O ponto branco faiscando no chão da varanda franziu minha testa. Lá fora, o nevoeiro encobria o topo das árvores e não se via muito além da casa do outro lado da rua. Encolhida na poltrona com a manta até a cintura, com meias de lã grossa como pantufas prendendo a barra da calça de moletom e o capuz do casaco enfiado na cabeça, eu tomava o café que esfriava antes de chegar à boca. Não demorei para fantasiar ser aquele ponto um floco de neve escapado por alguma fresta. Em mais um gole, espantei minha imaginação sonolenta e andei para o inverno da varanda. Uma flor jazia no piso gelado.
Cinco pétalas de um branco cintilante com o núcleo preto quase roxo. De uma ponta a outra, era menor que um isqueiro daqueles minis. Em perfeito estado, como se ainda estivesse conectada aos ramos verdes da trepadeira que se contorciam pela parede, provavelmente dera seu último suspiro na madrugada. Esfregando as pétalas entre o indicador e o dedão, ao toque era como uma macia e finíssima seda.
De imediato, querendo conservar a memória daquela sutileza perfeita, meti a flor entre as páginas de pontas dobradas do segundo livro da mesinha da sala – o que estava mais embaixo e eu relia há alguns dias.
Eu queria dizer aqui que escolhi minuciosamente entre quais linhas a pequena flor ressecaria, mas seria uma mentira descarada demais. Foi só tempo depois, para escrever esse texto, que busquei as páginas que a guardavam. Entre a setenta e dois e a setenta e três, a flor já murcha deitava sobre linhas fortes de um dolorido fim. Acaso ou não, ela também teve seu ciclo encerrado.
Horas mais tarde, enquanto rodava na cadeira do escritório de um lado para o outro em um enrola-enrola eterno para pegar no tranco e começar a cumprir os Oks do dia, freei com as pontas dos pés a cadeira em frente à estante de livros. Será que tinha ali eternizada mais alguma flor? E se tivesse, será que eu lembraria do momento em que a guardei?
Peguei um livro bem do meio da estante e folheei suas páginas. Nada. O segundo. Nada. Terceiro. Quarto. Vigésimo primeiro. Nada. Desistindo daquela procrastinação que já também me entediava, voltei para a mesa e dentre os livros ali espalhados, não resisti a uma última tentativa.
Era um calhamaço de capa dura – livro técnico de plantas medicinais no Brasil lá dos tempos que se revelava fotos da faculdade. E lá estava ela, uma mini rosa bordô deixava resquícios de sua tinta entre a erva-cidreira e o capim-de-contas. Dessa vez, nenhuma relação com o texto, a não ser: plantas.
Desfoquei meus olhos da realidade tentando lembrar quando coloquei aquela flor ali. Se foi em 2007 (como escrito na primeira página junto à minha assinatura), se foi mês passado (a julgar pelo estado da flor, coloco aí no mínimo um mês), não tenho a menor ideia.
Nenhuma memória. Lembrança. Nada. Mas mesmo sem recordações específicas do momento que pus a mini rosa entre as páginas, um sorriso abriu espontâneo em meu rosto e fechei o livro feliz – sou uma pessoa que guarda flores.
Data de Lançamento: 27 de junho
Divertidamente 2 marca a sequência da famosa história de Riley (Kaitlyn Dias). Com um salto temporal, a garota agora se encontra mais velha, com 13 anos de idade, passando pela tão temida pré-adolescência. Junto com o amadurecimento, a sala de controle mental da jovem também está passando por uma demolição para dar lugar a algo totalmente inesperado: novas emoções. As já conhecidas, Alegria (Amy Poehler), Tristeza (Phyllis Smith), Raiva (Lewis Black), Medo (Tony Hale) e Nojinho (Liza Lapira), que desde quando Riley é bebê, eles predominam a central de controle da garota em uma operação bem-sucedida, tendo algumas falhas no percurso como foi apresentado no primeiro filme. As antigas emoções não têm certeza de como se sentir e com agir quando novos inquilinos chegam ao local, sendo um deles a tão temida Ansiedade (Maya Hawke). Inveja (Ayo Edebiri), Tédio (Adèle Exarchopoulos) e Vergonha (Paul Walter Hauser) integrarão juntos com a Ansiedade na mente de Riley, assim como a Nostalgia (June Squibb) que aparecerá também.
Data de Lançamento: 04 de julho
Ainda Temos o Amanhã situa-se na Itália, em uma Roma do pós-guerra dos anos 1940. Dividida entre o otimismo da libertação e as misérias, está Delia (Paola Cortellesi), uma mulher dedicada, esposa de Ivano (Valério Mastandrea) e mãe de três filhos. Esses são os papéis que a definem e ela está satisfeita com isso. Enquanto seu marido Ivano age como o chefe autoritário da família, Delia encontra consolo em sua amiga Marisa (Emanuela Fanelli). A família se prepara para o noivado da filha mais velha, Marcella (Romana Maggiora Vergano), que vê no casamento uma saída para uma vida melhor. Delia recebe uma dose de coragem extra para quebrar os padrões familiares tradicionais e aspira a um futuro diferente, talvez até encontrar a sua própria liberdade. Tudo isso após a mesma receber uma carta misteriosa. Entre segredos e reviravoltas, este drama emocionante explora o poder do amor e da escolha em tempos difíceis.
Data de Lançamento: 04 de julho
Entrevista com o Demônio é um longa-metragem de terror que conta sobre o apresentador de um programa de televisão dos anos 70, Jack Delroy (David Dastmalchian), que está tentando recuperar a audiência do seu programa, resultado da sua desmotivação com o trabalho após a trágica morte de sua esposa. Desesperado por recuperar o seu sucesso de volta, Jack planeja um especial de Halloween de 1977 prometendo e com esperanças de ser inesquecível. Mas, o que era para ser uma noite de diversão, transformou-se em um pesadelo ao vivo. O que ele não imaginava é que está prestes a desencadear forças malignas que ameaçam a sua vida e a de todos os envolvidos no programa, quando ele recebe em seu programa uma parapsicóloga (Laura Gordon) para mostrar o seu mais recente livro que mostra a única jovem sobrevivente de um suicídio em massa dentro de uma igreja satã, Lilly D’Abo (Ingrid Torelli). A partir desse fato, o terror na vida de Jack Delroy foi instaurado. Entrevista com o Demônio entra em temas complexos como a fama, culto à personalidade e o impacto que a tecnologia pode causar, tudo isso em um ambiente sobrenatural.
https://www.youtube.com/watch?v=JITy3yQ0erg&ab_channel=SpaceTrailers
Data de Lançamento: 04 de julho
Nesta sequência, o vilão mais amado do planeta, que virou agente da Liga Antivilões, retorna para mais uma aventura em Meu Malvado Favorito 4. Agora, Gru (Leandro Hassum), Lucy (Maria Clara Gueiros), Margo (Bruna Laynes), Edith (Ana Elena Bittencourt) e Agnes (Pamella Rodrigues) dão as boas-vindas a um novo membro da família: Gru Jr., que pretende atormentar seu pai. Enquanto se adapta com o pequeno, Gru enfrenta um novo inimigo, Maxime Le Mal (Jorge Lucas) que acaba de fugir da prisão e agora ameaça a segurança de todos, forçando sua namorada mulher-fatal Valentina (Angélica Borges) e a família a fugir do perigo. Em outra cidade, as meninas tentam se adaptar ao novo colégio e Valentina incentiva Gru a tentar viver uma vida mais simples, longe das aventuras perigosas que fez durante quase toda a vida. Neste meio tempo, eles também conhecem Poppy (Lorena Queiroz), uma surpreendente aspirante à vilã e os minions dão o toque que faltava para essa nova fase.