Uma das mais poderosas vozes que o soul de Memphis produziu. Uma voz que não só passeava pelas canções, como também trazia todos os sentimentos, angústias e amores que a moviam em interpretações únicas. Essa voz, que nunca conseguiu fazer grande fama, lutou durante toda sua vida contra seus demônios e nos deixou uma obra-prima.
James Carr era dono de uma voz incrível, mas tinha nele mesmo seus maiores problemas. A sua depressão o impediu de ter melhor sorte na carreira, que ficaria marcada por um grande hiato e pela falta de um maior reconhecimento. Nascido em 1942, no Mississippi, EUA, se mudou para Memphis ainda muito novo e lá começou a cantar na Igreja e com grupos gospel. Nos anos 1960 James já buscava dar seus primeiros passos como músico profissional e, em 1964, ele assinaria contrato com a Goldwax, selo pelo qual lançaria, em 1966, o disco que o colocaria entre as perólas do soul: You Got My Mind Messed Up.
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O título do disco não poderia ser mais adequado, pois as canções são sobre as mentes bagunçadas por algumas paixões. As ótimas composições – algumas também gravadas por muitos outros artistas – ganham um brilho e uma potência única graças a intensidade das interpretações de Carr. Só as palavras não seriam capazes de explicar o que sente quem se deixa afogar. Mas entre gritos e risadas, James transborda feeling para não deixar dúvidas do quanto dói ter numa paixão a fonte de todos os problemas.
As canções se revezam entre músicas agitadas e baladas, com country e soul de sobra, balanceando as sensações e as dinâmicas do disco. Depois da abertura com ‘Pouring Water On A Drowning Man’, temos ‘Love Attack‘. Outra pegada, mas tão intensa quanto. Novamente, a interpretação da um sentido a mais para versos que admitem que às vezes é mais fácil curar um pneumonia a um amor. E essa dor é tanta que ninguém quer se machucar. E James, no refrão de ‘I Dont Want To Be Hurt Anymore‘, prende nossa respiração enquanto confessa isso num grito, ou num choro. ‘She’s Better Than You‘ é outra canção que trás angústias como essas.
E as incríveis interpretações do vocal são acompanhadas de grandes performances instrumentais. Guitarras, baixo, órgão Hammond, bateria e metais ajudam a construir esse grande disco. Em ‘Coming Back To Me Baby‘, além do belo solo dos metais, o Hammond improvisa durante os versos. Já em ‘I’m Going For Myself‘, ele aparece sutilmente para depois dominar o refrão. Os arranjos também ajudam a transmitir as sensações e as crescentes nas músicas. Somente a cozinha – bateria e baixo – acompanhando a voz. Já é impossível não dançar quando a guitarra surge marcando o ritmo. As diferentes partes de ‘That’s What I Want To Know‘ tem em comum uma energia pulsante, enquanto James Carr sofre mais um pouco quando diz que ela disse que o amava, e é só isso que ele sabe. O James Carr deve ter se queimado nos riffs da guitarra de ‘Lovable Girl‘. A música mais famosa desse disco, além de ser a primeira, é considerada por muitos a versão definitiva. Chips Moman e de Dan Penn escreveram ‘The Dark End of the Street‘ pensando na voz de James Carr. O tremolo da guitarra e o coral ajudam a descrever um romance nas palavras de quem o percebe como um erro.
James impressiona com sua voz a cada faixa. Além dos graves incríveis, Carr alcança notas mais altas com a mesma emoção. ‘These Ain’t Raindrops‘, que conta com outra bela linha de órgão, mostra James explorando notas mais agudas. Em ‘Forgetting You‘, um blues lento sobre a dificuldade, às vezes impossibilidade, de se esquecer alguém. E, com cada vez mais força, James vai crescendo junto com a música, que trás a guitarras solando e falsetes.
‘You’ve Got My Mind Messed Up‘ dá nome e encerra o disco. Outra canção forte e emocional que termina, assim como outras, com gritos de ‘I love you’. A carreira de James Carr jamais decolaria. Mais um disco e algumas turnês – numa delas, no Japão, Carr paralizou diante da plateia após abusar de antidepressivos – e um hiato. Ele só voltaria a gravar um disco na década de 1990. Quem o conheceu garante que ele era uma grande pessoa e um enorme talente que não conseguiu brilhar como deveria por causa de seus problemas emocionais. Suas interpretações, tão cheias de sentimento e energia, capazes de transformar e trazer emoções as canções, revelam isso e nos fazem imaginar sobre quantos amores James poderia ter cantando.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
As Crônicas de Uma Relação Passageira conta a história do romance entre Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vicenti Macaigne) que se conhecem em uma festa. Charlotte é uma mãe e solteira, já Simon é um homem casado e sua esposa está grávida. Eles se reencontram num bar e começam um relacionamento repleto de percalços. Ela é mais extrovertida, pouco preocupada com o que os outros pensam. Ele é mais tímido e retraído. A princípio, os opostos realmente se atraem e ambos concordaram em viver uma relação apenas de aventuras, mas tudo se complica quando os dois criam sentimentos um pelo outro e o que era para ser algo muito bom, acaba se tornando uma relação perturbadora.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Dirigido e roteirizado por Pat Boonnitipat, a trama dessa ficção emocionante, Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra, acompanha a jornada do jovem When M (Putthipong Assaratanakul), que passa a cuidar de sua avó doente chamada Amah (Usha Seamkhum), instigado pela herança da idosa. O plano é conquistar a confiança de sua avó, assim será o dono de seus bens. Tendo interesse apenas no dinheiro que Amah tem guardado, When resolve largar o trabalho para ficar com a senhora. Movido, também, por sentimentos que ele não consegue processar, como a culpa, o arrependimento e a ambição por uma vida melhor, o jovem resolve planejar algo para conseguir o amor e a preferência da avó antes que a doença a leve de vez. Em meio à essa tentativa de encantar Amah, When descobre que o amor vem por vias inimagináveis.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Um aspirante a escritor utiliza um alter ego para desenvolver seu primeiro romance. Em Sebastian, Max é um jovem de 25 anos que vive como escritor freelancer em Londres trabalhando com artigos para uma revista. Ter um livro publicado fala alto na lista de desejos do rapaz e, então, ele encontra um tema para explorar: o trabalho sexual na internet. Se a vida é um veículo de inspiração para um artista, Max corre atrás das experiências necessárias para desenvolver a trama de seu livro. Com isso, durante a noite, Max vira Sebastian, um trabalhador sexual com um perfil em um site no qual se oferece pagamentos por uma noite de sexo. Com essa vida dupla, Max navega diferentes histórias, vulnerabilidades e os próprios dilemas. Será que esse pseudônimo é apenas um meio para um fim, ou há algo a mais?
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Uma comédia em que grandes segredos e humilhações se cruzam e vem à tona. Histórias Que é Melhor Não Contar apresenta situações com as quais nos identificamos e que preferimos não contar, ou melhor, que preferimos esquecer a todo custo. Encontros inesperados, momentos ridículos ou decisões sem sentido, o filme aborda cinco histórias com um olhar ácido e compassivo sobre a incapacidade de controlar nossas próprias emoções. Na primeira história, uma mulher casada se vê atraída por um rapaz que conheceu em um passeio com o cachorro. Em seguida, um homem desiludido com seu último relacionamento se vê numa situação desconfortável na festa de um amigo. Na terceira, um grupo de amigas atrizes escondem segredos uma da outra. Por último, um professor universitário toma uma decisão precipitada; e um homem casado acha que sua mulher descobriu um segredo seu do passado. Com uma estrutura episódica, as dinâmicas do amor, da amizade e de relacionamentos amorosos e profissionais estão no cerne desse novo filme de Cesc Gay.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Lee, dirigido pela premiada cineasta, Ellen Kuras, vai contar a história da correspondente de guerra da revista Vogue, durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Lee Miller. O filme vai abordar uma década crucial na vida dessa fotógrafa norte-americana, mostrando com afinco o talento singular e a tenacidade dela, o que resultou em algumas das imagens de guerra mais emblemáticas do século XX. Isso inclui a foto icônica que Miller tirou dela mesma na banheira particular de Hitler. Miller tinha uma profunda compreensão e empatia pelas mulheres e pelas vítimas sem voz da guerra. Suas imagens exibem tanto a fragilidade quanto a ferocidade da experiência humana. Acima de tudo, o filme mostra como Miller viveu sua vida a todo vapor em busca da verdade, pela qual ela pagou um alto preço pessoal, forçando-a a confrontar um segredo traumático e profundamente enterrado de sua infância.
Data de Lançamento: 19 de dezembro
Prólogo do live action de Rei Leão, produzido pela Disney e dirigido por Barry Jenkins, o longa contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.