A literatura brasileira está entre as mais apreciadas no mundo. O reconhecimento internacional de grandes escritores e escritoras vem sendo intensificado com nomes como Machado de Assis. A arte da escrita é tão plural e rica no Brasil que o país tem sua própria data para comemorar quem faz a literatura: o Dia Nacional do Escritor, em 25 de julho.
A data foi estipulada em 1960, para marcar a realização do I Festival do Escritor Brasileiro, no Rio de Janeiro. O evento foi promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE), que na época tinha como vice-presidente Jorge Amado.
Curitiba tem grandes talentos nessa área. Escritores e escritoras nascidos aqui, ou que adotaram a cidade para viver e produzir seus escritos, tornam a cidade um grande centro da arte da escrita. O Curitiba Cult separou alguns dos muitos talentos que você precisa conhecer – e se já conhece, para reler e apreciar novamente os nomes locais.
Um dos mais famosos autores locais, Paulo Leminski deu até nome da famosa Pedreira, centro cultural que recebe artistas nacionais e internacionais em grandes eventos. Isso reflete a pluralidade do escritor, que também era músico, jornalista, crítico literário, publicitário e tradutor. Ele nasceu em Curitiba, em 1944, e faleceu em 1989, deixando diversos livros como legado para a cidade. Seus haicais cheios de trocadilhos, humor e tiradas rápidas o consagraram. “Toda Poesia” resgata a produção de Leminski. O autor será homenageado em agosto com um festival, na data em que completaria 80 anos.
A curitibana Adélia Maria Woellner nasceu em 1940 e é autora de mais de 20 publicações. “Caçador de Estrelas” é uma delas, dentro da Coleção Helena Kolody – que homenageia outra importante poetisa. Adélia inclusive editou um livro de Helena: “Infinita Sinfonia”. Ela foi escolhida como primeira autora do Projeto Poesia em Cores, que pintava frases de poetas pela cidade. Na Travessa da Lapa, foi pintada sua frase: “No espaço da noite, projeto o meu ser: cavalgo cometas e me transformo em caçador de estrelas”.
Em 2024, Dalton Trevisan completou 99 anos. O autor, conhecido por evitar exposições, foi celebrado em um grande evento. Famoso contista, retratou a Curitiba das ruas, revelando o cotidiano de forma crua. Já venceu o Prêmio Camões e o Prêmio Machado de Assis, ainda que prefira não aparecer para receber homenagens. A figura reclusa do escritor acabou gerando o apelido “Vampiro de Curitiba”, título de um de seus mais famosos livros.
Curitiba é apresentada de forma carinhosa por Marcio Renato dos Santos em “Dicionário Amoroso de Curitiba”. O escritor e jornalista, nascido em 1974, é mestre em Estudos Literários e publicou diversos livros de contos. Ele usa o formato dicionário para criar verbetes que servem como guia sentimental da capital paranaense. Inclui não só pontos turísticos como Santa Felicidade como também marcos culturais, da banda Blindagem ao jornal literário Rascunho, descrevendo de forma criativa a cidade.
Curitiba aparece como cenário e como personagem nos textos de Cezar Tridapalli. Venceu o Prêmio Minas Gerais de Literatura com “O Beijo de Schiller”, que faz referência à Rua Schiller. Ensaísta, tradutor e professor de criação literária, nasceu em 1974. Sua escrita é marcada por temas contemporâneos tratados com empatia e intenso tratamento estilístico, que flerta com o fluxo de consciência. “Vertigem do Chão” traz dramas de personagens em trânsito entre Curitiba e Europa, entre estar no mundo e estar dentro de si.
Nascida em 1981, Estrela Ruiz Leminski é filha de Paulo Leminski com Alice Ruiz. Mestra em Música, traz para a poesia sua própria voz, que brinca com ritmo, quebra regras da poesia tradicional e explora outras linguagens visuais. “Poesia é Não” mostra sua visão muito particular da escrita, entrelaçada por imagens e uma disposição inovadora do texto. Lançou o disco “Leminskanções” em 2014, resgatando o lado compositor do pai – e que vai apresentar no Festival Paulo Leminski 80.
Apesar de ter nascido em Santa Catarina, em 1947, Manoel Carlos Karam adotou Curitiba como sua cidade desde 1966 até seu falecimento, em 2007. Foi jornalista e cronista, fazendo parte da história do jornalismo paranaense. Seu texto traz experimentações de estilo e estrutura, brincando com o estranhamento. Várias vozes se cruzam em “Fontes Murmurantes”, considerado o responsável por ter colocado o autor no rol de grandes nomes da literatura paranaense.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.