Eu não nasci há dez mil anos atrás (sim, Raul Seixas tinha licença poética para usar “há” e “atrás” na mesma frase o revisor do texto torceu o nariz), mas conheço gente que nasceu, e eu amo isso!
Certa vez me disseram — mentira, me dizem isso todos os dias, inclusive na TV — que os jovens serão os responsáveis pela mudança. Cá entre nós, eu acredito piamente nisso! Os jovens, de espírito, mudarão mesmo o mundo.
A Organização Mundial da Saúde, para as políticas pelas quais é responsável, classifica como jovem o indivíduo com idade entre 15 e 29 anos: de 15 aos 18, temos os “jovens adolescentes”; de 19 a 24, os “jovens jovens”; e, dos 25 aos 29, os jovens adultos. No entanto, para fins da minha vida, eu classifico como jovens muitas outras faixas etárias.
Nunca antes eu vi tantas pessoas, de idades tão diferentes, partilharem ideais, espaços, garrafas de cerveja e momentos como tenho visto ultimamente. Eu mesmo não tinha isso antes no meu dia a dia. Hoje, entretanto, isso é muito visível! Eu não faço ideia se a aproximação aconteceu com o advento (odeio essa palavra, mas foi a que o meu léxico trouxe agora o revisor compartilha esse sentimento) das redes sociais que, de certa forma, aproximam as pessoas; não sei se estamos mais abertos ao outro; ou se isso é apenas um processo divino (amém?). O que eu sei é que eu gosto! É como se em algum momento tenhamos encontrado um denominador comum dentro de nós, que é capaz de eliminar a distância temporal que existe entre a data de nascimento do meu RG — aliás, finalmente eu refiz o meu — e do seu.
Tenho aproveitado tanto a minha juventude ao lado de pessoas cronologicamente mais velhas e mais novas. Tenho aprendido e ensinado tanto (sim, todos têm o que ensinar e o que aprender), que é como se a juventude existente em todos nós, os nascidos em 90, em 40 ou nos anos 2000, fosse capaz de nos fazer viajar no tempo, para frente e para trás, permitindo que nossas experiências dialoguem o tempo todo, mesmo quando percebemos que as marcas de expressão estão mais presentes nos rostos de alguns. O que eu vejo hoje, pelo menos entre as pessoas com as quais convivo, é uma mesa de bar, com pessoas vestindo trajes de época, jeans e muita tecnologia, mas partilhando a mesma cerveja e conversando em sintonia.
Se você ainda não consegue perceber isso, feche os olhos e abra mais os ouvidos, a mente e o coração, porque, se você continuar enxergando apenas essa parede cronológica que o tempo constrói no corpo de cada um de nós, possivelmente você jamais poderá conhecer verdadeiramente o que está dentro do senhorzinho que já tem cartão de isento para usar o transporte público ou do adolescente desengonçado que você vê de uniforme escolar todos os dias quando sai de casa para trabalhar.
Se você não se interessa pelo que eles têm a dizer, sinto muito informar, mas a única pessoa que não é jovem nessa história é você.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.