“Entender minha sexualidade me fez entender a sexualidade dos meus próximos. Não que eu fosse um poço de preconceitos, mas hoje eu posso dizer que, depois de um ano, eu desconstruí muitos.”
O quadro Saindo do Armário veio um pouco mais tarde desta vez. Mas, garanto, pela vontade de contar uma boa história. Assim como os dois primeiros textos, este busca trazer uma reflexão sobre a descoberta e a aceitação pessoal da sexualidade. Você vai conhecer a história do Matheus — nome fictício —: curitibano de 22 anos que está em intercâmbio no Canadá e vive uma fase de autoconhecimento em um país onde a homoafetividade é tratada de uma forma bem diferente.
Conversei com o Matheus pela primeira vez no início de 2014 para uma matéria de rádio sobre a aceitação da homossexualidade dentro do grupo familiar. Na época, ele me contou como se assumiu para alguns poucos amigos e seus planos para se assumir na universidade antes de viajar para o Canadá. Falou um pouco sobre como seria difícil sair do armário em casa e como sua família poderia reagir mal.
Hoje, Matheus está terminando seu intercâmbio. O que mudou? Contou para a sua irmã, todos os seus amigos sabem e não esconde suas preferências lá na América do Norte. Viver um ano entre os canadenses lhe ajudou a se aceitar, assim como a perceber um pouco dos problemas que o Brasil enfrenta com o preconceito e o machismo. O que não mudou? O medo de precisar continuar se escondendo aqui. Confira a entrevista:
Not Today Satan: Você poderia fazer um panorama sobre a sua experiência com a homossexualidade aqui no Brasil e aí no Canadá?
Matheus: Eu me comporto bem diferente aqui, em Toronto, do que no Brasil. Levando em consideração que aqui eu moro sozinho, então tenho meus horários, sou independente, não devo satisfação pra ninguém (a não ser pro Governo Brasileiro né, haha).
Então, aqui, como é? Bem, eu chamaria isso de “normal”. É normal no sentido de que tudo que, no Brasil, eu vejo pessoas hetero fazendo, os gays também fazem. Nunca vou me esquecer, no primeiro dia em que eu cheguei, dei de cara com um casal de gays andando de mãos dadas na rua. “Na frente de todo mundo!”. Aquilo me chocou por alguns segundos, me deu um medo por eles, já que no Brasil aquilo ali seria motivo para problemas.
Então, eu me sinto mais a vontade para ser quem eu sou. Eu posso usar o cabelo do jeito que eu quiser, não me preocupo se minha roupa está “gay ou não”, cumprimento meus amigos com abraço e beijo no rosto na rua (sob a luz do dia!!!) e, se eu estiver com vontade, até saio com algum boy de mãos dadas na rua e trocamos afeto durante nosso jantar em algum bar. Sem preocupação nenhuma.
No Brasil eu tinha um medo constante. Quando não estava com meus amigos ou em alguma balada gay em Curitiba, eu era bem cauteloso.
Eu sou assumido para todos os meus amigos em Curitiba. Mas sou gay só fora de casa, pois tenho medo de me assumir pra minha família. Aqui, quando fui me apresentar pra pessoas novas, na faculdade, no trabalho, não tive medo de falar que sou gay.
NTS: Ao que se deve essa noção diferente? Educação?
M: Acho que também. O povo canadense é muito aberto a outras culturas; tem gente de todo canto aqui. Acho que isso torna quem mora aqui mais “na deles”. Eles podem discordar, digamos que podem até ter preconceitos ou odiar gays, por exemplo, mas eles não vão falar, não vão te agredir etc. A gente acha que canadense é educado, mas depois de viver um ano aqui eu diria que eles são respeitosos.
Eu sofri homofobia aqui uma única vez. E foi um grupo de brasileiros. Isso me deixou bem triste por pensar que vou voltar pra essa realidade de não ser livre nem para andar na rua sem preocupações.
NTS: O que aconteceu?
M: Era um fim de tarde, eu ia para um jantar com o grupo de pesquisa da universidade. Saí de casa — moro na região central de Toronto —, e minha rua é movimentada. Nesse dia, estava congestionado, os carros estavam bem devagar, alguns até parados. Eu estava andando em direção ao ponto de ônibus que fica na mesma quadra onde eu moro, e, no caminho, num carro, tinha 4 rapazes, ouvindo musica, janelas abertas.
De longe eu percebi que era música brasileira, mas não tinha notado que a música vinha do carro deles. Na realidade nem tinha notado o carro deles. Quando passei pelo carro, o rapaz que estava no banco do motorista falou na minha direção: “Ei, viadinho”.
Eu parei na hora, virei na direção do carro e xinguei. Uma reação que eu jamais faria no Brasil, admito. No Brasil eu iria fingir que não ouvi. Não sei o que me deu na hora. Talvez tenha sido o fato de eu estar desacostumado ou o fato de eu achar um absurdo ele xingar alguém esperando que essa pessoa não entendesse (ele provavelmente achou que eu não falava português, que eu era canadense).
Entre os palavrões, eu falei: “É por isso que nosso país é do jeito que é, porque têm uns bostas como vocês que acham engraçado ficar fazendo esse tipo de coisa”.
Quando eu comecei a falar, o menino que me xingou levou um susto porque ele não esperava que eu fosse brasileiro. Os outros três começaram a rir. Não sei se de mim, da situação, do amigo deles. Mas aí eles arrancaram o carro e saíram, rindo.
Eu estava com muito ódio, indignado mesmo. Tinha umas pessoas na rua, estacionando bicicleta, e pararam para olhar. Uma deles perguntou o que tinha acontecido, e eu expliquei para ela. Eu falei que, no Brasil, eu nunca faria isso porque eles poderiam descer do carro e fazer algo comigo. O canadense achou um absurdo e falou que nunca imaginou que alguém fosse fazer isso com outras pessoas.
NTS: Como a comunidade LGBT se estrutura e se relaciona aí?
M: Tem um bairro gay, no Centro de Toronto. Lá até a faixa de pedestre é pintada com o arco íris. Tu pode pensar: “Nossa, mas então os gays são tipo separados?”. Não. Tem gay na cidade toda, baladas gays por toda parte, no entanto, esse pedaço de Toronto é o núcleo LGBT da cidade.
Sobre os grupos de gênero, eu não participei de nenhum aqui, mas vi dentro da universidade muitos flyers e cartazes, seja para reuniões para debates, seja para organização do bloco da UofT para a parada gay ou também para pesquisas acadêmicas. A universidade em si tem várias políticas pró LGBT.
NTS: Em Toronto, existe uma identificação LGBT quase que geográfica.
M: Sim, grande parte dos estabelecimentos em toda Toronto tem um adesivo na porta com as cores do arco-íris e escrito “This is positive space”, que é uma campanha que a Universidade de Toronto criou em 1995! Pegou na cidade toda.
Sobre as baladas: tem uma diversidade muito grande. Tem balada com show de drag (muitas), tem balada que vai uma galera entre 25-35, tem balada para um público que curte BDSM, tem sauna, tem balada só para lésbica… E não só balada: tem barzinho, pub, restaurante. A maioria tá no bairro gay mesmo, bem concentrado lá.
NTS: Como se configuram as relações homoafetivas?
M: As relações aqui? Não sei te dizer muito. Sei que eles usam muito aplicativo (eu usei também), mas como rede social mesmo. Volta e meia vi gente usando na rua, sem medo algum. Sei que existem muitos casais com relacionamento aberto, isso tem bastante! Tem gente que prefere ficar solteiro, tem gente que casa, adota um cachorro e vai andar na praia…
Aqui, como diria um bordão brasileiro: Viado é respeitado!
NTS: O que mudou?
M: No que tange minha sexualidade, eu não sei dizer. Tô mais mente aberta, mudado, eu diria. Entender minha sexualidade me fez entender a sexualidade dos meus próximos. Não que eu fosse um poço de preconceitos, mas hoje eu posso dizer que, depois de um ano, eu desconstruí muitos.
Também contei para a minha irmã que sou gay, quando ela veio me visitar, e parece que tudo correu bem. Ela aceitou. Disse que quer me conhecer melhor, que sempre vai me amar, independente “da minha escolha”.
NTS: Isso é muito bom.
M: Fiquei feliz, achei que seria pior. Mas agora preciso ver como vai ser tudo isso quando eu estiver lá em casa.
Se ela vai me ajudar a ser quem eu sou em casa ou se a ajuda dela é me ajudar a continuar me escondendo. E é disso que tenho medo.
Acima de tudo, eu acho que o intercâmbio me preparou. Ter amigos que me amam me ajuda muito. Eu tô disposto a enfrentar o Brasil agora e tentar fazer com que pelo menos a esfera em que eu vivo seja tão boa e sem preconceitos como Toronto foi por um ano comigo.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma história sobre traumas geracionais, Familia reconstrói a trama familiar de Luigi Celeste, um jovem de 20 anos que se envolve com um grupo fascista enquanto enfrenta o legado destrutivo deixado por Franco, seu pai ausente, violento e autoritário. Depois de uma infância conturbada e um casamento abusivo, Luigi, seu irmão Alessandro e sua mãe Licia vivem juntos em Roma, são muito próximos e sofrem ainda as consequências de um passado bárbaro repleto de memórias terríveis. Já se passaram dez anos desde que viram seu pai e marido pela última vez. Um dia, Franco resolve voltar e restabelecer a família que deixou para trás sob o mesmo regime de medo e abuso doméstico. Baseado numa história real, Familia investiga o abismo complexo das ideologias extremistas, dos ciclos de violência que acompanham demônios internos mal resolvidos.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em Redenção, onze anos após o assassinato de seu marido pelo grupo basco ETA, Maixabel Lasa (Blanca Portillo) se vê diante de uma escolha difícil: aceitar o pedido de perdão de um dos assassinos, Luis Carrasco (Urko Olazabal). Enquanto isso, Ibon Etxezarreta (Luis Tosar), outro dos assassinos, enfrenta o isolamento e a rejeição dos ex-amigos e companheiros de prisão. A narrativa mergulha na jornada de reconciliação de Maixabel, que lidera a Associação das Vítimas do Terrorismo, buscando entender não apenas o porquê dos atos de violência, mas também a possibilidade de perdão e paz. Enquanto ela se prepara para encontrar Luis, Ibon busca redenção e confronta o peso de suas ações passadas. Baseado em eventos reais, Redenção é uma história de dor, perdão e a busca pela reconciliação em meio ao legado do terrorismo, desafiando os personagens a superar o ódio e encontrar a humanidade em meio ao conflito.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Misericórdia é um longa dirigido por Alain Guiraudie e indicado ao Festival de Cannes 2024. A narrativa acompanha Jérémie (Félix Kysyl), um homem de 30 e poucos anos que volta para a sua cidade natal para prestar seus últimos agradecimentos ao seu antigo patrão e padeiro da aldeia. No entanto, o que era para ser uma visita breve se transforma em uma trama mais interessante quando eventos misteriosos começam a se desenrolar. Jérémie se vê envolvido em um desaparecimento inexplicável que lança uma explosão de acontecimentos na pacata comunidade de Saint-Martial. Enquanto tenta desvendar esse mistério que nem sabe como se enfiou, ele se depara com um vizinho ameaçador, cujas intenções suspeitas o deixam em estado de alerta constante. Além disso, as ações duvidosas de um clérigo local lançam dúvidas sobre a integridade da igreja na cidade. Com Martine (Catherine Frot), a viúva do padeiro, ao seu lado, Jérémie embarca em uma jornada para desvendar segredos sombrios que assombram sua cidade natal, enfrentando perigos imprevistos e reviravoltas inesperadas ao longo do caminho.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma história delicada sobre descobertas e amizade nesse filme sobre esporte com uma abordagem sensível. Em Sol de Inverno, a patinação artística é o motivo para o encontro entre dois atletas em formação e um treinador. Ambientado em uma pequena ilha japonesa, a vida gira em torno da mudança das estações. O inverno é época de hóquei no gelo na escola, mas Takuya (Keitatsu Koshiyama) não está muito entusiasmado com isso. Seu verdadeiro interesse está em Sakura (Kiara Nakanishi), uma estrela em ascensão da patinação artística de Tóquio, por quem ele começa a desenvolver um fascínio genuíno. O técnico e ex-campeão Arakawa (Sôsuke Ikematsu) vê potencial em Takuya e decide orientá-lo para formar uma dupla com Sakura para uma próxima competição. À medida que o inverno persiste, os sentimentos aumentam e ambos formam um vínculo harmonioso. Mas mesmo a primeira neve eventualmente derrete.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Dirigido por Alessandra Dorgan, Luiz Melodia – No Coração do Brasil é um documentário que busca celebrar a vida e obra do cantor e compositor brasileiro Luiz Melodia. A produção conta a história do artista que, ao abraçar sua liberdade musical e originalidade, desafiou muitas normas do mercado fonográfico e cultural brasileiro. Com materiais raros e inéditos de arquivo, também reflete a importância cultural de seu legado e da cena musical à qual ele contribuiu desde os anos 70. Com uma narração em primeira pessoa, o documentário coloca Luiz Melodia para contar sua própria história e trajetória da infância aos palcos. Os altos e baixos da carreira se encadeiam com performances ao vivo de canções marcantes do cantor.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Um homem fica preso no espaço após um terrível acidente. Em The Moon: Sobrevivente, um membro da tripulação espacial (Do Kyung-Soo) é deixado para trás, sozinho no espaço. O ano é 2030 e o projeto de exploração lunar progredia com sucesso, até um infeliz infortúnio, uma explosão solar, deixar o astronauta Hwang Seon-woo à deriva como o único sobrevivente de toda uma tripulação morta. Enquanto isso, na Terra, no centro de controle, o ex-chefe da Estação (Sol Kyung Gu) não mede esforços para conseguir resgatá-lo. Todavia, ele precisará contar com a ajuda da atual diretora e general da Estação Espacial (Kim Hee Ae), convencê-la e superar as tensões. Só assim ele poderá salvar a vida do astronauta e trazê-lo de volta a Terra em segurança.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
A lua está cheia e o terror está à solta. Lobisomem, a mais recente criação da Blumhouse e do diretor e roteirista Leigh Whannell, conhecido por seu trabalho em O Homem Invisível, promete levar o público a um novo nível de pavor. Neste arrebatador conto de horror, um homem deve lutar para proteger a si mesmo e sua família quando eles se tornam alvos de um lobisomem mortal. À medida que a lua cheia ilumina a noite, o grupo é perseguido, aterrorizado e assombrado por uma criatura que personifica seus piores pesadelos. Com a tensão crescendo a cada momento e o perigo sempre à espreita, Lobisomem promete uma experiência cinematográfica intensa e inquietante, explorando o medo primal que surge quando o sobrenatural se torna uma ameaça real. Prepare-se para uma noite de terror que você nunca esquecerá.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Um drama biográfico de uma grande artista em busca de sua identidade. Angelina Jolie interpreta Maria Callas, uma das mais icônicas cantoras de ópera do século XX no filme Maria, dirigido pelo aclamado Pablo Larraín. O longa retrata o período em que a soprano greco-americana se refugia em Paris, após uma vida pública marcada pelo glamour e pela turbulência. O filme Maria Callas revisita os últimos dias da lendária artista, destacando o momento em que ela reflete sobre sua trajetória e identidade na Paris dos anos 1970. Depois de se dedicar ao público e à sua arte, Maria decide encontrar consigo mesma e encontrar sua própria voz e identidade. Esse é um retrato e uma investigação psicológica de uma mulher que teve o mundo ao seus pés e marcada pelos holofotes da fama.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em MMA – Meu Melhor Amigo, acompanhamos Max Machadada (Marcos Mion), um grande campeão de MMA que passa pelo fim de sua carreira, afastado dos ringues enquanto se recupera de uma lesão séria no ombro. Quando descobre ser pai de um menino autista de 8 anos, ele precisa enfrentar os dois maiores desafios de sua vida: o primeiro é compreender o seu filho e conquistar seu carinho, já o segundo é rever os seus valores e se preparar para a maior luta da carreira, a sua última chance de uma grande volta. Max precisa se preparar emocional e fisicamente para enfrentar os desafios de cuidar do seu filho e se transformar no pai que ele precisa, assim como de dar a volta por cima na sua carreira profissional. Não abandonar os pontos e seguir aprendendo serão os lemas de Max e sua nova família.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Uma lenda feita para assustar crianças malcriadas pode não ser apenas uma fábula no fim das contas. Em O Homem do Saco, uma família vive um pesadelo após serem perseguidos por uma criatura mitológica maligna, o Homem do Saco. Patrick McKee (Sam Claflin) acaba de retornar para sua cidade natal com seu filho Jake (Caréll Rhoden) e sua mulher Karina (Antonia Thomas). Quando era criança, o pai de Patrick costuma contar, para ele e seu irmão Liam, a história desse monstro que levava crianças inocentes numa sacola e as devorava. Convencido de que escapou de um encontro com o homem do saco na juventude, Patrick permanece com os traumas desse dia assombroso até os dias de hoje. Agora, a entidade parece estar de volta, ameaçando a paz e a segurança de sua família e com o menino Jake na sua mira.
Data de lançamento: 16 de janeiro.
Data de Lançamento: 16 de janeiro
Em Aqui, produção do diretor Robert Zemeckis, se ambienta em um único lugar: a sala de uma casa. Acompanhando diversas famílias ao longo de gerações, todas conectadas por este espaço tempo que um dia chamaram de lar. Usando esse espaço único para ilustrar as transformações ocorridas em diversas eras, desde os primórdios da humanidade. Richard (Tom Hanks) e Margaret (Robin Wright) são um casal prestes a deixar o lar onde colecionaram uma emocionante jornada de amor, perdas, risos e memória, que transportaram desde o passado mais distante até um futuro próximo. Apresentando uma viagem pela linha do tempo da humanidade, contada de forma emocionante e surpreendente, onde tudo acontece em um único lugar: Aqui.
Data de lançamento: 16 de janeiro.