Foto: Amanda Queiroz/Curitiba Cult
Curitiba traz shows alternativos interessantes para todos os gostos. A exemplo da noite do Vanguart, são momentos intimistas e que se assemelham a reuniões de conhecidos, ainda que o único vínculo entre grande parte de um público de apresentações do gênero seja, somente, o de saber as letras de bandas cujo alcance é marcadamente menor que o de outros artistas que lotam estádios. E não é que essa fórmula traz uma magia diferente e igualmente marcante?
Depois de um atraso considerável, os portões se abriram e, então, Cefa e Esteban Tavares, no Espaço Cult.
Antes da atração principal, uma banda relativamente jovem que se apresentou feito gente grande. Contando com a presença de cerca de 300 pessoas, os garotos fizeram o público gritar junto, cantar as músicas e até pular. Em uma apresentação redondinha e contornando eventuais problemas técnicos, o vocalista, Caio Weber não decepcionou em ponto algum e ainda, ao final da apresentação, se jogou na plateia, que não o deixou cair e ainda fez festa.
E o Curitiba Cult trouxe uma entrevista exclusiva com ele, que nos contou um pouco da história da banda. Confira agora:
Curitiba Cult: Nos fale um pouco sobre o trabalho da Cefa. Há quanto tempo estão juntos, como surgiu, as conquistas e as expectativas.
Caio Weber: A banda existe desde 2009, embora daquela primeira formação só eu tenha restado. Em 2012, após um ano em hiato, resolvi voltar com a banda para a gravação do nosso primeiro EP, denominado “Os Dias Que Antecedem As Rosas”. Com esse EP passamos a ter um certo reconhecimento na cena underground, e com isso fizemos nossos primeiros shows fora do estado. Foi nessa época também que começamos a pré-produção do que viria a ser o nosso último trabalho, lançado recentemente e chamado de “O Fantástico Azul Ao Longe”. Em 2013, a turnê precisou ser cancelada, pois fui diagnosticado com uma rara doença chamada “malformação arteriovenosa”, que resultou em uma cirurgia. Assim que recebi alta, outra fatalidade nos surpreendeu: nosso até então baterista, Rapha Franklin, também foi hospitalizado e, para nossa tristeza, veio a falecer em janeiro de 2014. Inspirados por todas essas situações em janeiro deste ano, entramos em estúdio e em 8 dias gravamos nosso primeiro full length, já citado anteriormente.
CC: Como está sendo a repercussão do “Fantástico azul ao longe?” e quais foram as inspirações para a criação do álbum?
Caio: Incrível! Esse álbum conta toda a experiencia que tivemos nos últimos 3 anos e é muito bom ver que essas canções têm ajudado muitas pessoas que se encontram em situações semelhantes às das letras. A inspiração foi aquilo pelo que passamos. De uma maneira mais evidente, a perda do Rapha.
Foto: Alex Franco/Curitiba Cult
CC: Quais são as expectativas da apresentação com Esteban?
Caio: As melhores possíveis. Pouca gente sabe, mas lá em 2011 tocamos juntos em um evento que aconteceu em São José dos Pinhais. Tocamos depois dele e obviamente só ficou para ver nosso show quem já nos conhecia (risos). Amanhã será diferente, estamos ansiosos para apresentar algo novo tanto pra quem já conhece nosso trabalho quanto para as pessoas que nunca ouviram falar em Cefa. Além disso, o nosso show será todo gravado e posteriormente lançaremos esse registro. Isso aumenta ainda mais nossa responsabilidade no palco, já que esse show ficará marcado na história da banda.
O álbum deles pode ser conferido no Spotify e em várias outras palataformas. Corra para a página oficial assim que terminar de ler a matéria!
Não foi só com o pessoal da Cefa que conversamos não. Fomos atrás do próprio Esteban, que nos recebeu muito bem e respondeu as perguntas num bate-papo que poderia estar acontecendo na mesa de um boteco do Largo da Ordem.
Curitiba Cult: Esteban, antes de mais nada, quem é Maria?
Esteban: Maria é marijuana, cannabis, a maconha mesmo! Quem me conhece, quem acompanha meu trabalho sabe qual é meu posicionamento com relação a esse tipo de assunto.
Curitiba Cult: É… Tem fã fazendo conspiração com Vaticano já, referência religiosa e tudo mais.
Esteban: Não, não. Compus a música voltando de uma viagem de Amsterdam. Me veio a ideia na cabeça e coloquei no papel.
Foto: Amanda Queiroz/Curitiba Cult
CC: Do “Adiós, Esteban!” (2012) pro “Saca la muerte de tu vida!”, qual foi a maior mudança pessoal?
Esteban: Nossa, tudo! Minha saída da Fresno e mais situações pessoais que alteraram muito minha história. Acontece muita coisa em dois anos.
CC: E são todas composições suas, não?
Esteban: Sim, são todas minhas. Tenho algumas parcerias, mas eu não veria sentido em seguir carreira solo se não fosse pra trabalhar com algo autoral.
CC: Terça-feira. Qual é a sua relação com ela, que é recorrente nas composições?
Esteban: Não é especificamente com esse dia. Tem segunda, tem terça-feira em espanhol… Os dias da semana, no geral, são temas de minhas composições porque remetem a situações que aconteceram em tais dias. Martes, por exemplo, fala de uma tarde minha em Buenos Aires. Eu tento passar o sentimento que tive nesses dias específicos.
CC: Uma mensagem pros seus fãs de Curitiba.
Esteban: Pouca gente sabe, mas morei por dois anos aqui. É incrível a sensação de conhecer os lugares, de querer sair pra comer e saber exatamente aonde ir. É uma familiaridade que não tenho com muitos lugares. É bom estar aqui.
Um abraço de agradecimento, cerveja na mão e vamos ao show!
As luzes se apagaram e as pessoas, apinhadas em frente ao palco, começaram a gritar. Esteban Tavares entrou e um casal se abraçou. Havia outros casais, havia amigos conversando, pessoas sozinhas pulando e letras sendo entoadas.
O show, num formato calmo e sem muita agitação, prendeu a atenção do público de uma maneira não tão convencional: em vez de centrar toda a experiência no palco, como de praxe, criou diversos mundos particulares circundados por letras que contavam histórias e falavam de sentimentos. Às vezes, era possível até mesmo ver pessoas de costas para o cantor, sussurrando as letras em ouvidos alheios.
Não foi diferente com outros que apenas observavam, tímidos, Esteban falar de segundas, terças… Domingos. Havia olhares perdidos, focados na execução da banda e, ainda assim, distantes. Arrebatamento e lembrança visíveis.
Foto: Amanda Queiroz/Curitiba Cult
Em outros pontos da casa, pessoas dançavam e bebiam enquanto conversavam e interrompiam seus assuntos para cantar o refrão de uma música conhecida. A apresentação como um todo beirou o impecável, e a proposta do show, se não era descompromissada, brilhou nesse quesito. Aparentemente, todo o atraso foi relevado por uma noite embalada pela música suave da banda.
Ao fim do show, o casal permaneceu abraçado, perdido num mundo criado pela apresentação da noite. Afinal, quando se trata de música, somos todos miniuniversos, pequenas galáxias em torno de um centro comum. Cabe ao artista sustentar essa configuração e torná-la mais ou menos evidente. Esteban, afinal, sustentou. O domingo? Acabou. Quem sabe outro dia eu te encontre em outro lugar.
Foto: Amanda Queiroz/Curitiba Cult
Na mesma noite, o povo da Caneco de Madeira também estava por lá conferindo tudo, o que foi um agradável encontro. Além disso, aproveitando o período pré Dia das Crianças, uma história bonitinha que ocorreu por lá, no Espaço Cult.
O minimenino filho de uma amiga, garoto pequeno com uma habilidade extraordinária em jogos de tablets, sendo que eu não consigo nem ligar um direito, estava pra lá e pra cá com seu Batman (de capa e tudo). Pedi pra ver e perguntei de qual herói ele mais gostava. Nem titubeou. Wolverine. Aí perguntei se ele tinha muitos bonecos. Sim, e tinha luta do bem e do mal. Além disso, havia dois Iron Man.
— Mas você luta com eles separado ou junto?
— Junto. O do bem é o azul e o do mal o vermelho.
Abracei bem apertado. Não é todo dia que dou de cara com uma infância tão parecida com a minha e tão, mas tão distante. Espero que um dia, em um show tão bacana quanto o que o do Esteban foi, esse mesmo menino, daqui a muitos anos, dê de cara com o passado e feche a noite com um quê de nostalgia e a sensação de que, afinal, a vida traz dessas coisas bonitas.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma história sobre traumas geracionais, Familia reconstrói a trama familiar de Luigi Celeste, um jovem de 20 anos que se envolve com um grupo fascista enquanto enfrenta o legado destrutivo deixado por Franco, seu pai ausente, violento e autoritário. Depois de uma infância conturbada e um casamento abusivo, Luigi, seu irmão Alessandro e sua mãe Licia vivem juntos em Roma, são muito próximos e sofrem ainda as consequências de um passado bárbaro repleto de memórias terríveis. Já se passaram dez anos desde que viram seu pai e marido pela última vez. Um dia, Franco resolve voltar e restabelecer a família que deixou para trás sob o mesmo regime de medo e abuso doméstico. Baseado numa história real, Familia investiga o abismo complexo das ideologias extremistas, dos ciclos de violência que acompanham demônios internos mal resolvidos.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em Redenção, onze anos após o assassinato de seu marido pelo grupo basco ETA, Maixabel Lasa (Blanca Portillo) se vê diante de uma escolha difícil: aceitar o pedido de perdão de um dos assassinos, Luis Carrasco (Urko Olazabal). Enquanto isso, Ibon Etxezarreta (Luis Tosar), outro dos assassinos, enfrenta o isolamento e a rejeição dos ex-amigos e companheiros de prisão. A narrativa mergulha na jornada de reconciliação de Maixabel, que lidera a Associação das Vítimas do Terrorismo, buscando entender não apenas o porquê dos atos de violência, mas também a possibilidade de perdão e paz. Enquanto ela se prepara para encontrar Luis, Ibon busca redenção e confronta o peso de suas ações passadas. Baseado em eventos reais, Redenção é uma história de dor, perdão e a busca pela reconciliação em meio ao legado do terrorismo, desafiando os personagens a superar o ódio e encontrar a humanidade em meio ao conflito.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Misericórdia é um longa dirigido por Alain Guiraudie e indicado ao Festival de Cannes 2024. A narrativa acompanha Jérémie (Félix Kysyl), um homem de 30 e poucos anos que volta para a sua cidade natal para prestar seus últimos agradecimentos ao seu antigo patrão e padeiro da aldeia. No entanto, o que era para ser uma visita breve se transforma em uma trama mais interessante quando eventos misteriosos começam a se desenrolar. Jérémie se vê envolvido em um desaparecimento inexplicável que lança uma explosão de acontecimentos na pacata comunidade de Saint-Martial. Enquanto tenta desvendar esse mistério que nem sabe como se enfiou, ele se depara com um vizinho ameaçador, cujas intenções suspeitas o deixam em estado de alerta constante. Além disso, as ações duvidosas de um clérigo local lançam dúvidas sobre a integridade da igreja na cidade. Com Martine (Catherine Frot), a viúva do padeiro, ao seu lado, Jérémie embarca em uma jornada para desvendar segredos sombrios que assombram sua cidade natal, enfrentando perigos imprevistos e reviravoltas inesperadas ao longo do caminho.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma história delicada sobre descobertas e amizade nesse filme sobre esporte com uma abordagem sensível. Em Sol de Inverno, a patinação artística é o motivo para o encontro entre dois atletas em formação e um treinador. Ambientado em uma pequena ilha japonesa, a vida gira em torno da mudança das estações. O inverno é época de hóquei no gelo na escola, mas Takuya (Keitatsu Koshiyama) não está muito entusiasmado com isso. Seu verdadeiro interesse está em Sakura (Kiara Nakanishi), uma estrela em ascensão da patinação artística de Tóquio, por quem ele começa a desenvolver um fascínio genuíno. O técnico e ex-campeão Arakawa (Sôsuke Ikematsu) vê potencial em Takuya e decide orientá-lo para formar uma dupla com Sakura para uma próxima competição. À medida que o inverno persiste, os sentimentos aumentam e ambos formam um vínculo harmonioso. Mas mesmo a primeira neve eventualmente derrete.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Dirigido por Alessandra Dorgan, Luiz Melodia – No Coração do Brasil é um documentário que busca celebrar a vida e obra do cantor e compositor brasileiro Luiz Melodia. A produção conta a história do artista que, ao abraçar sua liberdade musical e originalidade, desafiou muitas normas do mercado fonográfico e cultural brasileiro. Com materiais raros e inéditos de arquivo, também reflete a importância cultural de seu legado e da cena musical à qual ele contribuiu desde os anos 70. Com uma narração em primeira pessoa, o documentário coloca Luiz Melodia para contar sua própria história e trajetória da infância aos palcos. Os altos e baixos da carreira se encadeiam com performances ao vivo de canções marcantes do cantor.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Um homem fica preso no espaço após um terrível acidente. Em The Moon: Sobrevivente, um membro da tripulação espacial (Do Kyung-Soo) é deixado para trás, sozinho no espaço. O ano é 2030 e o projeto de exploração lunar progredia com sucesso, até um infeliz infortúnio, uma explosão solar, deixar o astronauta Hwang Seon-woo à deriva como o único sobrevivente de toda uma tripulação morta. Enquanto isso, na Terra, no centro de controle, o ex-chefe da Estação (Sol Kyung Gu) não mede esforços para conseguir resgatá-lo. Todavia, ele precisará contar com a ajuda da atual diretora e general da Estação Espacial (Kim Hee Ae), convencê-la e superar as tensões. Só assim ele poderá salvar a vida do astronauta e trazê-lo de volta a Terra em segurança.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
A lua está cheia e o terror está à solta. Lobisomem, a mais recente criação da Blumhouse e do diretor e roteirista Leigh Whannell, conhecido por seu trabalho em O Homem Invisível, promete levar o público a um novo nível de pavor. Neste arrebatador conto de horror, um homem deve lutar para proteger a si mesmo e sua família quando eles se tornam alvos de um lobisomem mortal. À medida que a lua cheia ilumina a noite, o grupo é perseguido, aterrorizado e assombrado por uma criatura que personifica seus piores pesadelos. Com a tensão crescendo a cada momento e o perigo sempre à espreita, Lobisomem promete uma experiência cinematográfica intensa e inquietante, explorando o medo primal que surge quando o sobrenatural se torna uma ameaça real. Prepare-se para uma noite de terror que você nunca esquecerá.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Um drama biográfico de uma grande artista em busca de sua identidade. Angelina Jolie interpreta Maria Callas, uma das mais icônicas cantoras de ópera do século XX no filme Maria, dirigido pelo aclamado Pablo Larraín. O longa retrata o período em que a soprano greco-americana se refugia em Paris, após uma vida pública marcada pelo glamour e pela turbulência. O filme Maria Callas revisita os últimos dias da lendária artista, destacando o momento em que ela reflete sobre sua trajetória e identidade na Paris dos anos 1970. Depois de se dedicar ao público e à sua arte, Maria decide encontrar consigo mesma e encontrar sua própria voz e identidade. Esse é um retrato e uma investigação psicológica de uma mulher que teve o mundo ao seus pés e marcada pelos holofotes da fama.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em MMA – Meu Melhor Amigo, acompanhamos Max Machadada (Marcos Mion), um grande campeão de MMA que passa pelo fim de sua carreira, afastado dos ringues enquanto se recupera de uma lesão séria no ombro. Quando descobre ser pai de um menino autista de 8 anos, ele precisa enfrentar os dois maiores desafios de sua vida: o primeiro é compreender o seu filho e conquistar seu carinho, já o segundo é rever os seus valores e se preparar para a maior luta da carreira, a sua última chance de uma grande volta. Max precisa se preparar emocional e fisicamente para enfrentar os desafios de cuidar do seu filho e se transformar no pai que ele precisa, assim como de dar a volta por cima na sua carreira profissional. Não abandonar os pontos e seguir aprendendo serão os lemas de Max e sua nova família.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma lenda feita para assustar crianças malcriadas pode não ser apenas uma fábula no fim das contas. Em O Homem do Saco, uma família vive um pesadelo após serem perseguidos por uma criatura mitológica maligna, o Homem do Saco. Patrick McKee (Sam Claflin) acaba de retornar para sua cidade natal com seu filho Jake (Caréll Rhoden) e sua mulher Karina (Antonia Thomas). Quando era criança, o pai de Patrick costuma contar, para ele e seu irmão Liam, a história desse monstro que levava crianças inocentes numa sacola e as devorava. Convencido de que escapou de um encontro com o homem do saco na juventude, Patrick permanece com os traumas desse dia assombroso até os dias de hoje. Agora, a entidade parece estar de volta, ameaçando a paz e a segurança de sua família e com o menino Jake na sua mira.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em Aqui, produção do diretor Robert Zemeckis, se ambienta em um único lugar: a sala de uma casa. Acompanhando diversas famílias ao longo de gerações, todas conectadas por este espaço tempo que um dia chamaram de lar. Usando esse espaço único para ilustrar as transformações ocorridas em diversas eras, desde os primórdios da humanidade. Richard (Tom Hanks) e Margaret (Robin Wright) são um casal prestes a deixar o lar onde colecionaram uma emocionante jornada de amor, perdas, risos e memória, que transportaram desde o passado mais distante até um futuro próximo. Apresentando uma viagem pela linha do tempo da humanidade, contada de forma emocionante e surpreendente, onde tudo acontece em um único lugar: Aqui.
Data de lançamento: 16 de janeiro.