CEFA, Everside e Narciso: o rock passa bem

Sabe aquela temperatura alta que curitibano diz que odeia, mas que na verdade ama? A gente começa a derreter, toma água, toma cerveja, toma três banhos e, ainda assim, tá pingando suor? Foi num domingo assim que CEFA, Everside e Narciso se apresentaram, e, meus amigos… Que noite! Que final de tarde. Que energia!

Em um bar que nasceu em 1991 e pelo qual passaram e passam e passarão inúmeras bandas de qualidade, a referência musical é uma: underground. Ou nem tanto assim. Vai quem quer curtir música descompromissadamente. Curte quem quer!

Everside: eu quero sentir de novo!

Dormi demais. Domingo é meio foda se mexer, né? Aí, o que que rolou? Devo ter perdido um show incrível. Sabe por quê? Porque cheguei quando a banda estava se despedindo, e a plateia implorou por mais uma música. E eles tocaram.

Quando vi a performance de todos, especialmente de Jessica Waltrick, só me despertou uma ideia: quem precisa esperar finlandeses ou holandeses virem ao Brasil para assistir a vocais femininos poderosos quando se tem algo do tipo aqui, em Curitiba, sendo uma banda que nasceu em 2018?

Everside

Everside

Narciso: chegou a hora de ir embora e eu não vou me despedir

A segunda banda foi marcada por emoção: despedida do baixista e apresentação de novo membro. Não foram poucos os que se comoveram com as músicas poderosas apresentadas. Aquela ideia de solidão pela qual devemos passar, reações inesperadas do público. Garoto, você não sabe como é, a sua máscara precisa cair pra você descobrir que o sol ainda há de brilhar.

O final foi explosivo. Ninguém ficou parado. Também pudera… Como não se empolgar se o espelho não mente?

CEFA: o retorno!

Último show da noite. Casa lotada. Passagem de som ao vivo e, bem, CEFA. Velha conhecida que, agora, conta com os líderes Caio Weber e Gabriel Oliveira e seus amigos lhes apoiando no palco.

Antes de começar, um lindo abraço no palco. Respiraram fundo e aí nada segurou os rapazes, nem a plateia. Todo mundo cantava junto, todo mundo reagia a tudo, todo mundo obedecia o duo. Gabriel era um show à parte, meio tímido e, ainda assim, brilhante.

A entrega de todos era máxima, tanto que Weber se jogou na plateia, que derretia. Em uma parada, Caio discursou sobre a liberdade de ser quem você é sem que ninguém se meta com isso. Somos todos um! Não se venda por migalhas. Mantenha sua essência.

E o show continuou até que, com um set estendido, chegou ao fim com uma grande festa. Inúmeras pessoas no palco, lutando pelo microfone, todo mundo pulando.

92 graus nunca fez tanto sentido quanto em 16/12/2018. E, cara… Como é bom sentir esse calor. E é com eles que eu canto meu Rock ‘n’ Roll.

CEFA

CEFA

Por Alex Franco
17/12/2018 23h06