Tem algum millennial que não se identificou com a célebre frase da cantora Sandy na música “Aquela dos 30”, na qual ela canta “sou jovem pra ser velha, e velha pra ser jovem”? Tenho certeza que você, se estiver nessa faixa etária, também viu o viral da Moça do Marketing e garantiu, assim como eu (ao menos na nossa cabeça), que é jovem sim, mesmo se lembrando com clareza de todos os hits dos anos 2000, que tocavam enquanto você arrumava o delineado preto com franjinha para o lado — aquele visual que tomou conta de uma geração. Mesmo se você não era adepto do look, tenho certeza que basta um breve flashback para lembrar da “sofrência” adolescente ao som de “Welcome to My Life”, do Simple Plan.
Hoje é com essa trilha que a gente dá o start na coluna — prepara o som por aí!
Se você viveu ou não essa era — aliás, aqui a ideia não é rotular nada. Afinal, se mais pessoas ouvissem aquilo que gostam, sem se preocupar com a opinião dos outros, seríamos muito mais felizes. Para mim, o mais bacana é ver como músicas como essa te levam para uma outra época —, aquela em que os jovens tinham o pôster do Evanscence na parede do quarto, assistiam “A Usurpadora” na televisão e “Edward Mãos de Tesoura” na Sessão da Tarde, e estavam “envolvidos com esse negócio de mp3”. Algumas músicas são representantes clássicas dessa época em que o rock meio punk meio gótico meio pop meio hardcore dominavam as paradas musicais. Nada mais justo do que relembrar alguns desses artistas e seus hinos, para juntos celebrarmos o fato de que cada geração é marcante, e que a transição para o novo não precisa apagar o anterior — muito pelo contrário!
Já abrimos a coluna com “Welcome to My Life”, mas se tem uma música que representa toda a angústia adolescente é “Perfect”, também do Simple Plan. A canção é do álbum de estreia da banda canadense, “No Pads, No Helmets… Just Balls”, de 2002, e relata uma espécie de desabafo aos pais no qual o jovem admite que não pode ser perfeito. “Nada vai mudar as coisas que você disse, e nada vai fazer isso ficar certo. Por favor, não vire as costas. Eu não acredito que é tão difícil só falar com você, mas por favor entenda”, o grupo canta.
A banda segue na ativa, e o vocalista Pierre Bouvier tem feito sucesso na internet com vídeos em que dá uma nova “pegada” a músicas clássicas da banda; ou no mais recente vídeo, no qual transforma hits do momento como “Lonely”, do Justin Bieber e Benny Blanco, em versões pop punk.
@thisispierrebouvierPop punk remake. @simpleplan #emo #simpleplan #pierrebouvier #fyp #foryoupage what should I do next?♬ original sound – Pierre Bouvier
O ano de 2002 também foi o ano de lançamento de “Let Go”, de Avril Lavigne. Ao som dos singles “Complicated” e, na sequência, “Sk8er Boi”, a cantora deixou claro que o pop punk não era só dos garotos, e que meninas também podiam cantar músicas próprias, tocar seus instrumentos e fazer sucesso na cena. Ela já chegou “apavorando” e mandando a letra: “Que pena que você não conseguiu ver o homem que aquele garoto poderia ser. Existe mais por trás das aparências, eu vejo a alma que está dentro”.
Muito antes de Brendon Urie cantar melodias “chiclete” ao lado de Taylor Swift (eu amo “Me!”), o rapaz montou uma banda com seus colegas de infância e lançou pouco depois o seu álbum de estreia, “A Fever You Can’t Sweat Out”, de 2005. O álbum é liderado pela faixa “I Write Sins not Tragedies”, um clássico da época. Aos poucos, a banda foi trocando o line-up e mudando drasticamente de estilo até chegar ao que é hoje, com apenas Brendon na formação oficial. Em 2018, ele lançou o álbum “Pray for the Wicked”, que conta com o enorme sucesso “High Hopes”.
Não dá para deixar de lado os representantes brasileiros desse gênero, que também tiveram enorme repercussão em solo nacional. Uma das bandas é Fresno, que se junta ao NX Zero como grandes representantes do estilo. A banda surgiu em 1999 em Porto Alegre, mas foi em 2006, com o lançamento de “Ciano”, que eles conseguiram quebrar a barreira underground e ganhar espaço na MTV — e nas rádios do Brasil inteiro. O sucesso ficou ainda maior com “Redenção”, de 2008, trabalho no qual a banda adotou uma sonoridade um pouco mais pop. É desse álbum que saiu o single “Desde Quando Você Se Foi”, no qual Lucas Silveira sofre muito cantando: “Que desde quando você se foi, me pego pensando em nós dois, e eu não consigo ver onde que eu errei”.
Hayley Williams lidera a banda formada no Tennessee, Estados Unidos, que lançou seu primeiro álbum, “All We Know Is Falling”, em 2005. Mas foi em 2007, com “Riot!”, que a banda apresentou o hit “Misery Business”, e emplacou um dos seus maiores sucessos. Já dizia a cantora: “Eu não tive a intenção de me gabar, mas eu tenho ele onde eu quero agora”. Poder!
Admito que essa lista foi difícil manter em apenas cinco representantes. Tem muitas bandas e sons incríveis que remetem a essa época – e por isso eu fiz uma playlist para você que quer aproveitar a chegada da sexta-feira e se afogar no “ser triste”. E tem muita banda boa por ali que eu nem tive a chance de mencionar – Green Day, blink-182, Fall Out Boy, Dashboard Confessional, My Chemical Romance, The All-American Rejects, Yellowcard… vale a pena conferir!
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.