Bonitinha, mas o que significa?

Ricardo Braga

Boa tarde, jovens. Amo o choquinho de gerações quando bato papos com mamãe, por exemplo. Acho que ela aceitou, porque dói menas, mas quando comecei “com essa folia” de tattoo, ela não apoiou muito não. Sábado desses estávamos almoçando no Armazém Califórnia – lugar incrível hein, indico – e falando do Curitiba Cult e da coluna e pepepe, quando ela aproveitou o ensejo e disse, “Inclusive, ¿Por que te pintaste?”.

Essa é uma questão muito maravilhosa sobre a qual todo mundo que tem tattoo um dia é interrogado. Assim como qualquer coisa que você faz no seu corpo, a resposta não pode ser simplesmente “porque eu gosto”? Ninguém pinta o cabelo porque pre-ci-sa ficar ruiva/loira se não começa a dar tremedeira, ou porque vai se aproximar das fadas. Ninguém fura a língua para que o gosto das coisas penetre melhor ou porque falar engraçado é hype.

Mario Bernardi e Joao Joao

Mario Bernardi e Joao Joao

Particularmente, não tenho critério nenhum, é puro amor pela arte ou por cultura pop. <3 Tenho tattoo com significado? Sim, mas aproveitei uma obra que eu curtia para caceta para fazer uma homenagem para papai. Minha mais nova aquisição, uma Princesa Caroço, pode ser que ninguém mais reconheça daqui a uns 20 anos, não tem problema, eu me embalei em determinado momento da vida, é diver, é engra, então, me deixe.

Acho que o amor pela arte é um dos motivos mais genuínos que existe, eu tenho vários quadros na minha casa, eu admiro muito artistas, eu sou turista de museu, e eu quero carregar uma tattoo de cada artista que eu admiro em mim, ser uma galeria ambulante. Nhóóóóóó, que lindo né?

Já encontrei com muita gente que não se aceita e fica inventando moda: “Então, esse trampo que eu tenho aqui é para expressar a leveza, a pureza e a ingenuidade da infância, que eu considero a melhor fase da vida, mas que ao mesmo tempo a gente se arrepende de não aproveitar muito”, e é tipo um unicórnio pulando do precipício (amo unicórnios).

Thaís Leite e Rob Pluvia

Thaís Leite e Rob Pluvia

Essa galera entra naquelas de conceito de designer, que você sabe que é uma ba-le-la, mas fala: “Ah, uhum, claro” pra não perder a amizade. “Veja esse logo aqui do Curitiba Cult, à primeira vista pode remeter ao Jardim Botânico, mas não é só isso, é a intersecção entre o jornalismo, a cultura e a internet, representados por meio-círculos, porque o círculo é a forma mais perfeita, e a mídia não consegue ser perfeita, e, e, e ZZZZZZzzzzzZZZZZZzzzzzZZZZZzzz…”

Enfim, falei, falei, falei aqui só pra dizer que tá tudo bem fazer tatuagem sem significado, que tá tudo bem amar cultura pop – um salve pra caravana do Harry Potter e de Hora de Aventura – e é isso aí, seguimos com o nosso mantra do “meu corpo, minhas regras” e tudo bem, tudo legal. Firmô?

Ow, tio, conta uns causo pra nóis aí nos comentários, parça. Uma história de uma tattoo, uma foto, uma crítica, sugestão, opinião, o que você querê, vamo trocar umas ideia no Twitter. 🙂

Au revoir.

P.S.I:

Grab-lifestyle-fest

Nesse sábado (18) acontece o Grab Lifestyle II, que vai reunir exposição, tattoo, skate, gastronomia, música e muita coisa lôca, mano! O será realizado no espaço Wake Up Colab e a entrada é *GRATUITA*, aí melhorô, né?

As bandas que vão se apresentar são: Odd Man, No More Life, Mustaphorius e The Last Station. Flash day a partir de 100 mangolas com Léo Fröhlich e André Ruts e sorteio de tattoo. Cerveja artesanal e comida vegana! <3 Exposição de shapes pintados por mais de 50 artistas paranaenses, e claro que vai ter a lojinha da Grab pra você ir à falência.

Para saber tudim, tudim sobre essa festa, acesse o evento no Face, here.

P.S.II.: do dia 16 ao dia 18 de abril, o João do Forttuna Tattoo de Londrina estará tatuando no Kirin, aqui em Curitiba. Quem não conhece o trabalho dele, ou só admira de longe, APROVEITA!

P.S.III.: do dia 20 ao dia 26 de abril, o Bob Forttuna também estará tatuando no Kirin.

Agendamentos:
João (43) 8408-8605 ou Kirin (41) 3044-3430.

Beijos, people.

Por Tamy Antunes
15/04/2015 14h00