“Twisters”: ação e reviravoltas em uma ótima estreia da semana

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Um dos filmes de ação da temporada que mais surpreende é “Twisters”. O longa-metragem estreia hoje (11/07) nos cinemas brasileiros, trazendo momentos interessantes de beleza em meio ao caos dos tornados. Uma continuação que quase não se conecta com o filme “Twister” de 1996, pode ser muito bem aproveitado por quem não conhece o primeiro filme. Com bastante ação, o filme entrega emoção durante duas horas.

O elenco pouco conhecido pode parecer um problema, mas é bem utilizado pelo diretor Lee Isaac Chung. A escolha revela atores carismáticos, a começar por Glen Powell, que consegue equilibrar o posto de novo galã com bom toque para comédia. Ele contracena com uma ótima novata, Daisy Edgar-Jones, mais conhecida pela série “Normal People”. A química dos dois em um romance, esperado desde o começo do filme, é grande.

História

“Twisters” começa com a cientista Kate (Edgar-Jones) e seus amigos caçando tempestades em busca de estudar como se formam, e como parar, os tornados, cada vez mais comuns. Logo de cara, o filme entrega muito do que se segue: explicações práticas sobre fenômenos meteorológicos pouco antes de uma grande sequência de ação. Não são diálogos brilhantes, mas são bem eficazes para concentrar a tensão.

Anos depois de um acidente, um amigo de Kate, Javi (Anthony Ramos) a estimula a retornar para essa pesquisa. Maas o cenário é outro: agora, pessoas caçam tornados de forma amadora para gravar conteúdo em redes sociais. Um deles é Tyler Owens (Powell), estrela do YouTube que começa como um opositor ao trabalho de Kate. A dinâmica dos dois, de inimigos a casal, é bem desenvolvida.

Clichês

As cenas em que Kate está sentindo o vento e olhando a paisagem para entender, como ninguém mais consegue, a formação de tornados, são muito bem feitas. Equilibram bem com as cenas típicas de destruição dos filmes de catástrofe, e mostram a diferença que faz ter um diretor consagrado por outros gêneros no comando da ação. Chung conquistou fama com trabalhos mais intimistas como “Minari”, o que surpreende ao vê-lo na ação blockbuster. Mas “Twisters” ganha muito com isso. Toques sensíveis tanto nas cenas de natureza, na calmaria antes da tempestade, quanto na humanidade dos personagens, fazem a diferença aqui.

O longa não foge dos clichês, e não precisa. Entrega o que é esperado nos filmes desse tipo. Muita catástrofe, sentimento de urgência e ação do começo ao fim, como os fãs do gênero gostam. Mas é nos detalhes que mostra que é um bom filme acima das expectativas.

Pequenas revelações ao longo da trama a tornam mais complexa, colocando muito mais do que ventos fortes como desafios para os personagens. Essa humanização dos clichês é que dá o toque especial de “Twisters”. Os efeitos especiais também: as cenas são incríveis e colocam o expectador, literalmente, no olho do furacão.

Por Brunow Camman
11/07/2024 15h56

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