Rê Gugli: conheça a artista que adotou Curitiba e trouxe calor à capital

Rê Gugli: conheça a artista que adotou Curitiba e trouxe calor à capital fria

Foto: Divulgação

Curitiba pode até não estar na certidão de nascimento de Rê Gugli, mas que tem um espaço garantido no coração da artista, ah, isso com certeza tem. Nascida em São Paulo, a capricorniana cresceu em meio a uma família multicultural. Filha de uma pernambucana com um paulista, Rê se mudou para a capital paranaense ainda aos dois anos de idade.

“Conexão total, apesar de não ter nascido aqui, me sinto curitibana de coração”, disse a cantora.

Por sua família estar espalhada por esse Brasilzão, Rê se lembra de fazer longas viagens de carro para diferentes lugares desde muito pequena, e sempre na companhia de boas músicas. Segundo ela, durante o caminho não podiam faltar sucessos eternizados nas vozes de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Rita Lee. Conforme os anos foram passando, a artista foi crescente ao lado dessa arte, que de alguma forma, sempre se revelou a pequena artista como algo apaixonante.

Tendo participado de corais desde muito pequena, Rê começou a compor aos seis anos de idade. Sem saber da grande mulher artista que se tornaria no futuro, sua primeira música foi escrita em inglês, tudo bem que em um inglês meio errado, característico de uma criança, mas com uma mensagem muito importante: o de que a mulher pode ocupar o espaço que ela quiser.

“Se chamava ‘Girl of the Moments’ e era sobre meninas que fazem o que elas querem, sobre o lugar da mulher, era meio feminista, sabe? Hoje, quando eu e minhas amigas cantamos sempre começamos a rir”, disse a artista rindo ao se recordar.

Além de cantora e compositora, Rê sempre teve curiosidade de aprender a tocar diferentes instrumentos, por isso, tratou logo de aprender a tocar violão e piano. O piano não vingou, mas o violão se tornou uma parte fundamental em sua vida. Hoje, a cantora não sai sem o seu xodó. Até para o outro lado do mundo Rê deu um jeito de levar o seu som, durante uma viagem a Ásia.

“O violão é um instrumento te faz fazer amizades através dele. Você senta com um violão e as pessoas chegam. Como sou comunicativa, o violão abre portas”, disse.

Rê diz que demorou para entender que, de fato, era uma artista. Segundo ela, justamente por culpa da injusta autosabotagem. Após finalmente se jogar no meio, Rê começou a dar as caras na cena noturna da capital e daí para frente, nunca mais parou. De bar, em bar, adquiriu experiência, conheceu pessoas, sentiu a energia e se descobriu artista.

Não foi e nem é uma trajetória fácil, mas Rê está prestes a estrear em um dos maiores festivais do estado, o Festival Coolritiba, que acontece no próximo sábado (21), no Parque das Pedreiras (serviço abaixo). Hoje a música não trata de apenas um hobbie, mas da sua profissão. Sobre o Festival, a artista afirma estar muito ansiosa já que, além de se tratar de um grande evento, será o seu primeiro show autoral.

“Achei que seria menor, em algum canto da cidade, mas quando surgiu a oportunidade de me apresentar no Coolritiba, simplesmente fiquei extremamente feliz”, comentou a cantora com brilho nos olhos.

Para a artista, a aqueles que ainda não conhecem seu trabalho, mas que vão de encontro dele no dia 21, o que podem esperar é um show que irá refletir suas essências: natural, espontânea e verdadeira.

“Galera, vão ao Coolritiba e cheguem cedo para prestigiar os artistas locais que são os primeiros, eu e Jovem Dionísio, que arrasa muito também, e se preparem para um super festival mega animado”, finalizou Rê.