Eu acho que a gente como sociedade tem que parar, refletir um pouco e concluir que deu. Aquaman 2: O Reino Perdido consegue acertar em nada. James Wan tenta tantas coisas diferentes nesse filme, desde um “Marta” parte dois a um “herói-palhaço”, sem resultado algum.
Em Aquaman 2: O Reino Perdido, Arthur Curry (Jason Momoa) enfrenta mais uma vez o Manta-Negra. O vilão, interpretado por Yahya Abdul-Mateen II, busca vingança contra a família do rei de Atlântida enquanto descobre um poder misterioso que ameaça a vida na Terra.
Uma das partes mais tristes com o fiasco que é essa produção é o desperdício de um bom elenco e bons personagens. O que transparece é que alguns atores chegaram no set prontos para gravar uma comédia e outros para gravar um drama de segunda categoria. E até Yahya, que sempre faz um trabalho impecável, parece fora de tom.
Isso se dá pelas diversas tentativas do diretor de fazer o filme desenvolver. Primeiro James Wan abraça o Jason Momoa usando scrunchie de Velozes e Furiosos 10 – talvez movido a nostalgia – e insiste em forçá-lo nos moldes do Aquaman. Como a mesma receita com ingredientes diferentes não fazem o mesmo bolo, com a cara do herói a interpretação do ator foi infeliz e solitária, já que ninguém o acompanhou em seus exageros.
Por outro lado, Nicole Kidman e Yahya parecem estar disputando o Oscar, levando a sério demais um filme B. Incontáveis são as cenas em que os atores colocam compaixão ou temor demais em algo simples e trivial, deixando as interações fora de equilíbrio.
A falta de Amber Heard durante o filme deixa ainda mais rasas as motivações do herói. Como o público pode ser convencido de que Arthur se importa tanto com Mera se eles mal trocam duas palavras durante duas horas de filme? Neste caso, com esse instinto de proteção do protagonista, a relação dos dois não poderia depender tanto de conhecimento prévio (um dos grandes pecados dos filmes de herói de 2023).
E mesmo com a greve e a proibição do uso de inteligências artificiais, não há quem seja convencido de que este roteiro não é feito por um. Com tantas piadas sem graça e um lição de irmandade melhor executada num episódio de Os Vegetais, o script da produção é de longe uma das maiores decepções do ano.
Caso você quiser se dar um presente de Natal neste ano, não vá assistir esse filme. E se for, é por sua conta e risco. Mas, se você no fim do dia quiser apenas assistir uma história sobre irmãos se reconciliando, assista Dois Irmãos, da Pixar.
Data de Lançamento: 02 de janeiro
O ano é 1978 e o Camboja, que foi renomeado como Kampuchea Democrático, está sob o domínio de Pol Pot e do seu Khmer Rouge há três anos. O país está economicamente devastado e quase 2 milhões de cambojanos morreram durante um genocídio ainda não declarado. Três franceses aceitaram o convite do regime na esperança de conseguir uma entrevista exclusiva com Pol Pot – um repórter que conhece o país, um fotojornalista e um intelectual que se sente próximo da ideologia revolucionária. Mas à medida que descobrem uma realidade diferente por trás da propaganda e recebem tratamento especial por parte do regime, todas as suas convicções são gradualmente viradas de cabeça para baixo.
Data de Lançamento: 02 de janeiro
Uma nova adaptação do clássico do terror, Nosferatu é um conto gótico sobre a obsessão de um terrível vampiro por uma mulher assombrada. A história se passa nos anos de 1800 na Alemanha e acompanha o rico e misterioso Conde Orlok (Bill Skarsgård) na busca por um novo lar. O vendedor de imóveis Thomas Hutter (Nicholas Hoult) fica responsável por conduzir os negócios de Orlok e, então, viaja para as montanhas da Transilvânia para prosseguir com as burocracias da nova propriedade do nobre. O que Thomas não esperava era encontrar o mal encarnado. Todos ao seu redor lhe indicam abandonar suas viagens, enquanto, longe dali, Ellen (Lily-Rose Depp) é continuamente perturbada por sonhos assustadores que se conectam com o suposto homem que Thomas encontrará e que vive sozinho num castelo em ruínas nos Cárpatos. A estranha relação entre Ellen e a criatura a fará sucumbir a algo sombrio e tenebroso?