Gosto de contar histórias, e aqui não será diferente. Como conheci David Gilmour? De maneira gradual, como tudo na vida. Começou com sua presença em fitas K7 que o pai ouvia vez ou outra. Estava em uma música que aprendi a conhecer sem nunca prestar atenção, aquela apreensão de criança (eu tinha, sei lá, 4, 5 anos…)
Depois, mais velho, fiquei sabendo, aleatoriamente, que a música tinha um clipe, e nesse clipe as crianças viram carne moída. Aí então apreendi: Another Brick in the Wall. Foi muito mais tarde mesmo, já aos 15, 16, com a influência de um antigo amigo, que fiquei sabendo que aquela era a parte 2. Havia mais, e havia um álbum. The Wall. Um filme também. E a banda já não existia mais com aquela formação. Wish you were here, The Dark Side of the Moon… Ummagumma. Atom Heart Mother, The Division Bells (que conheci após um cover da Nightwish de High Hopes)… Enfim, ouvi tudo o que pude. Quando fiquei sabendo da vinda de Roger Waters ao Brasil executando The Wall na íntegra com uma megaestrutura, não pensei duas vezes e comprei os ingressos, tendo sido uma das experiências pessoais mais marcantes. Foi no Morumbi, em São Paulo.
https://www.youtube.com/watch?v=KLwah-q6Z8E
Aí vieram as tatuagens, um presente muito especial (CD duplo de The Piper at the Gates of Dawn) e a constante presença de uma das bandas que mais fizeram parte de minha vida. Então, David Gilmour, na Pedreira Paulo Leminski, aqui, no quintal de casa. Sentiu um pouco do que senti? Pois é. Foi muito, muito melhor!
O local estava lotado. Muita gente mesmo. Todos os setores estavam esgotados, e a presença de inúmeras faixas etárias certificava de que o músico ultrapassou gerações com seu trabalho. A organização pecou um pouco por não aceitar cartão na compra de sanduíches e bebidas, o que foi uma reclamação constante. De resto, tudo certo.
O palco, majestoso, recebeu, pontualmente e sem alarde, toda a banda, incluindo Gilmour. Um dos membros é curitibano, João de Macedo Mello, saxofonista que não foi menor que o esperado de uma apresentação do porte dessa. Ainda estava claro. O silêncio se fez nos primeiros acordes de 5 A.M., seguida de Rattle that Lock, título de seu último álbum. Tirando o pessoal chato que ficava bebendo e conversando (aos berros) não dando a mínima para o espetáculo único que ocorria, nada, nada estava errado. Uma mistura de domínio técnico de anos de estrada, excelência na execução com um suporte incrível. Talvez isso defina parte de tudo o que ocorria.
Wish you were here chegou arrebentando com a Pedreira, que observava incrédula as projeções feitas em uma tela gigantesca no alto do palco. Assim como a do Waters lá em São Paulo, a apresentação destaca todos os participantes e proporciona um espetáculo aos olhos.
Depois disso, outros clássicos foram alternados com composições mais recentes, e tive o prazer de ver execuções de faixas do The Wall pelos olhos de outra lenda da Pink Floyd. A plateia não ficou parada, participando em faixas como Run Like Hell, levantando dezenas de placas em que estava escrito “Run”. Outro destaque foi a imponência do saxofonista em faixas como Money. Astronomy Domine e Fat Old Sun foram outros momentos memoráveis, só não superados pela execução de Shine on Your Crazy Diamonds.
No bis, uma trinca dos sonhos: Time, Beathe e Comfortably Numb. Isso encerrando uma noite que contou inclusive com um “parabéns pra você” a um dos membros da equipe. Houve espetáculos de luzes com projeções no céu (fumaça era lançada no ar e tudo parecia um lindo teto). Milhares de pessoas saíram com sorrisos bobos nos rostos. Grande parte sabia ter feito parte de um momento histórico.
O casal que se abraçou fortemente em Us and Them e mesmo os dois amigos que pulavam mais que alucinados a cada nova faixa clássica podem atestar isso. O rapaz que estava a meu lado, bateu em meu braço e disse “que show foda”, comigo logo concordando, também.
Não acho que seja exagero dizer que, ao lado de Waters e Black Sabbath, Gilmour ocupou seu lugar especial em minha lista de shows da vida. Cresci com eles. Meus pais cresceram com eles. Vi que muitos outros filhos estão no mesmo caminho.
Faço parte da religião da boa música. Nela, Gilmour, é eterno.
Confira a galeria exclusiva. Amanda Queiroz/Curitiba Cult
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Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.