Taxa rosa, imposto rosa ou, originalmente, pink tax, apesar do nome, não se trata propriamente de um tributo, mas simplesmente do fato de que produtos destinados ao público feminino têm um valor de comercialização maior do que os mesmos produtos destinados ao público masculino.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) na cidade de São Paulo em 2017, os produtos “cor-de-rosa” custam até 12,3% a mais quando comparados com os “neutros” ou “masculinos”. Essa diferença de preços pode ser verificada inclusive em produtos idênticos, como aparelhos de depilação de uma mesma marca, que se diferenciam apenas pela cor do material ou embalagem.
Ainda, a taxa rosa pode ser observada também em serviços, como cortes de cabelo, procedimentos estéticos ou transportes exclusivamente femininos, nos quais se verificam valores até 27% mais altos. Produtos farmacêuticos também se beneficiam dessa prática.
E não para por aí: até mesmo produtos infantis, especialmente os da indústria têxtil, costumam ter preços mais elevados quando destinados a meninas do que aos de meninos. Essa diferenciação é verificada ainda em brinquedos e materiais escolares.
Essa prática não tem previsão específica na legislação consumerista, entretanto, o Código de Defesa do Consumidor ressalva que o valor muito superior de um determinado produto em comparação com outro que seja similar pode configurar uma prática abusiva por parte do fornecedor.
Para além das questões legais, a problemática da taxa rosa se inicia com a atribuição de gêneros específicos para as cores azul e rosa, haja vista que, majoritariamente, os produtos masculinos e femininos são fabricados nessas cores, respectivamente.
Ademais, a aplicação de preços superiores aos produtos femininos se sustenta essencialmente na argumentação estereotipada de que as mulheres são mais consumistas do que os homens, bem como na concepção machista de uma suposta inclusão e igualdade entre os sexos, na medida em que os produtos que não especificam o público seriam necessariamente masculinos.
A grande contrariedade do imposto rosa se dá no fato de que as mulheres recebem, em média, salários 20,5% menores do que aqueles pagos aos homens. Ou seja, as mulheres ganham menos, mas devem pagar mais por produtos e serviços idênticos ou muito similares àqueles oferecidos aos homens.
No que tange efetivamente a impostos, a Associação Comercial de São Paulo constatou que produtos de higiene pessoal femininos são super tributados, a exemplo dos absorventes, que possuem uma carga tributária de 34,5%.
A criação de produtos destinados exclusivamente ao público feminino e com valores elevados em relação aos masculinos se origina numa concepção antiquada de que, conforme dito, as mulheres seriam mais consumistas do que os homens e, ainda, na imagem de sexo frágil, que precisa de produtos específicos.
Contra essa prática já existem alguns movimentos de algumas marcas que entendem que a igualdade entre as pessoas se dá também pela igualdade de valores em seus produtos, ainda que não necessariamente idênticos. Outras combatem a taxa rosa com a fabricação apenas de produtos neutros, sem especificar o gênero.
Aos consumidores cabe agir com maior consciência e seletividade na hora de efetuar suas compras, analisando a real necessidade de se comprar um produto qualificado como “feminino” em detrimento de outros neutros ou “masculinos” e com preços inferiores.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.