Não são raros os shows de rock que passam pela capital paranaense. Pela cidade, já passaram, há não muito tempo, nomes como Bad Religion, David Gilmour, Blind Guardian e Nightwish. Entretanto, poucos deles trazem teatralidade ao palco. Hoje, tiro um tempo para falar de como foi o show de Alice Cooper em Curitiba.
O cara não se faz de tímido. Logo ao entrar no palco, se despe de sua capa preta e entoa as primeiras notas de Brutal Planet, iniciando uma apresentação que encanta gerações variadas. Seu público, composto por adultos que acompanham sua carreira desde a década de 70 e adolescentes, se rende.
Terminada a primeira música e iniciando No More Mr. Nice Guy, jogou sua bengala para a plateia, que disputou com fervor a relíquia. E isso se repetiu durante a noite. A presença de palco do músico é invejável, mas o show não se resume a ele. Em dados momentos, o destaque é dado à banda que o acompanha, com direito a solo inclusive de bateria.
Após Under My Wheels e Lost in America, chegou a vez de Poison. Não houve um na Live Curitiba, local da apresentação, que tenha ficado parado. Enquanto a música rolava, me arrepiei inteiro. Afinal, estar em meio a centenas de pessoas cantando em coro os versos da música se trata de um sentimento de pertencimento único. Todos estavam ali para idolatrar a lenda viva que estava no palco.
Entre uma troca de roupa e outra, ele encarnou personagens variados durante a noite. Passou de mágico a açougueiro. Foi decapitado ao vivo por uma guilhotina. Levou injeções de enfermeiras maníacas, esfaqueou-as. Empunhou espadas. Deixou que um monstro gigante invadisse o palco e tomasse seu lugar. Dançou com uma boneca de pano.
Mesclando o grotesco e bizarro às letras subversivas de suas músicas, presenteou aqueles que assistiam ao espetáculo com atuações únicas e características de sua carreira. Para encerrar, cantou School’s Out.
No more pencils. No more books. No more teacher’s dirty looks. Nisso, emendou trechos da música Another Brick in the Wall (Part 2), do Pink Floyd. We don’t need no education. We don’t need no thought control. No dark sarcasm in the classroom. Teachers leave them kids alone. Nada mais apropriado para uma música que exalta a rebelião ao sistema.
Enquanto estava preso por uma camisa de força, tomando injeções gigantes e sangrando, pareceu que sua loucura era algo compartilhado por todos. Aqueles que assistiam à apresentação de Alice Cooper em Curitiba eram todos loucos ansiando por desatar as amarras de um manicômio social. E conseguiram. Afinal, ele conhece a dor. Ele é a dor. Ele é sua dor. A dor indizível. Sua dor particular.
Nada como um show de rock memorável para traduzir sentimentos psicóticos de um público que se identifique com os conflitos trazidos por composições transgressoras. Alice Cooper é isso. Uma fuga da realidade. E que fuga deliciosa ele proporciona. Sem amarras, todos puderam ser insanos por uma noite. Uma noite a ser lembrada.
Como ele mesmo disse, somos todos veneno. “You’re all poison”. Veneno correndo pelas veias. Para finalizar, acredito que ninguém queira quebrar essas correntes. Elas acompanharão a memória de cada um que esteve lá, perpetuando o sentimento por gerações a vir. Viva Alice Cooper. Viva o sentimento imortal do rock.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.