Vocês já perceberam em quais momentos das nossas vidas que nos sentimos realmente bem e felizes? Qual é o contexto geral e o entorno da situação quando nos sentimos realmente felizes? Me parece evidente que, quando temos dinheiro suficiente, saúde, um bom emprego, um bom amor, deveríamos estar nos sentindo felizes, não é mesmo? Mas se analisarmos a fundo, os momentos em que verdadeiramente nos sentimos realizados e felizes são simplesmente aqueles em que tudo esta “em ordem”, e nem sempre esta felicidade esta diretamente ligada a plena saúde, aos nossos relacionamentos e até mesmo a quantidade de dinheiro que temos.

A resposta para esta reflexão pode estar no “equilíbrio” e na “ordem”. Quando as coisas estão em ordem, significa que estão equilibradas e por isso, em harmonia. Então as energias da Vida e do Amor podem fluir livremente. Para Bert Hellinger, idealizador das Constelações Familiares, a segunda Lei do Amor é a Hierarquia. Segundo esta Lei, que chega primeiro, tem precedência. Quem é mais velho tem mais experiência e também maior responsabilidade. Igualmente pressupõe-se que também terá maior maturidade, assim, tendo condições de ajudar mais e por isso ser respeitado pela sua precedência.

Uma casa em “ordem”, onde a hierarquia entre seus membros é respeitada, é uma casa onde cada um desempenha de forma funcional e saudável seu papel naquele Sistema Familiar. E assim a vida flui em harmonia. Em uma família onde os filhos se sobrepõem aos pais, a hierarquia se perde a ocorrem os conflitos, pois seus membros estão fora de seus papeis e vivem em um sistema disfuncional. Igualmente em nossos espaços de trabalho e em nossos relacionamentos. Quando os membros entendem e assumem o seu lugar no sistema, e cumprem o seu devido papel, a energia do progresso flui e as coisas acontecem com sucesso.

Conflitos acontecem nas famílias, quando os pais saem do lugar de Pais, e passam a fazer uso de outros lugares, como o de amigo dos filhos, por exemplo, deixando o lugar dos Pais vazio, entregando a este filho um padrão de orfandade e abandono. Falta de limites, desrespeito, e até mesmo a depressão podem ser dinâmicas sistêmicas do desequilíbrio na Lei da Hierarquia. Os pais podem e dever manter uma relação amigável e de confiança com seus filhos, mas antes de tudo, precisam ser Pais. Este é o seu papel! Esta é a sua função, e fora dela a desarmonia acontece, pois ali vai certamente faltar uma peça do quebra-cabeças chamado Vida Feliz!

Já percebeu como esta regra se aplica a tantos outros espaços da nossa vida? Aquele chefe que não se impõe e a empresa é uma bagunça, aquele professor que não tem domínio sobre a disciplina da turma, o irmão mais velho que se sente preterido pelo irmão caçula, a segunda esposa que se sente ameaçada pela primeira, os filhos que não respeitam os pais, ou os avós, entre outros que poderíamos listas aqui. São pessoas que não tomaram posse de seus devidos lugares em seus Sistemas e sofrem diariamente as conseqüências desta disfuncionalidade.

Uma solução?

Olhar seriamente para o caso em questão e descobrir qual é o seu lugar neste sistema! E em uma solenidade profunda de respeito a você mesmo, tomar posse do seu lugar, com fé e coragem! Colocando tudo em seu devido lugar.

SPOILERS: Na próxima semana: A Lei da Compensação…

Por Kelly Von Knoblauch
04/07/2021 12h19