Um dos aspectos que mais impressiona o público em um show de comédia é a capacidade que o humorista tem de sair do roteiro e fazer piadas com uma naturalidade invejável. Para a mineira Nany People, uma comediante que possui essa habilidade, o humor foi algo que sempre esteve presente em sua vida, “Acho que é o humor que escolhe a gente”, diz a atriz, comentando sobre a sua relação com a comédia na carreira. Com o objetivo de narrar toda essa trajetória em um show, Nany montou a apresentação “Minhas Verdades”, baseada na biografia “Ser Mulher Não É Para Qualquer Um: Minhas Verdades” escrita por Flávio Queiroz. O espetáculo faz parte da programação do Fringe na 25ª edição do Festival de Curitiba. O Curitiba Cult realizou uma entrevista com a atriz, que comentou sobre o show, sua percepção da arte de fazer rir, e suas experiências na capital paranaense.
Desde a infância Nany People se envolve com o teatro, o que a fez testemunhar logo cedo o papel transformador que o teatro tem na vida das pessoas. No show “Minhas Verdades”, Nany rasga o verbo e dá um espetáculo de comédia, mas sem deixar de lado a sua formação teatral. Segundo ela, a performance tem uma grande carga de humor e, também, uma mensagem motivacional para instigar o público. “Muitos humoristas que estão aí não tiveram tempo para se formatar pelo teatro, então talvez eles perderam um pouco esse fator que o teatro tem de transformação. Teatro só existe até hoje porque é transformador”.
A transformação também é um tema importante para o show em si, pois a narrativa é sustentada por totens musicais, estabelecidos pelo escritor Flávio Queiroz, que representam a sequência de tempo na vida de Nany People. Dessa forma, há cinco músicas que são cantadas durante o show pela atriz, sendo que cada uma delas representa uma década de sua vida, assim como um momento marcante. A música “Explode Coração”, por exemplo, é usada no espetáculo para simbolizar o descobrimento da condição sexual dela, e assim todas as músicas juntas narram mudanças pontuais na trajetória de vida de Nany People. ” ‘Não Aprendi Dizer Adeus’ também é usada no show, pois percebi que as pessoas têm uma mania de não querer desapegar das coisas. Tem que desapegar. Na minha vida eu aprendi que se você não desapegar das coisas, elas desapegam de você. E isso é uma transformação diária”, explica. Esses momentos no espetáculo geram uma identificação com o público, obrigando os espectadores a pensarem nas mudanças de suas próprias vidas.
Esses totens que marcam momentos específicos no show são os únicos elementos pré-estabelecidos na apresentação. Ou seja, Nany People não tem um texto escrito ou um roteiro. Toda conversa e interação são pensadas na hora, tornando cada show em uma performance singular, “Eu tenho os tópicos em mente e faço a costura durante o show. Esse ato de costurar é o que dá essa sensação de espetáculo fresco a cada apresentação”.
Nany People não poupa palavras para expressar o carinho que ela sente por Curitiba. O palco do Curitiba Comedy Club, estabelecimento do qual ela é considerada uma madrinha, é como se fosse uma casa para ela e um templo de humor na cidade. “Acho lindo um espaço desses que valoriza o humor durante o ano todo”, elogia a atriz. Ela também cultivou fortes amizades em Curitiba que, apesar de que tinham tudo para serem casuais ou meramente profissionais, ela as mantém até hoje.
Nany também tem uma longa história com o Festival de Curitiba, o qual ela considera ser um dos mais importantes festivais de teatro no país. “É inegável o valor do Festival de Curitiba. Não existe um festival no país com tamanha força, respeitabilidade e funcionalidade”, afirma. Ao fazer um trocadilho, Nany fala que “o humor para ela é coisa séria, mas uma comédia raramente é premiada”. Como a comédia é um assunto sério para Nany People, ela foi durante 10 anos uma das pioneiras do projeto Risorama, que faz parte do Festival de Curitiba, “O Risorama foi uma tentativa muito válida do Diogo Portugal de incluir uma parte de humor no Festival. Eu me envolvo muito porque a minha legitimidade com humor é mais forte do que eu. Faz parte da minha formação”.
Pelo tempo que ela atuou no Festival de Curitiba, Nany se apresentou para uma geração que se transformou em um público fiel de admiradores. Para ela não tem essa história de que o curitibano é um público sisudo, frio ou difícil, pois ela sente que o povo curitibano sempre foi muito querido com ela, o que intensifica ainda mais seu caso de amor com a comédia em Curitiba. “Eu tenho uma ligação de gratidão e de devoção ao público curitibano. Às vezes as pessoas falam que o público curitibano é fechado, mas eu não sinto isso comigo”.
Nany People encerra o Festival de Curitiba com a apresentação do espetáculo “Minhas Verdades”, que acontece no dia 3 de abril no Curitiba Comedy Club (R. Mateus Leme, 2467), às 21h30. O ingresso custa R$60,00 (inteira) e pode ser adquirido nas bilheterias oficiais do evento (Shopping Mueller, Palladium, ParkShoppingBarigui e Pátio Batel) ou pelo site.
A programação completa do Festival de Curitiba e informações das vendas de ingressos você pode conferir aqui.
Foto destaque: Leo Oliveira / Curitiba Cult
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.