Após o lançamento de “amor não eh pra mim”, um feat. com Vitor Kley, a curitibana Elana Dara volta à capital paranaense para o seu primeiro show solo, nesta sexta-feira (19), no Teatro Fernanda Montenegro. A artista autodidata traz, com sua voz aveludada, uma fusão única de MPB, pop, e R&B, e foi descoberta através de seus covers no YouTube. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 60.
Além de seu lançamento mais atual, os fãs poderão cantar ao vivo “aff…”, “Falei de Você Pra Minha Mãe” e todos os seus outros sucessos, acompanhados de surpresas e covers. Ela estará acompanhada dos músicos André Freitas (teclado), Léo Caranga (guitarra/violão) e Bruno Silveira (bateria).
O Curitiba Cult teve uma conversa super intimista com a cantora, e ela contou tudo sobre seu primeiro EP, inspirações, sentimentos e ansiedade para seu primeiro show. Vem com a gente:
Você saiu de Curitiba para morar em São Paulo e está voltando para Curitiba para o seu primeiro show. Como você se sente retornando para sua cidade para pisar pela primeira vez em um palco, cantando suas músicas autorais? Dá um frio na barriga pensar nesse encontro com os fãs?
“Tô morrendo de ansiedade, por que faz muito tempo que eu não vou pra Curitiba! Não só por questões pandêmicas, estou tentando focar no meu trabalho, toda semana tem alguma coisa nova para fazer, estou até evitando ir pra Curitiba pra quando eu ir, poder ficar bastante tempo. Aí surgiu a oportunidade de fazer no teatro, aí em Curitiba. Foi muito maneiro porque vários amigos meus já mandaram printscreen comprando o ingresso. Meus pais vão, e vai ser muito maneiro porque vai ser o primeiro show que eles vão ver, fora um no Rio antes da pandemia, que foi só violão e voz, cheio de covers. Comecei a gravar e divulgar minhas músicas com gravadora só na pandemia, então nem sei qual é a sensação de ver as pessoas cantando as músicas, coisas que escrevi no meu quarto e a galera sabe a letra inteira! Não parece real. Os números na internet não são muito palpáveis, eu tento imaginar mas não é a mesma coisa de ver as pessoas em sua frente. Tô muito empolgada, super ansiosa, ensaiando bastante pra fazer esse negócio direito. Vou ficar muito nervosa na hora, muito ansiosa e tô muito feliz dos shows estarem voltando. Curitiba me dava um pouco mais de medo por conta da venda de ingressos… Algo como ‘Será que alguém vai além da minha família?’. O fato de ser Curitiba me deixa mais em casa e me deixa mais vulnerável e nervosa. Cantar para pessoas que eu não conheço é mais fácil que cantar para as pessoas que eu conheço. Meus pais ali, me assistindo, pensando ‘vamos ver se eu tenho orgulho da minha filha’!“
Suas primeiras faixas são super românticas e seus últimos lançamentos se chamam “ninguém dá certo cmg” e “amor não eh pra mim”. Como esse sentimento te inspira?
“Depois que me mudei pra São Paulo, virei outra pessoa. Acho muito complicado estar passando por tantas mudanças e ter que lidar com relacionamentos, que são um pilar da vida. Ou você se dedica ou você se adapta e no momento eu não estou podendo fazer nenhuma dessas duas coisas, porque tô muito ocupada pensando nas minhas paranóias. Todos que acabo conhecendo aqui são pessoas que eu nunca tinha visto na vida, e até eu me acostumar com o modo de vida de São Paulo, onde não rola um padrão — em Curitiba as pessoas tinham um padrão de comportamento que aqui não tem — minha cabeça tá tão caótica que na maior parte das vezes, quando eu falo de um relacionamento, consigo escrever para eu mesma, não é um par romântico. Sempre falo que nunca escrevi uma música para uma pessoa só. Nunca ninguém me inspirou ao nível de eu falar ‘vou escrever uma musica de amor pra tal pessoa’. Acho que cada vez mais estou me blindando emocionalmente ao criar independência, e nos blindando de situações acabamos nos se blindando de pessoas junto. Tô focadíssima na carreira, quero muito que aconteça, e depois eu penso nisso.”
Seu primeiro EP vem aí! O que seus fãs podem esperar dele?
“Esse é o meu lançamento mais sincero. Eu acompanhava o som que foi acontecendo dentro da minha cabeça e é muito claro o quanto eu consegui passar isso pro papel. Isso me orgulha muito, estar conseguindo traduzir cada vez mais meus sentimentos. Dos últimos lançamentos, desde a minha primeira musica lançada, eu pensava muito no que estava pegando no momento, o que que poderia ser melhor para mim em playlists nas plataformas. Só que de uns tempos para cá eu, me sentindo desconectada de eu mesma, pensei no que eu posso fazer dentro das minhas composições que vão me reconectar, porque sempre precisei da música pra entender algumas coisas. E aí lembro de ter ido para Curitiba e voltar a escutar todas as coisas que eu escutava com uma amiga minha das antigas. Meu pai também sempre escutou rock, minhas maiores influências na minha vida escutavam muito rock e eu fui perdendo essas referências do nacional, do internacional, e fui pensando mais no que estava rolando agora e fui musicalmente me desconectando. Eu tive esses momentos de auto reflexão e decidi fazer o que eu estou afim de fazer, e tanto faz as plataformas. No fim das contas é a gente pela gente mesmo. Então rolou “amor não eh pra mim”, uma música que eu amo e consegui colocar umas pitadinhas do que eu queria. Acho que isso foi uma virada de chave pra eu falar ‘cara, eu quero acompanhar a produção inteira das coisas’. E aí chegou o EP. É muito maneiro porque foi a primeira vez que eu entrei num estúdio e construí várias faixas, pensando em como fazer isso ser coeso e interessante para alguém que vai dar play. Assim conheci o Pedro Peixoto, que um produtor é incrível, por causa de “amor não eh pra mim”. Eu nunca tinha produzido com ele, e ele é roqueiro raiz! Fiz com os meninos do Supercombo a guitarra e a bateria, eles são absurdamente incríveis, e foi um ambiente extremamente criativo, onde eu nunca me senti tão confortável na minha vida produzindo alguma coisa. Tem dedo meu em todos os instrumentos, em todas as produções de absolutamente tudo. Hoje eu escuto o produto final e fico ‘isso finalmente sou eu’. Tenho muito orgulho desse trabalho e de poder lançar ele muito em breve. Estou preparando um lançamento todo diferenciado, bem empolgada e bem ansiosa de poder colocar isso para as pessoas e elas entenderem minha cabecinha um pouquinho mais. Vai ser muito maneiro e eu tô explodindo de felicidade!”
Você falou agora das suas referências e de se reconectar com o que você ouvia, e fiquei sabendo que Charlie Brown Jr. te inspirou na faixa lançada com o Vitor Kley. Com quem mais você gostaria de fazer uma colaboração no futuro?
“Eu tenho muitas inspirações musicais e muitos sonhos internacionais distantes. Tenho muita vontade de fazer um feat. com o Post Malone… com a Billie Eilish…, acho eles incríveis. Aqui na cena do Brasil, pensando em pessoas que estão lançando músicas atualmente, gosto muito da Cynthia Luz, de Lagum — foi uma virada de chave quando cantei com eles em um show, acabei tendo essa conexão, amo eles pra caramba —, o Vitão… E pensando em uma galera mais antiga, Nando Reis, Skank — sou apaixonada por Skank, tenho muita referência de melodias das musicas deles, acho que vai dar pra perceber nos meus lançamentos —, Capital Inicial… Acho que hoje tá vindo uma leva muito maneira de artistas jovens, tipo a Clarissa, Giulia Be… Com quem eu fizer acho que vai ser muito inspirador. É sempre um ambiente que cresce muito artisticamente pra mim, quando divido com qualquer artista. Quando foi com o Vitor Kley, quase explodi de tanta coisa que absorvi daquele homem, ele é incrível.”
Pra finalizar… Você tá bem próxima do lançamento do seu primeiro EP e também do seu primeiro show, além de ter lançado uma música com alguém que você sempre foi fã. Como você acha que a Elana de anos atrás, que escrevia a meta de seguidores do seu canal do YouTube em seu quarto, reagiria a isso?
“Cara… Você desbloqueou uma memória dentro da minha cabeça (risos). Acho que é muito difícil no mundo no qual vivemos, conter a ansiedade. Quando você conquista alguma coisa, você já está pensando ‘Beleza, e agora? E agora? E agora?’. A graça das coisas da nossa vida são os processos. Quando eu consigo finalmente respirar, parar e olhar para eu mesma e ver as coisas que eu conquistei, é muito bizarro. Lembro que várias sonhos meus tinham sido compartilhados com amigos e que eu nem lembrava de ter dividido isso, e aí meus amigos chegavam e falavam ‘Você viu que você tinha falado esse negócio e aconteceu?’, e eu pensando que, quando eu tinha falado isso, eu achava que quando isso tivesse acontecido eu seria a pessoa mais feliz do mundo, que era tudo que eu queria. Eu só comecei a pensar no próximo processo, e isso foi virando algo automático, fui fazendo música no automático, vivendo muito no automático. É bem recente quando eu parei para olhar para trás e admirar tudo que eu tô fazendo, sabe? Precisei de muita força que eu nem sabia que tinha pra ter umas decisões muita claras na minha cabeça. Eu estava fazendo faculdade, estava tudo certo pros próximos 20 anos… Ninguém nunca pensou em música da minha família, nunca pensou em arte, e do nada eu falei ‘Beleza, tô indo pra São Paulo e vou viver sozinha aqui, vou me virar e eu tô mesmo me virando’!”
Um pequeno extra: você saiu da faculdade e tá vivendo do seu sonho. Como é? Ainda pretende estudar algo que gosta além da música? Como vão os seus hobbies, como desenhar?
“Acho que quando você sai de um ambiente escolar, do jeito que fomos criados, aprendendo as coisas sentados em uma cadeira, é muito difícil pensar em voltar. Até dei uma desencantada no mundo acadêmico. Para voltar para estudar alguma coisa, teria que ser de uma forma diferente. Desenho, hoje, eu tô tentando colocar no meio da música, acho que eles são bem condizentes e dá pra criar uma conexão que seja coerente. Tento estar presente nas capas, quero poder fazer estampas, coisas assim, tipo marca de roupas!”
Quando: 19 de novembro de 2021 (sexta-feira)
Onde: Teatro Fernanda Montenegro (R. Cel. Dulcídio, 517)
Horário: 20h
Quanto: os ingressos estão à venda a partir de R$ 60
Vendas: Disk Ingressos
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.