Tenho certeza que ao ler este título você imediatamente pensou em memórias de eventos ou acontecimentos envolvendo um cenário e pessoas específicas do passado, em uma suposta outra vida na qual você teria supostamente vivido, e que poderia recordar como lampejos de memória, certo?
A ciência, através dos estudos da Fenomenologia, com o pesquisador Robert Sheldrake, tem apresentado pesquisas que tratam deste tema, mas estas memórias de vidas passadas, estes lampejos, estas recordações, mesmo que muito nítidas, não se apresentam como cenas de um filme em nossa cabeça, infelizmente.
Assim como a cor da nossa pele, dos nossos olhos, o ondulado ou o liso de nossos cabelos, o formato de nossa boca e nossa estatura, herdamos de nossos antepassados memórias, emoções, desejos e traumas que poderão acompanhar o nosso inconsciente, apresentando-se como memórias de experiências passadas, que farão parte de nosso inconsciente atual, mas que não foram necessariamente experimentadas por nós.
Estas memórias, denominadas pela Fenomenologia de Memórias Epigenéticas ou Transgeracionais, atuam em nossas vidas direcionando até mesmo involuntariamente nossos desejos, ações e receios.
Assim, um grande medo ou trauma vivenciado por um ancestral seu, mesmo que há quatro ou cinco gerações atrás, pode reverberar e influenciar suas ações no hoje. Por exemplo, um ancestral, ainda criança, realizando a viagem de navio da Europa até a América, vivencia a experiência de ver alguém querido ser lançado ou mesmo ter caído ao mar, e este sentimento o traumatiza e entristece profundamente por todo o restante da vida. Esta experiência irá mudar a forma como o corpo dele percebe e enfrenta a vida, podendo ser transmitida a diante com as demais informações do DNA.
Então, gerações mais tarde, um descendente poderá apresentar uma fobia inexplicável por lagos, mar, e até mesmo piscinas, pois sua memória transgeracional sabe que na água é possível morrer ou sofrer muito. Este é um exemplo rápido e prático de uma memória transgeracional de outra pessoa, mas que se expressa em nossa vida.
Quando um sintoma é desproporcional ao contexto, quando uma dor é desmedida, se faz necessário um pesquisa aprofundada em seu sistema familiar para descobrir de onde esta vindo esta memória que esta se manifestando neste momento. E, felizmente, a resolução de sintomas transgeracionais é possível e acessível. Tornar visível um evento traumático, e trazer ao consciente que aquela memória não pertence a este momento e a este corpo atual, pode ser uma ferramenta importante e significativa no processo de cura de sintomas e doenças.
A psicogenealogia e a Constelação Familiar são eficazmente usadas nestas jornadas de autocura e autoconhecimento. Durante as sessões é possível acessar de modo sensorial estes eventos traumáticos e resignificá-los para que não se manifestem mais e deixem de interferir na vida atual. Nem sempre é um processo rápido, muitas vezes a cura é uma jornada. Renascer pode demorar mais do que nascer.
E você? Reconhece algum sintoma em você ou em seu Sistema Familiar? Já pensou em realizar um processo de cura neste sentido? Caso tenha interesse em ampliar suas percepções, busque pelas publicações anteriores desta Coluna e embarque nessa viagem libertadora em busca da Força das Raízes.
Boa leitura e até a semana que vem.
Data de Lançamento: 02 de janeiro
O ano é 1978 e o Camboja, que foi renomeado como Kampuchea Democrático, está sob o domínio de Pol Pot e do seu Khmer Rouge há três anos. O país está economicamente devastado e quase 2 milhões de cambojanos morreram durante um genocídio ainda não declarado. Três franceses aceitaram o convite do regime na esperança de conseguir uma entrevista exclusiva com Pol Pot – um repórter que conhece o país, um fotojornalista e um intelectual que se sente próximo da ideologia revolucionária. Mas à medida que descobrem uma realidade diferente por trás da propaganda e recebem tratamento especial por parte do regime, todas as suas convicções são gradualmente viradas de cabeça para baixo.
Data de Lançamento: 02 de janeiro
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