Com visuais ambiciosos e um elenco estelar, “Duna”, a adaptação do livro homônimo de Frank Herbert, dirigida por Denis Villeneuve, responsável por “A Chegada” e “Blade Runner 2049”, deixa o desejo de “quero mais” mas nem tanto do jeito certo. “Duna” foi lançado em 1965 e desde então tem influenciado obras de ficção científica de todo o mundo. Já a adaptação estrelada por Timothée Chalamet e Zendaya mal chegou e já promete ser uma referência futura.
Em “Duna”, somos levados ao drama político e religioso do Império, onde a casa Atreides, liderada pelo Duque Leto (Oscar Isaac), é enviada a Arrakis, planeta desértico de onde é minada a especiaria, a fonte de toda riqueza desta sociedade. Os Atreides irão substituir os Harkonnen, tiranos que extorquiram o planeta e seus nativos, os Fremen. Paul Atreides (Chalamet), filho de leto, se vê no meio desse emaranhado e dividido entre seguir seu papel como herdeiro ou se tornar a esperança da classe religiosa de sua mãe.
O livro de Herbert que leva o nome do filme tem quase 900 páginas, incluindo as apêndices, e uma das dúvidas do público era como todo esse conteúdo iria caber em 2h30 de filmagem. Bom, não coube. Villeneuve tomou a – duvidosa – decisão de encarar o longa como a primeira parte de uma franquia. O problema gerado por esse enfoque é que a sensação que fica é de um livro lido pela metade.
Para os que nunca ouviram falar da obra, o roteiro tenta explicar o que está acontecendo o melhor possível, mas ao mesmo tempo que algumas coisas ficam extremamente claras, outras passam despercebidas como as motivações e a história por trás de Dr. Yueh (Chang Chen), peça chave nesta primeira parte da franquia.
A interpretação dos roteiristas a respeito dos personagens foi, na maioria dos casos, fiel a criação de Herbert, com exceção de Lady Jessica (Rebecca Ferguson). No livro a personagem controla suas emoções como ninguém, graças ao seu treinamento de Bene Gesserit, o que a coloca como alguém apto a liderar e a treinar o próprio filho para as suas provações. Já no longa ela é retratada como alguém à beira de um colapso. Não dá pra saber se foi escolha do diretor ou não, mas esse comportamento volátil da personagem pode prejudicar o seu arco na sequência do filme.
Nesta primeira parte conhecemos a fundo a casa Atreides e suas tradições. Os atores que interpretaram a família fizeram um bom trabalho ao gerar empatia no público com a sua situação. Já os Harkonnen foram deixados de lado, a ponto de o nome do personagem de Dave Bautista não ter sido mencionado, muito menos a sua relação com o Barão. Outro personagem que ainda não foi apresentado é Feyd-Rautha, apresentado nos livros como uma espécie de antagonista de Paul.
Infelizmente o contato com os Fremen foi deixado para a sequência do filme, logo a personagem de Zendaya ficou reduzida às visões do protagonista e uma breve cena no terceiro ato. Porém a caracterização dos personagens, tanto os trajestiladores (equipamento de reserva de água) quanto os olhos azuis trouxeram um ar moderno aos personagens sem deixar de lado as descrições dos livros.
A primeira parte da jornada de Paul Atreides é como uma grande introdução ao universo, uma excelente introdução, mas deixa a desejar por não conseguir se manter sozinha. É como se no filme do Capitão América os créditos subirem depois de ele se tornar um super-soldado.
A ambição e o talento de Denis Villeneuve e todo elenco tornaram “Duna” uma obra cinematográfica que ficará na história, mas de nada valerá se a sequência não estiver à altura.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Monster Summer, dirigido por David Henrie, é uma aventura de terror e mistério que vai trazer a narrativa de uma Noah (Mason Thames) e seus amigos que, após uma força misteriosa começa a atrapalhar a diversão de virão do grupo, eles se unem a um detetive policial aposentado, o Gene (Mel Gibson), para que juntos possam embarcar em uma emocionante aventura com a intenção de salvar sua ilha, que até então era calma e pacífica.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta – e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante.