Colo os pés lado a lado no piso e o geladinho da pedra chega no meu dedão pelo furo na ponta da meia direita. Afrouxo, bem pouco, os joelhos e firmando os músculos da perna e quadril, jogo cabeça ombro braços tronco tudo pra frente. A gravidade me puxa pelos cabelos e eu abraço as panturrilhas. Seis respirações com a parte detrás das coxas rasgando agudo como se tensionada por cordas numa dor pra lá de agradável. Depois ergo rápido a cabeça e num passo meio torto vou até a varanda e sento pra escrever.
Dentre as medidas que já tentei impor na rotina para uma vida saudável e com qualidade: o alongamento. E junto com as outras medidas para uma vida saudável e com qualidade, ali do lado da garrafinha de água quase cheia, o fracasso em impor uma rotina.
Já tentei criar o hábito de uns surias pela manhã ou uns ciclos de posições só contando o tempo mentalmente. Ambos os casos, no primeiro dia eu fiz; no segundo roubei com permanências efêmeras; no terceiro fingi que esqueci.
Mesmo assim, não paro de esticar o corpo o tempo inteiro.
O negócio é meio inconsciente. É só sentar no chão, seja pra comer um sanduba na mesinha de centro, seja no rolê com a galera jogada pelo tapete, não demora pra eu começar com a borboletinha ou espichar a coluna com as mãos buscando as pontas dos pés nas pernas estendidas.
Talvez seja a eterna tentativa de ganhar mais alguns centímetros, talvez a necessária imposição em ficar sem me mexer por segundos que sejam. E também têm as dores eventuais. Por distrações, excessos e faltas. Joelho, lombar, gengiva, pontas dos dedões dos pés, tornozelo, nuca, palma da mão esquerda. Tudo dói quando a gente não sabe direito o que tá doendo. E tudo ameniza com um bom alongamento.
O ponto é que provável num fantástico mecanismo de autopreservação, sem reparar — como agora entre frases — quando vejo tô com a mão direita enlaçada no pulso esquerdo puxando o braço pro alto e pro lado até as costas gritarem a existência.
E aí eu só deixo fluir e continuo numa sequência de repuxes, sem contar segundos, sem pensar em respiração, só seguindo a ordem que meu corpo vai mandando.
Depois de tensionar e afrouxar e relaxar e contrair e soltar e focar em não sentir e só entregar o corpo, num último suspiro alto me vejo agradecendo numa vibe bem gratiluz.
Sem imposição e sem rotina, meu corpo sozinho se alonga.
Levanto e vou encher uma garrafinha de água.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Monster Summer, dirigido por David Henrie, é uma aventura de terror e mistério que vai trazer a narrativa de uma Noah (Mason Thames) e seus amigos que, após uma força misteriosa começa a atrapalhar a diversão de virão do grupo, eles se unem a um detetive policial aposentado, o Gene (Mel Gibson), para que juntos possam embarcar em uma emocionante aventura com a intenção de salvar sua ilha, que até então era calma e pacífica.
Data de Lançamento: 03 de outubro
Em Coringa 2, acompanhamos a sequência do longa sobre Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta – e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante.