Desde os anos 80 fomos agraciados com uma leva de cultura japonesa por meio de animes, mangá e demais formas de entretenimento. Seja pelas tardes na Rede Manchete com ‘Cavaleiros do Zodíaco’ ou nas manhãs de TV Globinho com ‘Dragon Ball Z’, sempre estivemos um grande contato com o termo anime. Fugindo desse lado televisivo e “fantasioso”, Ghost in the Shell surgiu em 1995 com uma temática futurista e robótica e se tornou um dos maiores nomes no gênero. E agora recebemos a versão cinematográfica intitulada A Vigilante do Amanhã.
Assim como a grande maioria dos animes a base de Ghost in the Shell está nos mangás, este em si criado por Masamune Shirow. A trama acompanha Major (Scarlett Johansson), primeira de sua espécie com corpo totalmente sintético e cérebro humano. Ela trabalha junto da Seção 9 para capturar hackers em um mundo futurístico que tudo está ligado à tecnologia. Em meio disso, ela começa a questionar sua vida e seus propósitos.
Talvez no momento não pareça uma discussão tão nova, mas quando lançado em animação lá nos anos 90 foi revolucionário e inspirou grandes obras como ‘Matrix’. A Vigilante do Amanhã foi feito por mãos um tanto quanto novatas, mas que se mostraram grandes admiradores e conhecedores da saga. A direção é de Rupert Sanders (‘Branca de Neve e o Caçador’) e a adaptação da história ficou com Jamie Moss e William Wheeler.
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell é um filme que respeita muito suas origens e leva a perfeita atmosfera apresentada no anime aos cinemas. Nem isso o poupou de receber duras críticas pelo embranquecimento (“whitewashing” em inglês) do elenco, principalmente pela escalação de Johansson como protagonista. A atriz foi uma opção de venda, para carregar o nome nas costas e familiarizar o público, e toda a caracterização dela e caminhos mostrados durante o longa “justificam” tal escalação.
Scarlett por sinal está magnífica no papel de Major e consegue se sincronizar muito bem ao estilo da personagem, com uma atuação de poucas expressões e bela movimentação. Continuando no elenco é preciso destacar os papéis de Pilou Asbæk e Takeshi Kitano, parceiro e chefe de Major respectivamente. São personagens essenciais na trama e que se mostram excelentemente executados. O antagonista é Kuze (Michael Pitt) que graças ao CGI consegue ser bem aterrorizante, enquanto se mantém no anonimato, e dramático, ao ponto que é “descoberto”. Toda a passagem tanto de lutas ou diálogos em Ghost in the Shell é bem crível, até mesmo os mais aprofundados que contam com o talento de Juliette Binoche.
O grande destaque do filme se dá pela qualidade absurda dos efeitos especiais inseridos em meio de toda a trama. Desde o corpo de Major e demais personagens até o cenário futurístico oriental, tudo é digitalizado para recriar com exatidão a obra original. A profundidade do trabalho é incrível e usa o 3D de forma impecável, ampliando a visão e realçando o ambiente. A capacidade de camuflagem da protagonista é recriada brilhantemente, assim como a remontagem das cidades para se tornar um futuro caótico. A Vigilante do Amanhã conta com um dos melhores trabalhos de efeitos visuais e CGI nos últimos anos, é realmente incrível.
Em meio a alguns pontos positivos surgem erros que prejudicam fortemente a produção. A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell conta com um excelente debate sobre identidade e funções. O problema é que a abordagem é muito simplista para não deixar o espectador confuso, mastiga o roteiro o máximo possível e o entrega de uma forma tão digerida que o faz soar até meio banal. Todo o debate existente no mangá/anime é reduzido a poucos diálogos e contestações, que além de prejudicar a “moral” acabam deixando tudo óbvio.
Outro porém que vai causar muita estranheza ao público em geral é o caminho sombrio e obscuro que a produção segue. Não é algo que anima e chega até a causar um efeito meio depressivo, você fica pra baixo assistindo e nem mesmo as rápidas cenas de ação (muito bem feitas) conseguem mudar isso. A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell certamente é um filme marcante e que deve agradar aos fãs do gênero anime, mas é difícil vê-lo criando raízes longe disso.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.