O inverno fora de época da semana passada (que na real nem tem mais isso de época pra nada com toda zoeira climática que a gente tem causado), contribuiu com um extra na inquietação intrínseca natural dos dias gelados e chuvosos: me escancarou de segunda a domingo, sinais.
Há tempos tento me livrar desse hábito meio tosco de enxergar sinais em tudo que é tipo de situação – em especial, numéricos. Mas dessa vez, nem que eu não quisesse ver o sinal como um sinal conseguiria. Ainda mais que o tal sinal coincide com o dia que nasci.
Mas foi assim.
De segunda a domingo, o treze se estampava na minha cara em toda oportunidade que existia dum número aparecer. E não sei se por isso ou não, mas mesmo com o frio esbranquiçado do lado de fora, minha inquietação que nesse clima geralmente toma rumos melancólicos, rumava pruma ansiedade eufórica (daquelas boas, sabe?) cada vez que eu via no celular ou computador ou televisão ou no painel do carro ou até nas placas de rua os 13 graus.
Já na segunda, me programei para sair precisamente uma e dez da tarde de casa. Não é que eu tivesse algum compromisso com horário exato – mas é que pra mim acaba sendo sempre esse precisamente. O elevador apitava o som contínuo e estridente de alguém segurando a porta e, olhando o letreiro vermelho indicando o décimo terceiro andar, quase entrei em transe pensando que domingo estava chegando e logo também primeiro de janeiro e sorri pelo atraso (acabei entrando no elevador 13h13).
O resto da semana foi assim. A cada espiada no relógio via 13h13 (o que significa que além de tudo, alguém que eu gosto estava pensando em mim), a friaca de 13 graus enviada diretamente por São Pedro não saía dos marcadores de temperatura, a vizinha do décimo terceiro segurou mais algumas vezes o elevador berrando o apito estridente e não me irritei.
Foi ali pela região da Treze de Maio quando fui atravessar a rua e meti o pé na faixa no exato momento em que o cronômetro do sinal verde de pedestre marcava treze segundos restantes que decidi. O churrasquinho vota-e-vem de domingo, teria treze convidados (Não deu, o povo animou demais e fechei em vinte e seis para continuar nos múltiplos).
No domingo foi tenso. No domingo foi intenso. Passei a noite dormindo e acordando pesadelando. O aumento astronômico de armas. As mortes por Covid. As vacinas ignoradas. O ódio pelo diferente. As rachadinhas. O desmonte da cultura. A desumanidade que nem envergonha. A fome. Os 51 imóveis comprados com dinheiro vivo. O garimpo ilegal. A Amazônia. A vergonha e chacota internacional. A democracia. Depois de ter visto aqueles sinais, depois de juntar toda aquela energia de mudança, esperançamos demais numa vitória iminente e nem percebemos que sim, vencemos. Esperançar. Dormir vendo no interior das pálpebras aquela palavra.
Acordei no dia seguinte ainda com a cabeça latejando pensando que a batalha foi pra prorrogação, mas que a vantagem, sim, era nossa. No relógio: 08h13.
Data de Lançamento: 28 de novembro
Jardim dos Girassóis acompanha o casal Roberto (Rodrigo Lombardi) e Carol (Fernanda Vasconcellos), que vivem uma vida regada a muito amor junto dos filhos. Um acontecimento trágico, porém, abala as estruturas da família. Lamentando a perda de um dos membros, todos tentam seguir em frente, apesar da dor. O filho mais novo do casal Lucas, entretanto, vira peça-chave para o desenrolar dessa fatalidade, uma vez que passa a conviver e ser perseguido pelo espírito inconformado com a própria morte. A partir daí, a família deve buscar ajuda espiritual para acabar com os momentos perturbadores e perigosos que colocam Lucas em risco e começam a acontecer cotidianamente. Baseado no romance espírita de mesmo nome da autora Lygia Barbiere do Amaral, Jardim dos Girassóis mostra, através das premissas religiosas do espiritismo, esse entrelaçamento entre vidas passadas e vidas atuais.
Data de Lançamento: 28 de novembro
Em Tesouro, uma filha curiosa viaja para a terra natal de seu pai para reconstruir as raízes de sua família. Tesouro narra a história da jornalista Ruth (Lena Dunham) em uma viagem para a Polônia acompanhada de seu pai Edek (Stephen Fry). Sobrevivente do Holocasuto, Edek tomou uma decisão muitos anos atrás de deixar seu país de origem, esquecer seu passado e seguir em frente, não desejando confrontar o que passou. Bem-humorado, charmoso e extrovertido, ele aceita acompanhar Ruth nessa jornada inicialmente apenas para vigiá-la, fazendo então seu próprio roteiro divertido. Quando, entretanto, os dois vão visitar o antigo lar da família, o clima pesa e Edek passa a sabotar os planos da filha, que deseja conhecer os lugares onde ele viveu e cresceu antes do Holocausto. Entre conflitos geracionais e situações cômicas, pai e filha se conectam pela primeira vez, descobrindo histórias emocionantes e enfrentando um trauma familiar através do humor e da sensibilidade.
Data de Lançamento: 28 de novembro
Em A Redenção: A História Real de Bonhoeffer, enquanto o mundo oscila à beira da aniquilação durante a Segunda Guerra Mundial, Dietrich Bonhoeffer (Jonas Dassler), um pregador do amor envolvido em um assassinato contra um tirano maligno, é levado ao epicentro de uma conspiração mortal para assassinar Hitler (Marc Bessant). Com sua fé e destino em jogo, Bonhoeffer deve escolher entre defender suas convicções morais ou arriscar tudo para salvar milhões de judeus do genocídio. Sua mudança de pregar a paz para tramar assassinatos alterará o curso da história ou lhe custará tudo? Até onde alguém irá para defender o que é certo?
Data de Lançamento: 28 de novembro
O Clube das Mulheres de Negócios é ambientado em um mundo onde os estereótipos de gêneros são invertidos, portanto, mulheres ocupam posições de poder que normalmente são ocupados por homens, e homens cumprem os papeis de serem socialmente submissos. A narrativa irá acompanhar Jongo (Luís Miranda), um fotógrafo renomado com o seu amigo jornalista, Candinho (Rafa Vitti), que chegam de manhã em um clube de campo em São Paulo. Esse clube, comandado por Cesárea (Cristina Pereira) e sua melhor amiga, Brasília (Louise Cardoso). Jongo já está preparado para o que os aguarda naquele ambiente onde metade das mulheres estão envolvidas com a justiça, já Candinho, terá um dia cheio de revelações escandalosas que o farão refletir sobre suas amizades e sua identidade. O Clube das Mulheres de Negócios aborda questões emergentes não apenas do machismo, mas também do racismo, do classicismo e da corrupção, enraizados na cultura patriarcal do Brasil e do mundo.
Data de Lançamento: 28 de novembro
Sequência da já clássica animação musical da Disney, Moana 2 acompanha o reencontro de Moana e Maui para uma nova aventura pelos mares. Passados três anos desde a última jornada marítima, um chamado de seus ancestrais leva a jovem polinésia Moana de volta para águas perigosas e distantes da Oceania com um grupo improvável de marinheiros. Com a ajuda também do semideus Maui, ela deve quebrar uma maldição terrível que um deus cruel e com sede de poder colocou sobre uma das ilhas de seu povo. Nessa grandiosa missão, Moana e sua equipe vão desbravar novos territórios e enfrentar velhos e novos inimigos, como monstros marítimos, feitiços e deuses do mal. Tudo isso em busca de reconectar sua nação e assegurar a paz dos oceanos.