Dia de chuva em Curitiba, Teatro Guaíra bastante cheio e Bruno Mazzeo no palco. A proposta, entretanto, não é assistir uma peça de teatro, e sim, praticamente, um show de stand up comedy, em que há apenas o humorista e o microfone. Sexo, Drogas e Rock n’Roll é uma breve seleção de esquetes em que Mazzeo, durante o show inteiro, com uma simples camiseta preta e calça jeans básica, representa caricaturas da vida de quem trabalha no mundo artístico.
Além da simplicidade proposital do figurino e elementos de cena, o espetáculo explora a inovação, mesmo que pouco, em um cenário visualmente bonito e dinâmico. Ironicamente, o cenário quase inovador só aparece quando Bruno Mazzeo não está no palco. E são nesses momentos, também, que o Rock dá as caras na apresentação, ao tocar pedaços de músicas consagradas do rock internacional enquanto Bruno sai por um lado e volta por outro trazendo uma cadeira, charuto ou garrafa de cerveja para interpretar o novo personagem.
De todas as três premissas do show (sexo, drogas e rock n’ roll) em primeiro lugar é mais fácil perceber, e aceitar, o rock. Fica mais evidente, já que a cada passagem de “cena” temos uma música que funciona como lembrança e praticamente nos diz: “Aqui está o Rock do nome que demos para o espetáculo, mas você também pode encontrar ele no perfil de algumas personagens”. Já para as drogas, temos uma discussão e ironização mais profunda, ao escutar o discurso de alguns personagens sobre o tema. Funciona sim como uma crítica ao tema, mas essa reflexão já é menos escancarada e depende da pró-atividade de cada espectador. Por fim, sobre o sexo, a dinâmica é outra. Não existe nada explícito, não existe nada fácil de entender. É, no entanto, a discussão mais difícil de perceber pois não fala sobre o sexo que está instantaneamente ligado ao rock, e sim sobre o que talvez o rock tenha deixado de herança para o sexo. Uma postura e visão masculina, não generalizando, sobre o tema.
Mesmo com esse nome, o espetáculo não é de todo óbvio. É capaz de surpreender ao abordar as questões citadas no parágrafo anterior. Porém, o que prejudica e deturpa a proposta de função social é o próprio ator. O nome e a fama que trazem quase duas mil pessoas ao Teatro Guaíra não permitem que a leitura seja mais profunda. Corre-se o risco de dizer, ainda, que o público curitibano é o público mais acolhedor e simpático do país, contra qualquer estereótipo que tenha sido criado. Ri de qualquer piada e da mais simples associação feita por Bruno Mazzeo. Talvez o show não tenha sido feito para rir, prontamente, a qualquer pausa ou frase de efeito. E talvez, se fosse um ator iniciante, sem o aporte global de Mazzeo, o espetáculo fosse uma b$#*@.
Serviço:
Sexo, Drogas e Rock n’ Roll
Últimas apresentações nesta segunda, dia 31/03 às 19h e 21h.
Teatro Guaíra – Aud. Bento Munhoz da Rocha
Gustavo Panacioni, especial para o Curitiba Cult.
Data de Lançamento: 02 de janeiro
O ano é 1978 e o Camboja, que foi renomeado como Kampuchea Democrático, está sob o domínio de Pol Pot e do seu Khmer Rouge há três anos. O país está economicamente devastado e quase 2 milhões de cambojanos morreram durante um genocídio ainda não declarado. Três franceses aceitaram o convite do regime na esperança de conseguir uma entrevista exclusiva com Pol Pot – um repórter que conhece o país, um fotojornalista e um intelectual que se sente próximo da ideologia revolucionária. Mas à medida que descobrem uma realidade diferente por trás da propaganda e recebem tratamento especial por parte do regime, todas as suas convicções são gradualmente viradas de cabeça para baixo.
Data de Lançamento: 02 de janeiro
Uma nova adaptação do clássico do terror, Nosferatu é um conto gótico sobre a obsessão de um terrível vampiro por uma mulher assombrada. A história se passa nos anos de 1800 na Alemanha e acompanha o rico e misterioso Conde Orlok (Bill Skarsgård) na busca por um novo lar. O vendedor de imóveis Thomas Hutter (Nicholas Hoult) fica responsável por conduzir os negócios de Orlok e, então, viaja para as montanhas da Transilvânia para prosseguir com as burocracias da nova propriedade do nobre. O que Thomas não esperava era encontrar o mal encarnado. Todos ao seu redor lhe indicam abandonar suas viagens, enquanto, longe dali, Ellen (Lily-Rose Depp) é continuamente perturbada por sonhos assustadores que se conectam com o suposto homem que Thomas encontrará e que vive sozinho num castelo em ruínas nos Cárpatos. A estranha relação entre Ellen e a criatura a fará sucumbir a algo sombrio e tenebroso?