Suzana veio morar aqui em casa depois de um Amigo Planta de confraternização no fim do ano passado, no caso, há algumas semanas. De cara, assim que peguei o vaso pesado da hera, que eu nem sabia se era hera, mas tinha as folhas com cara de hera subindo pelos arcos de arame estrategicamente enfiados na terra para traçar o caminho daquele verde gritante, se enrolando em pequenos caules e ramos, cheia, muito cheia, e que no conjunto do verde todo, algumas florezinhas branquinhas com o miolo bem pretinho, pintavam a tela de natureza viva, não me aguentei na súbita vontade que às vezes me dá de fazer trocadilhos toscos, e nomeei a hera de Foi. Além do nome tosco, virou uma profecia.
Abri a porta de casa com o vaso na mão, e andei arrastando os pés pela sala e sacada com a Foi nas mãos até que escolhi o lugar onde ela cresceria e dominaria a parede, nos meus planos imaginários. No dia seguinte, pesquisando sobre a Foi, descobri que seu nome era Suzana-dos-Olhos-Pretos. E nessa, a Foi foi pela primeira vez, e virou Suzana. Na mesma pesquisa, o Google contava que era uma planta super resistente, de crescimento rápido e que realmente ocupava os espaços. Já via minha casa inteira tomada pela Suzana, quando bateu o medo da morte – eu passaria quinze dias fora.
Optei pela garrafa com água enfiada na terra, hoje sei que não fiz a escolha certa. Como o spoiler dado no próprio título, sem mais delongas, quando voltei de viagem só vi ao redor da planta o que parecia ser o chão de uma cidade cheia de árvores no outono. Ainda muitas folhas e flores totalmente desidratadas grudadas naquele emaranhado de arames e caules secos. Os meus olhos ficaram com mais água do que aquela planta. Por três dias reguei, tentando resgatar das profundezas da morte, alguma possível sobrevivente. Poucas folhas voltaram a brilhar um verde discreto, e chegou o momento doloroso, podar para tentar dar viabilidade pras sobreviventes com sede.
Olhei para a Suzana pela última vez, e com uma tesoura em mãos procurava as ramificações com as lâminas, como se tosando um cachorro peludo. O processo dolorido de cortar e arrancar cada caule, folha, flor, às vezes quase na raiz, combinava com o começo de um ano – de mudar tudo que não estava funcionando pra fazer o resto vingar. Quando percebi que aquela poda estava quase virando uma sessão de autoterapia, dei uma de Edward Mãos de Tesoura sem talento e fui cortando sem apego canceriano tudo que já estava morto. No final, coloquei o Alfredo para rodar e fazer a aspiração da sujeira. Olhei para aquele robô aspirador, olhei para Suzana depenada, e pensei – preciso parar de nomear as coisas, se estou sofrendo assim com a pseudo morte de Suzana, imagina quando Alfredo tiver um burnout.
Essa história não tem um final feliz. Não vou terminar aqui falando que agora vamos ver pelo lado bom, a Suzana vai crescer toda nova, saudável. O cacete, sobraram três raminhos! A Foi foi. E agora, a Suzana foi. Me resta esperar pelo crescimento de uma nova hera, sem nome. Ou será que não ficaria legal The New Hera?
Data de Lançamento: 11 de abril de 2024
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