07 escritores curitibanos para ler no Dia do Escritor (25/07)

Escritores Curitibanos. Foto: Brunow Camman/ Curitiba Cult.
Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult

A literatura brasileira está entre as mais apreciadas no mundo. O reconhecimento internacional de grandes escritores e escritoras vem sendo intensificado com nomes como Machado de Assis. A arte da escrita é tão plural e rica no Brasil que o país tem sua própria data para comemorar quem faz a literatura: o Dia Nacional do Escritor, em 25 de julho.

A data foi estipulada em 1960, para marcar a realização do I Festival do Escritor Brasileiro, no Rio de Janeiro. O evento foi promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE), que na época tinha como vice-presidente Jorge Amado.

Curitiba tem grandes talentos nessa área. Escritores e escritoras nascidos aqui, ou que adotaram a cidade para viver e produzir seus escritos, tornam a cidade um grande centro da arte da escrita. O Curitiba Cult separou alguns dos muitos talentos que você precisa conhecer – e se já conhece, para reler e apreciar novamente os nomes locais.

Paulo Leminski

Escritores Curitibanos. Foto: Brunow Camman/ Curitiba Cult.

Um dos mais famosos autores locais, Paulo Leminski deu até nome da famosa Pedreira, centro cultural que recebe artistas nacionais e internacionais em grandes eventos. Isso reflete a pluralidade do escritor, que também era músico, jornalista, crítico literário, publicitário e tradutor. Ele nasceu em Curitiba, em 1944, e faleceu em 1989, deixando diversos livros como legado para a cidade. Seus haicais cheios de trocadilhos, humor e tiradas rápidas o consagraram. “Toda Poesia” resgata a produção de Leminski. O autor será homenageado em agosto com um festival, na data em que completaria 80 anos.

Adélia Maria Woellner

Adélia Maria Woellner. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Adélia Maria Woellner. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

A curitibana Adélia Maria Woellner nasceu em 1940 e é autora de mais de 20 publicações. “Caçador de Estrelas” é uma delas, dentro da Coleção Helena Kolody – que homenageia outra importante poetisa. Adélia inclusive editou um livro de Helena: “Infinita Sinfonia”. Ela foi escolhida como primeira autora do Projeto Poesia em Cores, que pintava frases de poetas pela cidade. Na Travessa da Lapa, foi pintada sua frase: “No espaço da noite, projeto o meu ser: cavalgo cometas e me transformo em caçador de estrelas”.

Dalton Trevisan

Dalton Trevisan. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Dalton Trevisan. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Em 2024, Dalton Trevisan completou 99 anos. O autor, conhecido por evitar exposições, foi celebrado em um grande evento. Famoso contista, retratou a Curitiba das ruas, revelando o cotidiano de forma crua. Já venceu o Prêmio Camões e o Prêmio Machado de Assis, ainda que prefira não aparecer para receber homenagens. A figura reclusa do escritor acabou gerando o apelido “Vampiro de Curitiba”, título de um de seus mais famosos livros.

Marcio Renato dos Santos

Marcio Renato dos Santos. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Marcio Renato dos Santos. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Curitiba é apresentada de forma carinhosa por Marcio Renato dos Santos em “Dicionário Amoroso de Curitiba”. O escritor e jornalista, nascido em 1974, é mestre em Estudos Literários e publicou diversos livros de contos. Ele usa o formato dicionário para criar verbetes que servem como guia sentimental da capital paranaense. Inclui não só pontos turísticos como Santa Felicidade como também marcos culturais, da banda Blindagem ao jornal literário Rascunho, descrevendo de forma criativa a cidade.

Cezar Tridapalli

Cezar Tridapalli. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Cezar Tridapalli. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Curitiba aparece como cenário e como personagem nos textos de Cezar Tridapalli. Venceu o Prêmio Minas Gerais de Literatura com “O Beijo de Schiller”, que faz referência à Rua Schiller. Ensaísta, tradutor e professor de criação literária, nasceu em 1974. Sua escrita é marcada por temas contemporâneos tratados com empatia e intenso tratamento estilístico, que flerta com o fluxo de consciência. “Vertigem do Chão” traz dramas de personagens em trânsito entre Curitiba e Europa, entre estar no mundo e estar dentro de si.

Estrela Ruiz Leminski

Estrela Ruiz Leminski. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Estrela Ruiz Leminski. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Nascida em 1981, Estrela Ruiz Leminski é filha de Paulo Leminski com Alice Ruiz. Mestra em Música, traz para a poesia sua própria voz, que brinca com ritmo, quebra regras da poesia tradicional e explora outras linguagens visuais. “Poesia é Não” mostra sua visão muito particular da escrita, entrelaçada por imagens e uma disposição inovadora do texto. Lançou o disco “Leminskanções” em 2014, resgatando o lado compositor do pai – e que vai apresentar no Festival Paulo Leminski 80.

Manoel Carlos Karam

Manoel Carlos Karam. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Manoel Carlos Karam. Foto: Brunow Camman/Curitiba Cult.

Apesar de ter nascido em Santa Catarina, em 1947, Manoel Carlos Karam adotou Curitiba como sua cidade desde 1966 até seu falecimento, em 2007. Foi jornalista e cronista, fazendo parte da história do jornalismo paranaense.  Seu texto traz experimentações de estilo e estrutura, brincando com o estranhamento. Várias vozes se cruzam em “Fontes Murmurantes”, considerado o responsável por ter colocado o autor no rol de grandes nomes da literatura paranaense.

Por Brunow Camman
25/07/2024 14h14

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