O feixe colorido rasgou o céu totalmente desprovido de nuvens daquele fim de tarde. Logo antes de rodar pelos milhares de stories que tomariam conta das redes nas próximas horas, também postei a explosão de cores. Era quatro de maio, quarta.
Tomava o último gole d’água antes de sair, quando através da janela da cozinha as sete listras coloridas fisgaram meu olhar. Aquele pedaço de arco-íris terminando quase no terminal de ônibus do outro lado da rua, marcava o céu tão forte como luzes de palco em um show. Protagonizavam, o laranja e o vermelho acendendo aos olhos. Foi aí que com toda minha aptidão, cliquei em algum lugar certamente errado da tela do celular para focar em um ponto, e fotografei. A foto não captava nem um terço da beleza que eu via, mas como o trocadilho terminando no terminal estava dado demais, não consegui resistir e postei.
Minutos depois, tirava o carro da garagem e assim que virei a rua, estava lá ele de novo. E maior. Ia crescendo e desenhando um arco no céu (fazendo valer seu nome), como se riscando pinceladas com as sete cores de tinta da direita para a esquerda em busca de completar a volta. Almejava ser um arco-íris de Google ou de desenho animado. Não bastava o brilho e nitidez das cores, queria fechar o ciclo.
O trânsito congelado do centro naquele fim de tarde nem parecia tão entediante com a presença ilustre do arco-íris cinematográfico. Alternava entre as três rádios procurando a melhor trilha para o espetáculo luminoso que só de cruzar os olhos já levantava o arco também do sorriso. A cada sinal vermelho, me contorcia dentro do carro para ver o traçado colorido cortado pelos prédios. Os pedestres do caminho levantavam a cabeça dos celulares para o céu.
E em um desses cruzamentos que o sinal abre e fecha e abre e fecha e dá até preguiça de pisar no acelerador de tão nada que anda, distraída entre a luz do arco-íris e as notícias do rádio sobre o último dia para a regularizar o título eleitoral e o boom no número de cadastros de eleitores facultativos, errei o peso do pé e dei um totozinho no carro da frente.
Já esperando no mínimo um xingão pesado, gelei a espinha e arregalei os olhos quando o cara desceu do carro. Coloquei a cabeça para fora da janela, enquanto ele olhou o para-choque traseiro do carro dele. Deu um tapa para baixo no ar e falou Tá tranquilo. Não fez nada. Entrou no carro, e o trânsito finalmente fluiu – com o arco-íris acompanhando o trajeto até o destino final como se festejando o dia.
Data de Lançamento: 21 de março de 2024
Shirley é o retrato íntimo do ícone político pioneiro Shirley Chisholm, a primeira congressista negra e a primeira mulher negra a concorrer à presidência dos EUA, e o custo da realização para a própria Shirley. Este filme contará a história da campanha presidencial histórica e revolucionária de Chisholm, baseada em conversas exclusivas e extensas com familiares, amigos e aqueles que a conheceram melhor.
Data de Lançamento: 21 de março de 2024
Remake do filme Matador de Aluguel que foi lançado em 1989 e estrelado por Patrick Swayze no papel de um segurança em um turbulento bar. No remake, um ex-lutador de UFC (Jake Gyllenhaal) aceita um emprego como segurança em uma estalagem em Florida Keys, mas logo descobre que nem tudo é o que parece neste paraíso tropical.
Data de Lançamento: 21 de março de 2024
Em No Submundo de Moscou, o famoso diretor de teatro Konstantin Stanislavsky (Konstantin Kryukov) está atrás de inspirações para a sua nova peça, decide ir até as favelas de Moscou, com ajuda de Vladimir Gilyarovsky (Mikhail Porechenkov), um especialista nesse assunto. A dupla acaba encontrando o bairro Khitrovka que é conhecido por resisdir muitos bandidos e acabam envolvidos em uma investigação do assassinato de um shik indiano com um passado misterioso.
Data de Lançamento: 21 de março de 2024
Inspirado em uma das músicas mais famosas do compositor e sambista brasileiro Adoniran Barbosa, o filme Saudosa Maloca apresenta um já velho Adoniran Barbosa (Paulo Miklos) narrando suas histórias de uma São Paulo que já não existe mais para Cicero (Sidney Santiago), um jovem garçom de um bar. Com falas e personagens eternizados nos sambas do compositor, ele relembra a vivência na maloca com seus amigos Mato Grosso (Gero Camilo) e Joca (Gustavo Machado), além da paixão deles por Iracema (Leilah Moreno). Com a ajuda do samba, o grupo de amigos sobrevive, mas tem suas vidas ameaçadas quando o bairro do Bixiga começa a passar por grandes transformações e a metrópole é lentamente engolida pelo “pogréssio”.
Data de Lançamento: 21 de março de 2024
Depois de três aventuras arriscando sua própria vida para derrotar os mais poderosos vilões, Po, o Grande Dragão Guerreiro( Jack Black) é escolhido para se tornar o Líder Espiritual do Vale da Paz. A escolha em si já problemática ao colocar o mestre de kung fu mais improvável do mundo em um cargo como esse e além disso, ele precisa encontrar e treinar um novo Dragão Guerreiro antes de assumir a honrada posição e a pessoa certa parece ser Zhen (Awkwafina) uma raposa com muitas habilidades, mas que não gosta muito da ideia de ser treinada. Como se os desafios já não fossem o bastante, a Camaleoa (Viola Davis), uma feiticeira perversa, tenta trazer de volta todos os vilões derrotados por Po do reino espiritual.