Sexta-feira passada foi declarada a abertura oficial de mais um turno da minha rotina. As vinte quatro horas do meu dia não têm sido suficientes para viver plenamente no fuso do Japão. Tendo como seu principal rival o turno do sono, o dos jogos tem chance de medalha, mas é preciso treino. E jogar contra o sono, pelo menos no meu caso, é coisa de semifinal de surf. Até acabar a bateria, tudo pode mudar.
Montando minha planilha de jogos, fico na torcida para o Brasil aparecer mais às cinco da manhã do que às duas da madruga. Na corrida entre ficar acordada até tããão tarde (quando foi que isso aconteceu?) e abandonar a cama ainda antes do canto do galo, sair debaixo do edredom ganha, com largas vantagens, do entrar.
No domingo, fui nocauteada na final finalíssima do skate feminino. Minha xará que me perdoe, fui vencida por um golpe baixo fisiológico. Quando já entendia tudo de Ollie, Flip, Tail, Nose, e mais o vocabulário inteiro, comemorando as manobras perfeitas e sofrendo com cada queda – de dor e de emoção -, entre a etapa classificatória e a final, o pequeno intervalo da meia noite veio. Em um golpe baixo, que deveria ter sido penalizado pela árbitra, um nocaute me arremessou para o sono profundo. Dormi sonhando com a medalha e acordei com ela estampada em todas as redes, jornais e notícias. Que orgulho, xará. Você, nos teus treze, fez tudo quanto é marmanjo acreditar em fada e brincar de Olimpíadas. Queria mesmo ter visto ao vivo. Mas o que não vai faltar é Replay.
Inconformada com a derrota, resolvi aumentar a disciplina na dedicação às Olimpíadas. Vôlei Masculino. Nove e quarenta e cinco da manhã. Liguei a tevê e comecei a assistir à partida que talvez tenha tirado mais meu fôlego do que dos próprios jogadores. Entre um set e outro, dei uma passeadinha pelos outros canais olímpicos. Em um deles, Handebol Masculino e no outro, Vôlei Feminino.
Opa! Tem mais Brasil em jogo! Apertei logo o canal Mosaico, que aparece simultaneamente quatro telas do Sportv, e lá fiquei eu, acompanhando e torcendo no ritmo de uma arquibancada lotada. Como a narração era do Handebol e meus olhos alternavam para as telas dos vôleis, comecei o revezamento entre os dois últimos.
Masculino, Brasil e Argentina. Feminino, Brasil e Coreia do Sul. No salto de canais, assistia aos jogos que estavam com o set quase se aproximando dos set points – fosse com saques do vôlei feminino, ou bloqueios do masculino. Seguindo com o ritmo da torcida de arquibancada cheia, vibrei, sofri e suei com as jogadoras e os jogadores. Até que elas fecham o terceiro set por vinte cinco a dezenove contra as sul-coreanas. Comemorei empolgada e ao dividir minha empolgação com outros técnicos telespectadores nos grupos do Zap, percebi que estava assistindo a reprise do jogo do dia anterior.
Acho que a falta de cama já está me afetando. Mas não vou desistir da disputa contra o sono. Ver o sonho dos atletas se concretizando e radiando orgulho e esperança para todo nosso Brasil tão lesionado, vale umas noites mal dormidas. Ainda dá para virar no segundo tempo.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.