A psicologia da Sandy para a crise dos 30

“…Hoje já é quinta-feira
E eu já tenho quase 30
Acabou a brincadeira
E aumentou em mim a pressa
De ser tudo que eu queria e ter
Mais tempo pra me exercer…”

Chegar aos 30 anos é um marco na vida de muitas pessoas. Falar que está completando 30 anos, não é a mesma coisa que dizer que está fazendo 20, 25 ou 40 anos. É algo mais importante, há certa gravidade na voz de quem anuncia essa novidade.

Antes dos 30, tudo é diferente, é mais calmo e sem muitas exigências, mas chegar aos 30 é chegar ao primeiro grande patamar, é um rito de iniciação para o sucesso ou para o fracasso.

É depois dos 30 que as pessoas ficam mais interessantes, se importam com coisas que realmente valem a pena e tornam-se mais conscientes. Até lá, vamos emitindo promissórias para a vida, que a partir daí começa a cobrar.

“…Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem…”

Pular dos 29 para os 30 não é fácil, parece que se passaram anos. Aos 20 você se acha maduro, mas reconhece suas inseguranças, acha que conquistou o mundo, mas não se sente tão forte. Aos 29 você ainda se preocupa, aos 30 você decide que não precisa mais agradar aos outros.  Você já se conhece, sabe seus limites e gostos, e sabe que sua vida depende apenas de você.

“…E há pouco eu tinha quase 20
Tantos planos eu fazia
E eu achava que em 10 anos
Viveria uma vida
E não me faltaria tanto pra ver…”

Até os 30 aprendemos o básico, dá para ir do primário ao doutorado e saber com o que mais gostamos de trabalhar e se gostamos de trabalhar. Já deu para ter a primeira mesa de trabalho, escritório, ou grande ideia milionária. Já deu para se arrepender por ter perdido tanto tempo, e começar a levar a vida mais a sério.

“…Tempo falta
E me faz tanta falta
Preciso de um tempo maior
Que a vida que eu não tenho toda pela frente
E do tamanho do que a alma sente.”

Por Luiza Franco
19/07/2016 11h00