clientes que pedem sempre mais do mesmo. Tatuador é artista, sim, mas também é vendedor, e se o povo quer fazer cervos e mais cervos, manda ver mesmo.

clichezao

Clichê fusion

Mais uma coluna/desabafo/reflexão.

Au revoir.

Por Tamy Antunes
09/09/2015 17h20