Dia cinzento, dia frio. Dia turbulento com protestos pelo país, discussões políticas polêmicas e uma inquietude no ar. Ainda assim, certas ocasiões conseguem manter a leveza de espírito difícil de se ver, e um show com a Banda Mais Bonita da Cidade cria esse tipo de sensação única de se estar com amigos, não assistindo a uma apresentação de um grupo que já conta com 7 anos de carreira, dois álbuns, alguns EPs e, agora um DVD, tema da apresentação de lançamento que ocorreu no Teatro Paiol em Curitiba (14).
Entrevistamos Uyara Torrente, vocalista da banda, e contamos pra vocês nesta matéria exclusiva todo o papo e como foi a primeira apresentação das duas marcadas para a noite. Confira logo abaixo!
No meio da correria entre passagem de som e pré-apresentação, tanto Uyara quanto a equipe nos recebeu muito simpáticos. Em clima de bate-papo, ela nos contou sobre a relação com o público, sobre a atual situação do grupo e falou um pouco sobre como foi a apresentação no festival Psicodália.
Curitiba Cult: O financiamento do DVD foi feito com financiamento coletivo, e a Banda já tem em seu histórico, desde o princípio, um relacionamento de proximidade com o público. Alguns exemplos são os shows intimistas e a disponibilização gratuita de álbuns e músicas em várias plataformas. Essa proximidade foi pensada desde o começo da carreira ou se tratou de um desenvolvimento natural?
Uyara Torrente: Nós nunca planejamos coisas, pois elas simplesmente foram acontecendo a partir do vídeo de Oração, mas a banda sempre teve essa intenção de comunhão, da gente com o público, da gente com outros artistas.
Acho que a relação com os fãs foi mais por uma coisa na qual a gente acredita muito: desmistificar o artista como deus, como ídolo. É legal que as pessoas admiram nosso trabalho, e é mais legal que elas tenham consciência de gostam do nosso trabalho. Então, quando você desmistifica essa relação de musa, de diva, é muito mais legal, mais horizontal – claro, com os limites de privacidade, afinal, não se trata de uma pessoa que você conheça realmente.
CC: Recentemente, o grupo se apresentou no festival Psicodália, que contou com cerca de seis mil pessoas. Como foi a preparação para se apresentar neste formato de evento?
Uyara: Pensamos com muito carinho no show do Psicodália porque já havíamos ido a edições anteriores e sabíamos que as pessoas sempre estão muito sensíveis pela experiência. Tocar lá foi realmente especial para a gente. Esses festivais também representam essa ideia de desmistificação, pois o público fica muito próximo. É desmistificar e rasgar o coração mesmo, pois é muito menos tenso que em outras ocasiões.
CC: Trata-se de uma euforia tranquila, se é que existe esse tipo de sentimento conflitante?
Uyara: É uma euforia boa, não aquela que dá medo. Claro, sinto medo até hoje antes de qualquer apresentação, mas é um medo diferente.
CC: O que o lançamento do DVD representa para a carreira da banda?
Uyara: É muito louco (risos). A gente gravou esse DVD de uma maneira independente, como tudo o que a gente faz, e foi um aprendizado muito grande porque não tínhamos dinheiro para contratar produtores. Corremos atrás, aprendemos a fazer. Às vezes deixávamos de lado a parte artística para cuidar dos aspectos técnicos de algo do tipo. Aprendemos na marra para tornar esse projeto real. O apoio dos colaboradores foi vital para a concretização de tudo.
Uma construção centenária, o Teatro Paiol acomoda pouco mais de duzentas pessoas em uma estrutura com traços arquitetônicos romanos circular e um palco próximo ao público. O clima misterioso do local colaborou para um show que foi mais uma reunião intimista.
Trazendo convidados ao palco, a banda foi desenvolvendo a apresentação com um conforto que se refletia nas expressões do público, aparentemente encantado com a performance. Em Solitária, o poema, que não é mais declamado ao vivo, foi interpretado por uma menina da plateia, que arrancou aplausos inclusive da banda.
As luzes criavam um espetáculo à parte, ilustrando com cores o palco cercado por um ambiente rústico. Ao final da Canção pra não voltar, um silêncio arrebatador tomou conta da casa até que o último ruído fosse ouvido. ‘É como se nem estivessem respirando’, foi comentado. Isso para a casa explodir em aplausos logo depois em uma apresentação que manteve seu aspecto confortante e que se mantém coesa com o trabalho apresentado até então.
Uma das características mais marcantes do local escolhido é a acústica privilegiada, e talvez isso ressalte, inclusive o silêncio, que se apresenta nos momentos certos em todas as apresentações da Banda Mais Bonita da Cidade. Ali foi mais que isso. O silêncio, foi, também, música. Um feito e tanto!
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.