Foto: Gosmma/Curitiba Cult
A noite começou com um bolo de amendoim (que ganhei de presente) e um encontro na fila. O John Bull, logo de cara, mostrou que, naquela noite, o movimento seria alto. Afinal, três bandas passariam pela casa, cada uma com sua identidade marcada: Caneco de Madeira, Fauno e Vanguart.
É interessante pensar na magia de shows em locais intimistas. Há proximidade com o público, descontração e uma sensação de que é possível curtir uma boa apresentação com tranquilidade.
Timidamente, rapazes elegantemente vestidos pisaram no palco, com certo atraso no início das apresentações. Era a Caneco de Madeira. Formada por Alexandre Henrique Honorio, Cleverson Willian Honorio e Sergio Eduardo Haiduk Junior, a banda, com suas cartolas e intensidade, fizeram com que a noite começasse a se agitar, com ritmos variados e músicas autorais.
O grupo de Araucária foca seu trabalho na cena cultural local e desempenha essa tarefa com requinte e cuidado nos detalhes. A presença de palco merece destaque, com trocas de instrumentos e roupas um tanto quanto exóticas e marcantes, além de uma interação carinhosa entre eles bonita de se ver. A primeira das bandas, afinal, fez um bom trabalho. Fiquemos de olho no que esses meninos ainda têm a apresentar!
Logo depois, quem chegou para se apresentar foi a Fauno. A banda de rock alternativo, segundo a página oficial, busca transmitir reflexões em suas composições e passa ao seu público uma mensagem de que sempre podemos ser melhor do que já somos. Uma empreitada ambiciosa, deve-se apontar.
Ivan Junior, Pablo Dalmaso, Vini Teixeira e Michel Elias trouxeram uma melancolia gostosa à noite, com letras referenciando fins de relacionamento e toda aquela dor que tais acontecimentos trazem. A execução das músicas não deixou nada a desejar, e a sinergia entre os membros da banda deixou um gosto agridoce: ouvir mais significa sofrer um pouco mais com lembranças.
Se causar efeitos emocionais caracteriza uma boa música, Fauno, então, tem várias delas. Outra banda a se ficar de olho!
Vanguart, então, chegou para a apresentação derradeira. Ainda que tenha pensado em inúmeras maneiras de descrever como foi a desenvoltura de Helio Flanders, Reginaldo Lincoln, Luiz Lazzaroto, Fernanda Kostchak, Douglas Godoy e David Dafré, nenhuma delas fez jus ao que foi realmente.
Trata-se de uma experiência inenarrável. O palco, durante a apresentação curta (as três deixaram gosto de quero mais, muito mais!, deve-se salientar), parecia uma grande reunião de amigos. E essa reunião se estendeu, naturalmente, ao público, que pulou, gritou e cantou boa parte das músicas.
Algo que deve ser destacado é a preocupação da banda com assuntos atuais, trazendo discursos feministas sempre que possível nos inúmeros diálogos durante a apresentação. Aqui, deixo os parabéns para os músicos: plantar uma semente do bem a cada show deixa o mundo um pouco mais bonito.
Encerrando a noite, a casa gritava por uma última música, pedido prontamente aceito. O bis, afinal, foi bem mais natural que o processo mecânico de sair do palco e retornar. Ninguém queria que eles saíssem. Ninguém queria que aquela reunião entre amigos chegasse ao fim.
Como dito no texto, cada banda trouxe sua identidade ao palco. A composição das três apresentações marcou uma noite que dificilmente será repetida.
A energia do local, as variedades musicais, os temas que tanto músicas quanto músicos truxeram para discussão e a simpatia dos artistas criaram um ambiente que apenas um café preto passado no coador e aquele bolo de amendoim do começo do texto são capazes de criar: uma sensação de estar em casa.
Por essa sensação, Caneco de Madeira, Fauno e Vanguart, devemos todos agradecer. Continuem o belo trabalho que vocês estão desempenhando. Queremos, antes, o lirismo dos loucos, e isso vocês todos têm de sobra.
Foto: Gosmma/Curitiba Cult
“É forte o discurso de amor da banda. O CD último, dessa turnê, é o Muito Mais Que O Amor, e a música mais “promovida” do álbum, digamos assim, é Meu Sol, a tocada logo após o discurso feminista e sobre o amor.
Houve coros, e as aberturas que a banda deu para o público cantar, juntamente com as conversas e brincadeiras promoveram uma interação fantástica.
O início do show foi calmo, mas com o passar do tempo as músicas tocadas foram mais rápidas. O final foi com músicas mais agitadas e contagiantes, deixando um gosto de quero mais e excitação mesmo após o fim.
Sei lá. Vanguart pra mim é um dos símbolos de como coisas que de início passam despercebidas acabam se tornando tão importantes. Os vi pela primeira vez em 2010, num outro pub, nem os achei relevantes. Hoje eles conseguem me transbordar de emoções. Então, acabam sendo o símbolo pra mim de que os tempos mudam, a vida muda, tudo vai se transformando e ressignificando.”
CONFIRA A GALERIA EXCLUSIVA DA NOITE. CRÉDITOS A GOSMMA/CURITIBA CULT
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