Se tem uma coisa que a música pop tem de bom é o advento das boy bands. Ao longo dos anos, novos grupos entraram e saíram de cena, ditaram tendências, e carinhosamente emprestaram suas vozes aos nossos ouvidos. Mas pouco se fala de uma das principais, que foi a precursora de uma nova onda no início dos anos 90, mas que foi ofuscada por grupos que vieram depois. É o Boyz II Men que, com sua harmonia única, foram totalmente responsáveis pelo que veio depois. Que Backstreet Boys e ‘NSYNC que nada – eles vieram antes.
O tema é debatido no primeiro episódio da série documental This is Pop, da Netflix com a Banger Films, que conta segredos e bastidores da evolução deste gênero tão amado por todos nós. Um dos entrevistados é o cantor, produtor e compositor Babyface que já joga o contexto “na lata”. Segundo ele, o único motivo pelo qual o Boyz II Men não conseguiu manter seu sucesso com o surgimento de grupos como os já mencionados BSB, ‘NSYNC e outros, como 98 Degrees, é pelo fato do público geral preferir as boy bands de garotos brancos.
Para quem ainda não conhece, vamos ouvir um dos maiores sucessos do Boyz II Men? Coloca aí para tocar “I’ll Make Love To You”!
Vamos contar brevemente a história desse grupo tão icônico. O ano era 1991, e o grupo, inicialmente um quarteto (Nathan Morris, Wanya Morris e Shawn Stockman ainda estão com o grupo; Michael McCary saiu da formação em 2003 por problemas de saúde), começou a ganhar espaço nas paradas musicais de todo o mundo com seus vocais impecáveis e melodias contagiantes. Não demorou muito para o primeiro número um – “End of the Road”, de 1992, que na época quebrou o recorde de música que ficou por mais tempo em primeiro lugar na parada Hot 100 da Billboard – 13 semanas (“I’ll Make Love to You”, que mencionamos antes, quebrou o próprio recorde ao ficar em primeiro por 14 semanas, e depois “One Sweet Day”, parceria com Mariah Carey, estendeu o recorde ainda mais ao permanecer no topo por 16 semanas). Estas e outras importantes conquistas fizeram com que a própria Billboard reconhecesse o grupo como a maior boy band do período de 1987 a 2012. Eles ainda levaram para casa quatro prêmios Grammy.
Mas, qual seria então o motivo de lembrarmos na maioria das vezes dos outros grupos quando pensamos em boy bands dos anos 90? Enquanto o Boyz II Men era uma “exceção” – conseguiam transitar no mundo muito segregado das rádios da época do R&B para o pop sem dificuldades – as gravadoras foram atrás de formar grupos que tinham a qualidade sonora e vocal do Boyz II Men, mas com visual bem diferente. Aí que entraram em cena os grupos que mais lembramos hoje quando pensamos nesse gênero e época. Mas eles provavelmente nem teriam existido não fosse pelo sucesso do grupo da Filadélfia, Estados Unidos.
Importante mencionar que isso, de forma alguma, tira o mérito da importância de todos os grupos que moldaram essa geração. A própria série que mencionei logo no início, This is Pop, segue contando a história do gênero com detalhes. Do uso do autotune, da influência da Suécia, grupos como ABBA e o compositor Max Martin (músicas como “I Want It That Way”, do Backstreet Boys, “Shake It Off”, da Taylor Swift e “Blinding Lights”, do The Weeknd, foram co-escritas por ele. Mas isso é história pra outra coluna…). Vale a pena conferir para saber ainda mais dos bastidores desse gênero e de artistas que fazem parte tão importante das nossas playlists.
Vamos relembrar um pouquinho de alguns dos maiores hits das principais boy bands de todos os anos? Segue o fio!
O termo boy band é muito associado aos anos 90 – mas, muito antes disso, alguns grupos de destaque já começavam a dar os primeiros passos ao gênero. É o caso dos americanos Temptations, muito conhecidos pela música “My Girl”, de 1964 (aliás, quem já chorou vendo o filme de mesmo nome – Meu Primeiro Amor em português – com Macaulay Culkin e Anna Chlumsky, que está no catálogo da Netflix? A música está na trilha, mas para quem não viu, já prepara os lencinhos). Sobre o Jackson 5, nem precisa de muita apresentação. O grupo composto pelos irmãos Jackson, e com o célebre Michael no line-up, foi fundado em 1965. Músicas como “I Want You Back” e “I’ll Be There” são inesquecíveis!
Esses três mencionados acima são grupos especialmente importantes para o gênero. Não dá para falar de música pop e boy bands sem mencionar os Menudos, New Edition e New Kids on the Block. O primeiro foi formado em Porto Rico em 1977, e logo ganhou sucesso mundial. O interessante era a fórmula – os membros não eram fixos, tiveram sempre de 12 a 17 anos. Quando um deles mudava de voz para o tom mais adulto ou ficava muito alto, era substituído. Um dos membros mais célebres é o Ricky Martin, que começou ali! O New Edition foi formado em 1978, com a intenção de ser o “novo” Jackson 5. Já o New Kids on the Block foi formado em 1986, outro grande representante do gênero.
Aqui, minha gente, é o real boom das boy bands. Não tem como citar todos, nem mencionar qual seria o grupo mais importante. Mas sem dúvidas os mais lembrados são os Backstreet Boys, que estreou em 1996, e ‘NSYNC, de 1997. Podemos lembrar também do Five, grupo que foi gerenciado por Simon Cowell (oi, One Direction, já vamos falar de você), os britânicos do Take That, os irlandeses do Westlife. O sucesso desses grupos também se estendeu ao início dos anos 2000. Mais próximo ao fim da década, começaram a surgir os primeiros representantes do que conhecemos hoje como k-pop – BIGBANG, de 2006, e SHINee, de 2008.
Eis que o programa The X Factor forma um dos seus principais representantes – One Direction. A boy band que surgiu por meio do reality show britânico se tornou uma das de maior sucesso, apesar dos seus poucos cinco anos de vida até a pausa, em 2016. Os membros, no entanto, continuam populares em suas carreiras solo. Também nessa década vale destacar o crescimento do reconhecimento mundial de grupos da Coreia do Sul, além de uma nova geração de representantes como Exo, de 2012, e – finalmente – BTS, de 2013, hoje considerado o maior grupo do mundo pela revista Rolling Stone. Aliás, o septeto demonstrou conhecer bem a história do mundo pop. Na última semana, em uma live na plataforma VLIVE, Taehyung, membro do grupo, curtiu ao lado do líder RM a música “End of the Road”, do Boyz II Men. Reis!
Quer curtir mais? Se liga na playlist com alguns dos hits dos grupos mencionados por aqui!
Data de Lançamento: 21 de novembro
Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes e inspirado no romance de Milton Hatoum, vencedor do Prêmio Jabuti, explora a saga de imigrantes libaneses no Brasil e os desafios enfrentados na floresta amazônica. A história começa no Líbano de 1949, onde os irmãos católicos Emilie (Wafa’a Celine Halawi) e Emir (Zakaria Kaakour) decidem deixar sua terra natal, ameaçada pela guerra, em busca de uma vida melhor. Durante a travessia, Emilie conhece e se apaixona por Omar (Charbel Kamel), um comerciante muçulmano. Contudo, Emir, tomado por ciúmes e influenciado pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, o que culmina em uma briga com Omar. Emir é gravemente ferido durante o conflito, e Emilie é forçada a interromper a jornada, buscando ajuda em uma aldeia indígena para salvar seu irmão. Após a recuperação de Emir, eles continuam rumo a Manaus, onde Emilie toma uma decisão que traz consequências trágicas e duradouras. O filme aborda temas como memória, paixão e preconceito, revelando as complexas relações familiares e culturais dos imigrantes libaneses em um Brasil desconhecido e repleto de desafios.
Data de Lançamento: 21 de novembro
A Favorita do Rei é um drama histórico inspirado na vida de Jeanne Bécu, filha ilegítima de uma costureira humilde, que alcança o auge da corte francesa como amante oficial do rei Luís XV. Jeanne Vaubernier (interpretada por Maïwenn) é uma jovem ambiciosa que, determinada a ascender socialmente, utiliza seu charme para escapar da pobreza. Seu amante, o conde Du Barry (Melvil Poupaud), enriquece ao lado dela e, ambicionando colocá-la em um lugar de destaque, decide apresentá-la ao rei. Com a ajuda do poderoso duque de Richelieu (Pierre Richard), o encontro é orquestrado, e uma conexão intensa surge entre Jeanne e Luís XV (Johnny Depp). Fascinado por sua presença, o rei redescobre o prazer da vida e não consegue mais se imaginar sem ela, promovendo-a a sua favorita oficial na corte de Versailles. No entanto, esse relacionamento escandaloso atrai a atenção e o desagrado dos nobres, provocando intrigas e desafios que Jeanne terá de enfrentar para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Em A Linha da Extinção, do diretor Jorge Nolfi, nas desoladas Montanhas Rochosas pós-apocalípticas, um pai solteiro e duas mulheres corajosas se veem forçados a deixar a segurança de seus lares. Unidos por um objetivo comum, eles embarcam em uma jornada repleta de perigos, enfrentando criaturas monstruosas que habitam esse novo mundo hostil. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos. Essa aventura épica revela o que significa ser família em tempos de desespero.
Data de Lançamento: 21 de novembro
Baseado no musical homônimo da Broadway, Wicked é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba (Cynthia Erivo) é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda (Ariana Grande), uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
Data de Lançamento: 20 de novembro
No suspense Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.